sexta-feira, 17 de novembro de 2023

A CARTA FUNDACIONAL DO HAMAS

 A filósofa pós-estruturalista, impulsionadora da teoria queer, Judith Butler afirmou em 2006 que "o Hamás e o Hezbolá são movimentos sociais progresistas e fazem parte da esquerda global".



Vejamos quais são os principios políticos que alicerçam a organizaçom da "resistência islâmica palestiniana" e o que tem a ver com os valores da esquerda e do progressismo.

A  Carta do Hamas, publicada em 18 de agosto de 1988, oito meses após a fundaçom do movimento, apresenta a ideologia da organizaçom jihadista palestiniana Hamas. Inclui 36 artigos divididos em cinco capítulos. 

Redigida logo do início da Primeira Intifada, o objetivo principal era assumir a liderança do movimento palestiniano detido pola OLP, em particular declarando nula e sem efeito a sua carta considerada distante de mais dos princípios do Islão.

A carta fundacional identifica o Hamas como um ramo da Irmandade Muçulmana na Palestina e declara que os seus membros são muçulmanos que “temem a Alá e levantam a bandeira da jihad face os opressores”. Reflete as posições políticas e ideológicas do Hamas:

- A criaçom dum Estado Islâmico nos territórios do antigo Mandato Britânico da Palestina

- O estabelecimento de actividades sociais destinadas à pregaçom da fé

- A luta contra o "imperialismo sionista e ocidental"

- A aniquilaçom de Israel

- A recusa de qualquer negociaçom

- O anti-imperialismo

- Antissemitismo indissimulado


Antes de mais, o preâmbulo do estatuto consagra que “Israel existirá e continuará a existir até que o Islão o destrua, tal como destruiu outros antes dele.” 

Os artigos da Carta do Hamas abrangem os seguintes temas:

O Islão como alicerce social 

Artigo 1º: "O Movimento de Resistência Islâmica é o caminho. É do Islão que derivam as suas ideias, conceitos e percepções a respeito do universo, da vida, e do homem, e todas as suas ações levam em conta o julgamento do Islã. É do Islão que busca orientaçom bem como guia dos seus passos”

Art. 5º A dimensom temporal do Movimento de Resistência Islâmica [...] regride ao nascimento da mensagem islâmica e aos primeiros crentes e justos; Alá é o seu objetivo, o Profeta é o exemplo a ser seguido e o Alcorão a sua Constituiçom.

Art. 35 [...] A atual invasom sionista foi precedida pola invasom das Cruzadas do Ocidente e pola invasom mongol do oriente. Se os muçulmanos enfrentaram essas invasões, planearam combatê-las e derrotaram-nas, podem (agora) confrontar a invasom sionista e derrotá-la. Tal nom é difícil para Alá, desde que as intenções sejam sinceras e a decisom seja forte, e os muçulmanos extraiam as boas cousas da experiência do passado, contenham as influências da invasom intelectual e sigam os caminhos dos seus predecessores.

Os "predecessores" é "primeiros crentes" é umha referência constante dos movimentos salafistas.


A criaçom dum Estado teocrático

Art. 9º No que toca aos objetivos, compreendem o combate à falsidade, derrota-la e eliminá-la, de forma que os justos venham a imperar. A pátria deve retornar (aos seus verdadeiros donos), e do alto das mesquitas tocará a conclamaçom para as orações, anunciando o surgimento do Império do Islão, de maneira que as pessoas e as cousas retornem aos seus devidos lugares. De Alá buscamos o socorro.



A jihad contra Israel até à sua destruiçom

Art. 7º [...] O Movimento de Resistência Islâmica é um elo da corrente da jihad contra a invasom sionista. Acha-se conectado e vinculado ao (corajoso) levante do mártir "Izz Al-Din Al-Kassam e a sua irmandade, os combatentes da jihad da Fraternidade Muçulmana no ano de 1936. Em seguida está relacionado e conectado a outro elo, a jihad dos palestinianos, o empenho e a jihad da Fraternidade Muçulmana na guerra de 1948, e às operações da jihad da Fraternidade Muçulmana de 1968 em diante. Apesar de que tais ligações estejam distantes e apesar de que a continuidade da jihad foi interrompida por obstáculos colocados no caminho dos combatentes da jihad por aqueles que gravitam na órbita do sionismo, o Movimento de Resistência Islâmica aspira concretizar a promessa de Alá, nom importando quanto tempo levará. O Profeta, que as bênçãos e a paz de Alá recaiam sobre ele, disse; "A hora do julgamento nom chegará até que os muçulmanos combatam os judeus e terminem por mata-los e mesmo que os Judeus se abriguem por detrás de árvores e pedras, cada árvore e cada pedra gritará: Ó! Muçulmanos, Ó! Servos de Alá, há um judeu por detrás de mim, venha e mate-o, exceto se se tratar da árvore Gharkad, porque ela é umha árvore dos Judeus." (registrado na coleçom de Hadith de Bukhari e Muslim).

Art. 12 Nacionalismo, segundo o Movimento de Resistência Islâmica, é parte do credo religioso (islâmico). Nom existe nada que fale mais eloquentemente e mais profundamente de nacionalismo do que se segue quando o inimigo usurpa território muçulmano, quando travar a Jihad e confrontar o inimigo se torna um dever pessoal de cada muçulmano, homem e mulher. Uma mulher pode sair para lutar contra o inimigo (mesmo) sem a permissom do marido e um escravo sem a permissom do seu senhor.

Nom existe nada igual em qualquer outro sistema político –é um facto indiscutível. Enquanto vários outros (ideologias nacionalistas) nacionalismos se baseiam em fatores físicos, humanos e regionais, o nacionalismo do Movimento de Resistência Islâmica é caracterizado por todos os fatores acima e mais –e o mais importante– é caracterizado por motivos divinos que promovem um pacto entre esse nacionalismo, o espírito e a vida, desde que se torna relativo à fonte do espírito e a Ele que dá a vida. (O Movimento de Resistência Islâmica) está levantando a bandeira divina nos céus da pátria, de modo a criar laços indissolúveis entre o firmamento e a terra.

Art. 34 A Palestina é o centro da Terra e o ponto de encontro dos continentes; sempre foi o alvo dos agressores gananciosos. Assim ocorreu desde os primórdios da história. O Profeta, que receba a graça e a paz de Alá, assinalou esse facto nas suas nobres palavras com as quais se dirigiu ao exaltado companheiro, Um'adh Jabal, dizendo: "Oh! Um'adh, Alá lhe concederá as Terras de Al-Sha'm após minha morte, que vai de Al-'Arish ao Eufrates. Os seus homens, mulheres e o produto do trabalho das suas mãos ficarão permanentemente nessas terras até o Dia da Ressurreiçom, para todos aqueles que tenham escolhido viver em alguma parte da planície costeira de Al-Sha'm ou Bayt Al-Makdis (Palestina), que se encontrará em permanente estado de Jihad, até o Dia da Ressurreiçom."

Os agressores cobiçaram a Palestina em muitas ocasiões. Foi atacada com grandes exércitos tentando realizar suas gananciosas aspirações. Grandes exércitos das Cruzadas vieram aqui, trazendo o seu credo religioso e fincando as suas cruzes. Conseguiram derrotar os muçulmanos por um certo tempo, e os muçulmanos só conseguiram reconquistar a regiom quando lutaram sob a bandeira da sua própria religiom, juntando as forças e gritando "Alá Akbar", e se empenharam na Jihad sob o comando de Salah Al-Din Al-Ayyubi, por cerca de duas décadas, o que os conduziu a umha vitória retumbante: os Cruzados foram derrotados e a Palestina foi libertada.



Trata-se da única forma de libertaçom, e ninguém pode duvidar do testemunho da história. Trata-se dumha das leis do universo e leis da realidade. Somente o ferro pode romper o ferro, e a falsa e fabricada fé dos inimigos somente pode ser vencida pola fé verdadeira do Islão, porque a verdadeira fé religiosa nom pode ser atacada senom pola fé religiosa. E a verdade deverá triunfar porque a verdade é mais forte.


Art. 35º: Se os muçulmanos enfrentaram essas invasões, planejaram combatê-las e as derrotaram, podem (agora) confrontar a invasom sionista e derrotá-la. 


Nacionalismo islâmico

Art.6º O Movimento de Resistência Islâmica é um movimento palestino distinto, que é leal a Alá, adota o Islão como modo de vida e se dedica a levantar a bandeira de Alá sobre cada centímetro da Palestina. Sob as asas do Islão, seguidores doutras religiões podem todos viver salvos e seguros nas suas vidas, propriedades e direitos; porque na ausência do Islão, a discórdia surge, a injustiça espalha-de, a corrupçom brota, e acabam existindo conflitos e guerras. Alá abençoe o poeta muçulmano Muhammed Iqbal que disse: Quando a fé vai embora, nom há salvaçom.

Art. 12º: “O patriotismo [al-wataniyya], do ponto de vista do Movimento de Resistência Islâmica, é um artigo da profissom de fé religiosa ['aqîda] (…) Se os vários patriotismos estão ligados a causas materiais, humanas ou regionais, o patriotismo do [Hamas] também depende de todos estes factores; mas, acima de tudo isto, a sua causa primeira é a submissom ao senhorio divino”



Recusa de negociações

Art. 11 O Movimento de Resistência Islâmica sustenta que a Palestina é um território de Wakf, (legado hereditário) para todas as gerações de muçulmanos, até o Dia da Ressurreiçom. Ninguém pode negligenciar essa terra, nem mesmo umha parte dela, nem abandoná-la, ou parte dela. Nengum Estado Árabe, ou mesmo todos os Estados Árabes (juntos) têm o direito de faze-lo; nengum Rei ou Presidente tem esse direito, nem tampouco todos os Reis ou Presidentes juntos, nengumha organizaçom, ou todas as organizações juntas – sejam elas palestinianas ou árabes – têm o direito de faze-lo, porque a Palestina é território Wakf, dado para todas as gerações de muçulmanos, até o Dia da Ressurreiçom.

Esse é o status legal da terra da Palestina de acordo com a Lei Islâmica. A esse respeito, é igual a quaisquer outras terras que os muçulmanos tenham conquistado pola força, porque os muçulmanos a consagraram, à época da conquista, como legado hereditário para todas as gerações de muçulmanos, até o Dia da Ressurreiçom.

Art. 13 As iniciativas, as assim chamadas soluções pacíficas, e conferências internacionais para resolver o problema palestino se acham em contradiçom com os princípios do Movimento de Resistência Islâmica, pois ceder umha parte da Palestina é negligenciar parte da fé islâmica. O nacionalismo do Movimento de Resistência Islâmica é parte da fé (islâmica). É à luz desse princípio que seus membros são educados e lutam a jihad (Guerra Santa) a fim de erguer a bandeira de Alá sobre a pátria.

De tempos em tempos surge umha convocaçom dumha conferência internacional a fim de buscar umha soluçom para o problema (palestiniano). Alguns aceitam (a proposta), outros a rejeitam, por umha razom ou outra, exigindo o cumprimento dalgumha condiçom ou de condições prévias antes da concordância com a conferência ou para dela participar. Entretanto, o Movimento de Resistência Islâmica -estando familiarizado com as partes intervenientes na conferência, e com as suas posições no passado e no presente, em matérias que dizem respeito aos muçulmanos- nom acredita que tais conferências possam satisfazer as suas demandas ou restaurar os direitos (dos palestinianos), ou trazer benefício para os oprimidos. Tais conferências nom passam de um meio para dar poder aos hereges para se instituírem como árbitros sobre terras muçulmanas, e quando foi que infiéis, hereges, tiveram posições equilibradas para com os fiéis observantes?.

"Os judeus nunca ficarão contentes, tampouco os cristãos, ao menos que se siga a religiom deles. Dizei: 'A orientaçom de Alá é a orientaçom certa.' Mas se seguirdes os desejos deles, depois de saberdes quem foi que veio até vós, entom nom tereis a proteço. e a guarda se Alá." (Alcorão 2- 120).

Nom há soluçom para o problema palestiniano a nom ser pola jihad (guerra santa).

Iniciativas de paz, propostas e conferências internacionais são perda de tempo e umha farsa. O povo palestiniano é muito importante para que se brinque com o seu futuro, seus direitos e o seu destino. Como consta do Hadith: "O povo de Al-Sha'm é o açoite (de Alá) na Sua terra. Por meio dele, Ele vinga-se de quem Ele quer, dentre os Seus servos. Os hipócritas nom podem ser superiores aos crentes, e devem morrer em desgraça e afliçom." (registrado por Al-Tabarani, que se acha em linha com Maomé, e por Ahmad (Ibn Hanbal), que possui umha linha incompleta com Maomé, e que pode ser o registro mais preciso, podendo ser confiáveis, em ambos os casos, a transmissom das palavras do Profeta – Alá, por si, é onisciente).



Fundamentalismo reacionário

Art. 9º "O Movimento de Resistência Islâmica encontra-se num período em que o Islão se acha ausente da vida diária. Consequentemente, o equilíbrio está rompido, conceitos acham-se confusos, valores acham-se alterados"


Caridade e solidariedade 

Art. 10 O Movimento de Resistência Islâmica – enquanto marcha adiante – oferece ajuda a todos os perseguidos e protege os oprimidos com toda a sua força. Não mede esforços para fazer sobressair a verdade e erradicar a mentira, tanto com palavras como com ações concretas, aqui e em qualquer 

Art. 20 A sociedade muçulmana caracteriza-se pola solidariedade. O Profeta, que as bênçãos e a paz de Alá estejam sobre ele, disse: "Abençoados sejam os da tribo de Banu Al-Ash'ar. Quando atingidos pola seca – tanto numha cidade ou na caminhada – reúnem tudo que têm e dividem entre si em partes iguais." Esse é o espírito islâmico que deve existir em cada sociedade islâmica. Umha sociedade que está enfrentando um inimigo perverso, com comportamento nazista, que nom faz distinçom entre homens e mulheres, entre velhos e jovens, tem maior necessidade de se comportar dentro desse espírito islâmico (de solidariedade). O nosso inimigo usa a puniçom coletiva, desapossando as pessoas das suas casas e posses. Ele persegue as pessoas até nos seus locais de exílio, quebrando os ossos, atirando nas mulheres, crianças e velhos, com ou sem motivo. O inimigo construiu campos de detençom para neles aprisionar milhares e milhares (de pessoas) em condições desumanas, tudo isso além de destruir as suas casas, tornar as crianças órfãs, e injustamente condenando jovens a despender os melhores anos de sua juventude em prisões escuras. O nazismo dos judeus é dirigido tanto contra mulheres como contra crianças. O terror que espalham é dirigido contra qualquer um. O inimigo combate as pessoas para destruir as suas vidas, roubar o seu dinheiro e esmagar a sua dignidade. Tratam as pessoas como os piores criminosos de guerra. A deportaçom dos respectivos lares é umha forma de assassinato. Diante de tal comportamento, devemos demonstrar solidariedade social entre nós, e devemos enfrentar o inimigo como um corpo unido, e que, quando um membro sofre os demais reagem despertos e fervorosamente.


Educaçom

Art. 16 É necessário educar as próximas gerações, na nossa regiom, dentro dos caminhos islâmicos, com base no cumprimento das obrigações religiosas, com acurado estudo do Livro de Alá, estudar a sunna (os costumes) do Profeta, com a leitura atenta da história e legado islâmicos, mas baseados em fontes confiáveis, e submetidos às instruções de especialistas e entendidos, com metodologia competente que ensinem a visom global do pensamento e da fé. Ademais, é necessário um apurado estudo do inimigo, a suas condições humanas, e capacidade de açom, para ficar familiarizado com as suas fraquezas e os seus poderes, para conhecer as forças que o ajudam e apóiam. Também é necessário ficar a par dos acontecimentos, acompanhar os novos desenvolvimentos e estudar as análises e comentários relativos ao inimigo. Também se faz necessário planejar para o futuro, estudando cada um e todos os fenômenos, de maneira que os muçulmanos que se dediquem à jihad (guerra santa) possam viver com completo e total conhecimento de seus fins e seus objetivos, e caminho a seguir, e com total conhecimento do que está ocorrendo em sua volta.


Complementaridade entre homens e mulheres

Art. 17 O papel da mulher muçulmana na Guerra da Libertaçom nom é menos importante do que a do homem, porque ela é que faz o homem. O papel delas na orientaçom e educaçom da nova geraçom é muito importante. Os inimigos (entenderam) o papel dela, e pensam que, educando-a de acordo com as ideias deles, afastando-a do Islão, terão ganho a guerra. Vereis, portanto, que, continuadamente, desenvolvem grandes esforços (nesse sentido) pola mídia, no cinema, nos currículos escolares, por meio dos seus agentes, incorporados em organizações sionistas, que assumem variados nomes, tais como Maçons Livres, Rotarys Clubes, grupos de espionagem, etc., todos sendo covis de sabotagem e sabotadores. Tais organizações sionistas dispõem de abundantes recursos materiais, que lhes permitem fazer o jogo delas nas mais variadas sociedades, com a finalidade de levar a cabo seus objetivos, enquanto o Islão ficar afastado (da sua fé). Os seguidores do Movimento Islâmico devem fazer a sua parte, enfrentando os esquemas desses sabotadores. Quando o Islão estiver no leme, fará erradicar todas essas organizações, pois são hostis à humanidade e ao Islão.




Art. 18 A mulher no lar e na família jihadista, seja mãe ou irmã, tem a funçom principal de cuidar da casa, educando as crianças de acordo com as idéias morais e valores inspirados pelo Isso, ensinando-as a cumprir com os deveres religiosos na preparaçom para a jihad (guerra santa) que as espera. Assim, é necessária acurada atenço. com as escolas nas quais as meninas muçulmanas são educadas, bem como sobre o currículo, de forma que elas cresçam, preparando-se para serem boas mães, conscientes do seu papel na guerra de libertaçom. As meninas devem receber adequados conhecimentos para compreenderem os cuidados com as tarefas domésticas; a economia e como evitar desperdícios nas despesas domésticas são requisitos para se capacitarem a um comportamento adequado nas atuais difíceis circunstâncias. As meninas devem ter consciência de que os recursos disponíveis são como o sangue que deve fluir somente nas veias, para que a vida continue, tanto na juventude como na velhice.



Antissemitismo e o amálgama judaico e sionista

Art. 7º: “A Hora nom chegará até que (…) as pedras e as árvores tenham dito: “Muçulmano, servo de Deus! Um judeu está escondido atrás de mim, venha e mate-o. » 

Citaçom modificada de um famoso hadith que pressagia umha guerra entre muçulmanos e judeus.

Art. 17º: “… você encontra [os inimigos] em constante movimento no campo da mídia e dos filmes (…) [Eles agem] através das suas criaturas que são membros dessas organizações sionistas com múltiplos nomes e formas, como a maçonaria francófona, Rotary Clubs, secções de espionagem, etc., todas elas ninhos de subversom e sabotagem”

Art. 22 Os inimigos têm feito planejamento inteligente e cuidadoso, durante muito tempo, a fim de chegar ao ponto em que chegaram, com emprego de métodos que afetam o curso dos acontecimentos. Dedicam-se a acumular imensos recursos financeiros que empregam para realizar os seus sonhos.

Com dinheiro assumem o controlo da mídia mundial – agências de notícias, jornais, editoras, serviços de radiodifusom, etc. Com dinheiro promovem revoluções em vários países mundo afora, para servir aos seus interesses e obter lucros. Estiveram por detrás da Revoluçom Francesa e da Revoluçom Comunista e se acham por detrás da maioria das revoluções de que ouvimos falar, de tempos em tempos, aqui e ali. Com dinheiro criaram organizações secretas, em todo o mundo, a fim de destruir as sociedades respectivas e servir aos interesses sionistas, organizações tais como os Maçons Livres, Rotary Clubes, Lions, os Filhos da Aliança (B'nei Brith), etc. Todas essas organizações servem para fazer espionagem e sabotagem. Com dinheiro foram capazes de assumir o controle dos países colonialistas, e os instigaram a colonizar muitos outros países, de forma a explorar os recursos de cada país e lá espalhar a corrupçom moral.

Nom há um fim para dizer tudo sobre o envolvimento do inimigo sionista em guerras localizadas e guerras mundiais. Estiveram por detrás da Primeira Guerra Mundial, por meio da qual obtiveram a destruiçom do Califado Islâmico, tiveram altos ganhos materiais, passaram a controlar numerosos recursos naturais, obtiveram a Declaraçom Balfour e criaram a Liga das Nações Unidas (assim no original), para poder governar o mundo por meio dessa Organizaçom.

Estiveram, também, por detrás da Segunda Guerra Mundial, através da qual juntaram um tremendo lucro com o comércio de materiais de guerra e abriram o caminho para o estabelecimento do seu Estado. Os sionistas também propuseram a criaçom das Nações Unidas e o Conselho de Segurança em substituiçom da Liga das Nações Unidas (sic), para governar o mundo. Onde há umha guerra no mundo eles encontram-se acionando os cordéis por detrás das cortinas. "Quando acendem o fogo da guerra, Alá extingue-o. Eles esforçam-se para espalhar o mal na terra, mas Alá no. ama aqueles que praticam o mal" (Alcorão, 5 – 64).

As potências colonialistas, tanto do ocidente capitalista como do oriente comunista, apoiam o inimigo com toda a sua força, seja materialmente seja com mão de obra, alternando um ou outro. Quando o Islão aparece, todas as forças dos infiéis unem-se em oposiçom, porque todos infiéis constituem uma só dominaçom.


Conspiraçom judaica

Art. 32 O sionismo mundial e as potências colonialistas, por meio de manobras espertas e meticuloso planeamento, tentam afastar os países árabes, um a um, do círculo do conflito com o sionismo, a fim de, finalmente, conseguir isolar o povo palestino. Já levaram o Egito para fora do círculo do conflito, em grande parte através do traidor Acordo de Camp David (de setembro de 1978), e está a tentar arrastar outros países árabes para acordos semelhantes, de forma a ficarem fora do círculo do conflito.

O Movimento de Resistência Islâmica convoca todos os povos árabes e muçulmanos a lutarem seriamente e diligentemente a fim de prevenir esse terrível esquema, bem alerta as massas dos perigos inerentes à exclusom do círculo do conflito com o sionismo. Hoje é a Palestina, e amanhã será algum outro país ou países, pois o plano sionista nom tem limites, e depois da Palestina pretenderão expandir-se do Nilo até o Eufrates, e quando terminarem de devorar umha área, estará famintos para novas expansões, e assim por diante, indefinidamente. O plano deles está exposto nos Protocolos dos Sábios de Sião, e o comportamento deles no presente, é a melhor prova daquilo que lá está dito. Deixar o círculo do conflito com o sionismo é um ato de alta traiçom; todos os que o fazem devem ser amaldiçoados. "Quem (quando combatendo os infiéis) vira as costas para eles, ao menos que seja umha manobra de batalha, ou para se juntar a outra companhia, incorre na ira de Alá, e sua morada deverá ser o inferno. O seu destino será do maior infortúnio." (Alcorão, 8:16)



Todas as forças e toda capacidade disponível devem ser reunidas para enfrentar os ferozes ataques dos mongóis, nazistas, para impedir que a pátria seja perdida, o povo exilado, o mal espalhado sobre a terra e todos os valores religiosos sejam destruídos. Cada qual e todas as pessoas devem saber que são responsáveis perante Alá.

"Cada qual que faz um peso mínimo de um grão de bem que seja, o verá; e cada qual que faz um peso mínimo de um grão de mal, deverá vê-lo." (Alcorão, 99: 7-8).

No círculo do conflito contra o mundo sionista, o Movimento de Resistência Islâmica se vê como ponta de lança ou como um passo à frente no caminho da vitória. Junta as suas forças às forças de todos que se encontram atuando na arena palestina. Aguarda agora polos passos a serem tomados pelo mundo árabe e islâmico. O Movimento de Resistência Islâmica acha-se muito bem qualificado para o próximo estágio da luta contra os judeus, os instigadores das guerras.

"Planejamos a inimizade e ódio entre eles (isto é, entre os judeus), até o Dia da Ressurreição. Toda vez que eles acendem o fogo da guerra, Alá o extingue. Eles procuram espalhar o mal sobre a terra, e Alá detesta quem faz o mal." (Alcorão, 5:64)

Respeito por outros movimentos “nacionalistas” na cena palestiniana e unidade

Art. 25 O Movimento de Resistência Islâmica respeita e aprecia as condições que envolvem e afetam os outros movimentos. Apoia a todos enquanto nom prestam obediência ao Leste Comunista e aos Cruzados do Ocidente, e enfatiza a todos os seus (deles) membros e a todos que os apoiam, que o Movimento de Resistência Islâmica é um movimento ético jihadista, consciente na sua visom mundial e no tratamento com os outros movimentos. Abomina o oportunismo, deseja somente o bem para as pessoas, enquanto indivíduos ou grupos, e no. se dedica a obter lucros materiais ou fama para si. Nom busca a recompensa das pessoas, e segue em frente com os seus próprios recursos e com o que tem em mão. "Juntais contra eles todas as forças que podeis." (Alcorão, 8:60), a fim de levardes adiante vossos deveres e que conquistais a graça de Alá. O Movimento de Resistência Islâmica nom tem outro escopo senom este.

E reafirma a todos os grupos nacionalistas, de todas as orientações, operando na Palestina, de que nom deve ocorrer outra coisa senom o apoio e a ajuda para todos eles, com palavras e ações, no presente e no futuro. Reúne a todos e nom busca a separaço., preserva a unidade e nom a dispersom, une e nom divide, valoriza cada palavra, cada esforço sincero e cada palavra de louvor polo esforço. Fecha as portas diante dos desentendimentos. Nom dá atenço. a boatos e observações tendenciosas, mas reserva-se o direto de se defender.

Tudo que se oponha ou contradiz a essa orientaçom é fabricado polo inimigo ou polos seus lacaios a fim de provocar confusom, dividir as fileiras e provocar distraçom com assuntos laterais.

Art. 27 A Organizaçom para a Libertaçom da Palestina (OLP) está junto do coraçom do Movimento de Resistência Islâmica, como um pai, um irmão ou amigo, e um verdadeiro muçulmano nom deve repelir o seu pai, o seu irmão ou o seu amigo. A nossa pátria é um só, o nosso infortúnio é um só, o nosso destino é um só e enfrentamos o mesmo inimigo.

Devido às circunstâncias que conduziram à criaçom da OLP, e (devido) à confusom intelectual que imperava no mundo árabe, como resultado da invasom intelectual que estava a ser feita desde a derrota das Cruzadas, e que passou a ser intensificada, e continua a ser intensificada, polas atividades de orientalistas e missionários cristãos – a OLP decidiu adotar a ideia dum Estado Secular, e, assim, vemos a OLP. A ideologia secularista acha-se em total contradiçom com a ideologia religiosa, e são as ideias que são as bases das posições, condutas e decisões.

Assim, com todo o nosso apreço pola Organizaçom para a Libertaçom da Palestina, e o que ela possa vir a se tornar, e sem desprezar o seu papel no conflito árabe-israelita, nom podemos eliminar a identidade islâmica da Palestina, que é parte da nossa fé, e quem negligencia essa fé está perdido. "Quem rejeita a religiom de Abrahão é alguém que ficou um tolo". (Alcorão 2-130).

Quando a OLP adotar o Islão como seu meio de vida, entom seremos as suas tropas e o combustível para o seu fogo que consumirá o inimigo. Mas, até que essa ocasiom chegue – e rezamos para que ele nom demore – a posiçom do Movimento de Resistência Islâmica vis a vis a OLP é de um filho para com um pai, de um irmão para com o seu irmão, ou de um parente para com os seus parentes. Compartilha dos sofrimentos do outro quando é atingido por umha tormenta, e o apoia diante do inimigo, e faz votos que encontre a orientaçom divina e siga o caminho certo.

O vosso irmão, o vosso irmão antes dos outros!

Quem nom tem um irmão é igual a alguém que vai para a guerra sem umha arma.

O vosso primo, deveis conhecer a força das suas asas.

Por que, como pode um falcão levantar vôo sem asas? 


Tolerância religiosa sob liderança islâmica

Art. 31 O Movimento de Resistência Islâmica é um Movimento humano que respeita os direitos humanos e se acha comprometido com a tolerância islâmica para com os seguidores de outras religiões. Mostra-se hostil apenas para com aqueles seguidores de outras religiões que fazem hostilidades para com o Movimento, ou que se colocam no seu caminho, impedindo as suas atividades e prejudicando os seus esforços. Sob as asas do Islão, os seguidores das três religiões – Islão, Cristianismo e Judaísmo – podem coexistir em segurança e a salvo. Somente sob o manto do Islão é que a salvaguarda e a segurança imperam. A história antiga e a recente dão provas disso. Os seguidores doutras religiões devem parar de competir com o Islão pola soberania nesta regiom, porque quando eles governam, ocorrem atos de assassinatos, torturas e deportações, e no. permitem que outras religiões possam ter seu curso. Tanto o presente como o passado estão cheios de provas disso.

O Islão está de acordo com os direitos de cada pessoa, e evita qualquer infraçom. aos direitos de outras pessoas. As medidas que os sionistas-nazistas adotam contra o nosso povo não vão conseguir prolongar a duraçom da sua invasom, porque o governo da injustiça nom dura umha hora sequer, enquanto o governo da verdade dura até a Hora da Ressurreiçom.

"Alá nom vos proíbe de demonstrardes bondade e que agis com justiça para com aqueles que nom vos combatem por conta de vossa religiom, e nom vos retirais das casas deles. Alá ama quem age com justiça". (Alcorão, 60-8).


Para aqueles que estão curiosos em conhecer a "constituiçom" ou carta/estatuto fundacional do Hamas, podem consultá-la na íntegra clicando nesta ligaçom

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