domingo, 17 de março de 2024

HURRICANE DE EDEN GOLAN

 "Hurricane", originalmente conhecida como "October Rain", é a cançom da cantora israelita Eden Golan que vai representar Israel no Festival Eurovisom da Cançom de 2024.

Eden Golan

A cançom foi escrita por Avi Ohayon, Keren Peles e Stav Beger e foi lançada o passado domingo 10 de março de 2024 pola editora Session 42 numha emissom especial do canal israelita Kan 11.


Descrita como umha música pop que conta a história de umha «jovem mulher a sair dumha crise pessoal (hurricane)», a cançom foi alvo de forte escrutínio devido a que o seu título original (October rain), juntamente com a letra, foi visto como umha mensagem política alusiva à guerra entre Israel e o Hamas, em apoio a Israel. Consequentemente, a Uniom Europeia de Radiodifusom, a organizaçom que gere o Festival Eurovisom da Cançom, solicitou umha reescrita da cançom no final de fevereiro de 2024. Após várias submissões e reescritas, umha versom final revista, agora intitulada «Hurricane», foi aprovada pola EBU a 7 de março. 

Eden Golan


Letra da versom final de HURRICANE [partes removidas]

[Those that write the history] Writer of my symphony

[Stand with me] Play with me

Look into my eyes and see

[People go away] People walk away but never say goodbye


Someone stole the moon tonight

Took my light

Everything is black and white

Who's the fool who told you boys don't cry?


Hours and hours, [and flowers] empowers

Life is no game [for the cowards], but it's ours

[Why does time go wild] While the time goes wild


Every day, I'm losin' my mind

Holdin' on in this mysterious ride

Dancin' in the storm, [we] I got nothin' to hide

[Take me home] Take it all and leave the world behind

[And I promise you that never again] Baby, promise me you'll hold me again

[I'm still wet from this October rain] I'm still broken from this hurricane

[October rain] This hurricane


Livin' in a fantasy

Ecstasy

Everything is meant to be

We shall pass, but love will never die, mm


Hours and hours [and flowers] empowers

Life is no game [for the cowards] but it's ours

[Why does time gol wild] While the time goes wild


Every day, I'm losin' my mind

Holdin' on in this mysterious ride

Dancin' in the storm, [we] I got nothin' to hide

[Take me home] Take it out and leave the world behind

[And I promise you that never again] Baby, promise me you'll hold me again

[I'm still wet from this October rain] I'm still broken from this hurricane

[October rain] This hurricane

[October rain] This hurricane

לא צריך מילים גדולות

רק תפילות

אפילו אם קשה לראות

תמיד אתה משאיר לי אור אחד קטן

Writer(s): Keren Peles, Stav Beger


Junto com o lançamento da música, um videoclipe foi lançado no mesmo dia. A peça audiovisual apresenta dançarinos num campo, em referência claramente ao massacre do festival de música de Re'im



A cançom em ambas as versões, bem como a própria Golan, foram objeto de numerosos apelos à sua exclusom do concurso. Vários meios de comunicaçom relacionados com a Eurovisom, como o Eurovoix e o ESC Xtra, começaram a limitar a sua cobertura da participaçom israelita no concurso. Numerosos pedidos, especialmente de países nórdicos, foram criados para apelar à exclusom de Israel; um da Islândia conseguiu obter mais de 10.000 assinaturas.

Porém, também houve apelos contrários à exclusão de Israel e cerca de 400 celebridades e músicos assinaram umha carta apoiando a inclusom de Israel no concurso.

O festival Eurovision acontecerá em maio em Malmo, Suécia, e está a ser acompanhado de perto em meio a tensões contínuas e preocupações com segurança, principalmente da cantora Eden Golan. Vários competidores, inclusive, fizeram pedidos para que Israel fosse excluído do evento devido à guerra contra o Hamas na Faixa de Gaza. Nesse sentido, embora o país tenha tido a sua participaçom assegurada, espera-se que Golan seja alvo de protestos e outras formas de hostilidade de teor antissemita.


Toda essa situaçom é bastante lamentável, principalmente diante do aumento do antissemitismo na Europa e ao redor do mundo. As tentativas de boicote à presença de Israel no Eurovision nom contribuem em nada para a paz; polo contrário, apenas fomentam ainda mais intolerância e preconceito. A música e a arte deveriam estar acima de qualquer conflito, servindo como meio para unir as pessoas, nom dividi-las.

sábado, 16 de março de 2024

ESTHER MUCZNIK SOFRE ATO DE ÓDIO ANTISSEMITA EM LOCAL DE VOTAÇOM

 Foi no momento e no lugar em que menos esperava. Esther Mucznik, umha das figuras mais conhecidas da comunidade israelita em Portugal, garante que nunca tinha sido alvo de atos de ódio antissemitas no país onde nasceu, há 77 anos… até este domingo, 10 de março.

Esther MUCZIK na Assembleia da República 

Quando se dirigiu à assembleia de voto, em Lisboa, para exercer o seu direito cívico, o membro da mesa a quem entregou o cartom de cidadão, atirou-lhe um seco “Nom gosto!” após ter lido o seu nome. Espantada, Esther questionou: “Nom gosta de quê?”. “Nom gosto do nome e dos massacres que andam para lá a fazer” foi a resposta. Que nom deixava margem para dúvidas: “Ele percebeu imediatamente que eu era judia, e relacionou-me com o que se passa em Gaza…”, conta ao 7MARGENS a fundadora e presidenta da Associação Memória e Ensino do Holocausto – Memoshoá, para concluir: “Nós, judeus, somos reféns desta guerra, porque acabam por nos culpar por ela”, e situações como esta precisam de ser denunciadas.


Perante o silêncio e a inaçom das restantes pessoas na mesa de voto e na fila para votar, Esther Mucznik manteve a calma e afirmou: “Eu sou portuguesa, voto como portuguesa e como o senhor está a infringir a Lei num espaço e num dia em que a neutralidade política é umha regra, vou apresentar umha queixa a quem de direito”, dirigindo-se depois ao local indicado para preencher o seu boletim. Quando regressou para colocá-lo na urna, o membro da mesa voltou a dirigir-lhe a palavra: “Mas nom tenho direito de nome gostar de um nome ou pessoa?”. A antiga vice-presidente da Comunidade Israelita de Lisboa respondeu: “Claro que tem o direito de nom gostar, mas também a obrigaçom, em especial neste dia e aqui, de guardar para si”. E voltou a sublinhar que iria fazer umha queixa.


“Nunca me tinha acontecido umha cousa destas e nunca pensei que iria acontecer, muito menos nestas circunstâncias”, confessa Esther Mucznik ao 7MARGENS. “Vim embora magoada e a pensar com que direito é que ele podia dizer o que disse… Se me pedirem para caracterizar o que ele disse e a forma como falou, nom posso afirmar outra coisa senom que se tratou de uma manifestaçom de antissemitismo, e que isto pode ser considerado um crime de ódio”, sublinha.


Esther Muczik partilhou o sucedido nas suas redes sociais, acrescentando que, face ao aumento do antissemitismo na sequência da guerra em Gaza, “a solidariedade de todos é fundamental”. Para a investigadora de temas judaicos, que acaba de publicar um livro onde conta a história da sua família, é essencial que as pessoas compreendam que “há muitos judeus contra a guerra e que, muito antes do dia 7 de outubro [de 2023, quando aconteceu o ataque do Hamas], milhares de israelitas saíam à rua todas as semanas para lutar pola democracia, e que muitos continuam a pedir a demissom do [primeiro-ministro de Israel] Netanyahu”.


Para isso, os meios de comunicaçom social, sobretudo as estações televisivas, “precisam de mostrar tudo, e nom apenas o que se passa na Faixa de Gaza”, defende Esther Mucznik. “Vejo muitas vezes imagens repetidas do sofrimento em Gaza, o que nom diminui em nada a tragédia que os palestinianos estão a viver ali – e eu estou solidária com eles –, mas ninguém fala nas mulheres israelitas que foram violadas, mutiladas e assassinadas polo Hamas ou que ainda estão todos os dias à mercê dos terroristas, ou do sofrimento das famílias dos reféns”, assinala, considerando que “o facto de se ignorar deliberadamente o que aconteceu no 7 de outubro é, em si, um ato antissemita”.


Este “desequilíbrio” na informaçom veiculada por muitos média pode, na perspetiva de Esther Mucznik, ser um dos fatores que explicam o aumento do antissemitismo em vários países. “Em Portugal, ainda nom temos números, mas eu acho que sim, que os atos antissemitas também aumentaram no nosso país”, afirma a investigadora, que regularmente assina textos de opiniom no jornal Público e verifica que, “independentemente do que escreva, há cada vez mais comentários negativos”. “E eu até escrevo muitas vezes contra o Governo de Netanyahu… mas mesmo assim muitos acusam-me de ser uma sionista e há comentários verdadeiramente horríveis”, lamenta, acrescentando: “Quando leio aqueles comentários, a conclusom é que eu sou culpada da guerra que está a destruir Gaza.”


Precisamente a mesma acusaçom que pode ser inferida dos comentários que escutou quando foi votar no passado domingo. “Por isso, tal como disse ao senhor que os proferiu, estou a preparar a queixa à Comissão Nacional de Eleições e vou também à Junta de Freguesia, para identificar claramente as pessoas em causa”, adianta Esther Mucznik ao 7MARGENS. “Tenho algumhas dúvidas sobre a eficácia destas queixas, mas espero sinceramente que haja consequências”, conclui.


Fonte: 7MARGENS

segunda-feira, 11 de março de 2024

ISSO É O HAMAS

 Vamos ser sinceros.


O Hamas violou mulheres. 

O Hamas assassinou e sequestrou bebês.


Em cidades como Nova Iorque, Londres, Paris, Brasil e ao redor do mundo, houve protestos em defesa do Hamas.


Aaron Bushnell, um 'herói' que se suicidou ateando fogo em si mesmo, escreveu no Reddit que TODOS os israelitas eram alvos e nom havia civis na Rave.


A maior parte da esquerda denomina o Hamas como um movimento de resistência. 


Todos que me seguem sabem a quantidade de comentários antissemitas e pró-Hamas que recebo diariamente.


Agora, um cartaz expondo exatamente as ações cometidas por eles faz as pessoas desesperarem-se tentando provar que é umha invençom dos sionistas?




Isso é o HAMAS. 


Isso é a chamada resistência.


Quer vocês admitam ou nom.


Fonte: Allan Marcos (@allanmarcos_18 via X)

quinta-feira, 7 de março de 2024

5 MESES QUE PARECEM UMHA ETERNIDADE

 5 meses.

Dores incessantes no corpo.



5 meses.
As pessoas voltaram à sua rotina e 134 famílias dos reféns que estão em Gaza nom podem continuar as suas vidas e estão a viver num inferno.

5 meses.
Que parecem umha eternidade para 134 reféns.

5 meses.
Que 134 reféns nom comem, nom dormem, estão em péssimas condições prisionais e alguns são violados.

5 meses
Sobre o ataque terrorista em que pessoas inocentes foram assassinadas e violadas.


#bringthemback

Fonte: Israel em Portugal 

terça-feira, 5 de março de 2024

RELATÓRIO DA ONU CONFIRMA VIOLÊNCIA SEXUAL DO HAMAS

 De acordo com relatório divulgado a 4 de março pola Representante Especial do Secretário-Geral da ONU para a Violência Sexual em Conflitos, Pramila Patten, há evidências substanciais de que crimes sexuais foram cometidos polo Hamas contra as vítimas do massacre de 7 de outubro em Israel, mesmo contra reféns e sobreviventes. As informações levantadas pola ONU atestam a ocorrência de violações coletivas, agressom e tortura sexual, necrofilia e mutilaçom genital de alguns corpos.



O documento é fruto dumha visita de Pattern a Israel, juntamente com umha equipa de nove especialistas que, durante alguns dias, coletou evidências sobre os ataques do 7/10, incluindo a realizaçom de 34 entrevistas e análise de mais de 5.000 fotografias e cerca de 50 horas de filmagens. Essa é a primeira ocasiom em que umha organizaçom internacional confirma as informações que vêm sendo divulgadas polas autoridades israelitas desde o ocorrido, as quais, têm sido constantemente questionadas e até negadas por muitos.


O relatório da ONU destaca a violência sexual sofrida polas reféns que foram libertadas e aponta um padrom sistêmico de tortura sexual empregado polos terroristas do Hamas. Isso gera a preocupaçom de que esses crimes estejam a ocorrer contra as mulheres que seguem em cativeiro na Faixa de Gaza. Desse modo, as recomendações incluem a demanda pola libertaçom imediata dos reféns e a cooperaçom com o Tribunal Penal Internacional (TPI) para que os terroristas sejam julgados e punidos.


É de fundamental importância que a ONU divulgue essas informações, sobretudo na semana em que nos aproximamos do Dia Internacional da Mulher, tendo em vista a demora de várias organizações internacionais, inclusive agências das próprias Nações Unidas, em reconhecer e condenar a violência sofrida pelas mulheres israelitas.


Via: Reuters/ONU

sexta-feira, 23 de fevereiro de 2024

VAGA DE ANTISSEMITISMO ASSOLA O PORTO

 O antissemitismo aumentou globalmente 235% desde o início da guerra entre Israel e o Hamas, segundo relatório anual disponibilizado polo Ministério da Diáspora de Israel, juntamente com a Organizaçom Sionista Mundial e a Agência Judaica. 

Desde o 7 de outubro, após o massacre do Hamas em Israel, os casos de ataques contra Judeus escalonaram, chegando a umha alta histórica. Os números cresceram em todo o mundo e, segundo cálculos realizados polo relatório, praticamente metade dos ataques estão diretamente ligados à Operaçom Espadas de Ferro, a contra-ofensiva israelita ao grupo terrorista na Faixa de Gaza.

O maior aumento percentual de incidentes antissemitas deu-se na França, onde a quantidade de casos é 1000% maior do que antes do início do conflito. Diversos outros países, como Canadá, Austrália, EUA e Alemanha, tiveram um escalonamento superior aos 300%. Portugal, um país historicamente tolerante com a questom judaica, nom é imune a esta vaga de antissemitismo global, tendo sido a cidade do Porto palco dum clima crescente de antissemitismo.

Sinagoga vandalizada

A 12 de outubro de 2023, dias depois do pogromo do Hamas em que foram chacinados 1200 pessoas no sul de Israel, a Sinagoga Mekor Haim Khadoorie, no Porto, foi vandalizada com mensagens pró-Palestina.


A esnoga do Porto, centro da comunidade israelita do Norte de Portugal e mais próxima da Galiza, é um sinal contra a devastaçom. Inaugurada em 1938 em plena onda e antissemitismo europeu, altura em que as sinagogas eram incendiadas e os Judeus perseguidos por todo o lado.

Exibiçom de cartazes antissemitas

A 26 de janeiro de 2024, durante a manifestaçom promovida pola plataforma 'Casa Para Viver', dous cartazes tinham escritas as mensagens “não queremos ser inquilinos de sionistas assassinos” e “nem Haifa, nem Boavista, fora o capital sionista”, numha referência ao conflito em Gaza.


Os cartazes incluem slogans antissemitas e apelos à “limpeza do mundo dos Judeus”

Estima-se que em Portugal vivam cerca de 5000 Judeus; ou seja, 0,05% da populaçom do país e a para o esquerdalhada antissionista (antissemita) os Judeus e sionistas som culpados pola crise económica e de habitaçom que padece Portugal.

Como reaçom à presença destas frases de teor antissemita, Francisco Assis, o cabeça de lista do Partido Socialista (PS) polo círculo do Porto enviou à agência Lusa umha declaraçom com críticas à “extrema-esquerda” nos seguintes termos: “Uma certa extrema-esquerda imbecil e semianalfabeta nom hesita em promover a retórica antissemita que originou a maior tragédia contemporânea na Europa: o holocausto dos Judeus. Estes cartazes filiam-se na propaganda nazi do senhor Goebbels”, escreveu Francisco Assis, vincando que “nada diferencia esta gente da extrema-direita, que quer promover manifestações anti-islâmicas”. De acordo com o dirigente socialista, “são, uns e outros, inimigos da nossa civilizaçom democrática e liberal. É nosso dever combatê-los.”

Dias depois, a 28 de janeiro, o embaixador de Israel em Portugal, Dor Shapira, condenou os cartazes, através dumha publicaçom da rede social X (antigo Twitter): “A liberdade de expressão tem de ter alguns limites, e não importa se vêm da direita ou da esquerda”, defendeu Dor Shapira. “Deixar que cartazes como este sejam exibidos nas ruas de Portugal e ficar em silêncio é deixar o racismo e o ódio vencerem”. “Apoiar a liberdade de expressão, mas estas manifestações são exploradas para espalhar ideias antissemitas, racistas e odiosas. E é exatamente isso que esses cartazes dizem. Deve ser uma linha vermelha que não deve ser ultrapassada dentro dos limites da liberdade de expressão”, concluíu o embaixador do Estado judeu.


Para a direçom da Comunidade Israelita do Porto (CIP/CJP) “desfilar por horas, numha manife organizada, na cidade portuguesa com a maior comunidade judaica e muitos empresários judeus laboriosos, exibindo mensagens como ‘não queremos ser inquilinos de sionistas assassinos’, nom é um problema de ‘cartazes’ e de ‘panos’, polos quais a responsabilidade é individual, mas sim um problema de discriminaçom e incitamento ao ódio e à violência, contra o qual a polícia deveria ter agido de imediato”, disse Gabriel Senderowicz, presidente da CJP à mídia portuguesa.

Para a CIP/CJP, trata-se de antissemitismo. "Um cartaz comparava a cidade de Haifa ao bairro de Boavista, onde está localizada a sinagoga da comunidade. Outro cartaz referia-se aos proprietários judeus, o que constitui um verdadeiro ataque contra os residentes Judeus e israelitas da cidade. Num país com umha populaçom de 10 milhões de pessoas e cerca de 5000 judeus (0,05% do total da populaçom), grande parte deles chegados na última década, a minoria judaica já começar a ser acusada de pôr em risco direitos fundamentais dos portugueses, como o direito à habitaçom", referiu Senderowicz.

Após a manifestaçom, a 30 de janeiro, o portal Esquerda.net, jornal oficial do Bloco de Esquerda, publicou um artigo intitulado “Capital israelita aumenta pressão imobiliária no Porto”. O artigo apresenta os residentes Judeus e israelitas do Porto dumha forma negativa e detalha os nomes dos empresários israelitas que trabalham na área imobiliária no Porto e que chegaram a Portugal ao receberem a cidadania portuguesa no âmbito da "lei dos sefarditas" aprovada em 2015 e até recentemente permitia que cidadãos israelitas de origem espanhola ou portuguesa comprovassem a sua ligaçom ao país e posteriormente tivessem direito à cidadania portuguesa.

Na sexta-feira, 2 de fevereiro, a CJP apresentou umha queixa-crime por discriminaçom e incitaçom ao ódio e à violência contra os manifestantes que ostentavam aqueles cartazes antissemitas e contra o Esquerda.net do Bloco de Esquerda. Trata-se de crimes puníveis pola lei portuguesa com pena de prisom de um a oito anos.

A 3 de fevereiro de 2024 o jornal israelita 'The Jerusalem Post' noticiava a exibiçom dos referidos cartazes antissemitas num artigo assinado pola Danielle Greyman-Kennard sob o manchete: ‘Limpando o mundo dos judeus’: protesto habitacional no Porto torna-se antissemita. Manifestantes inspiraram-se na guerra Israel-Hamas e nas narrativas anti-Israel, instruindo as pessoas a “nom alugarem casas a assassinos sionistas”.

Palestinismo mágico de face antissemita

Desde 7 de outubro em frente à Câmara do Porto o 'Coletivo pela Libertação da Palestina' monta vigílias nom pola libertaçom das pessoas sequestradas polos terroristas islamo-fascistas do Hamas, mas pola libertaçom da Palestina face ao que apontam ser umha ocupaçom “nom dos últimos três meses, mas polo menos de há 75 anos”. Este coletivo protagonizou nos últimos tempos várias iniciativas mais controversas como o foram os cartazes desfilados na última manifestaçom pola habitaçom no Porto com frases antissemitas.


Antes disso, os elementos deste coletivo já tinham deixado a sua marca visível (literalmente) de forma mais “radical” em ações e locais tão distintos como a loja da Zara que a multinacional galega Inditex tem na Rua de Santa Catarina ou as instalações das empresas Navigator e Steconfer, todos eles já pichados a tinta vermelho sangue devido ao que estes ativistas do palestinismo mágico alegam serem ligações ao Estado de Israel e a um regime que apelidam de sionista. 

Este Coletivo pela Libertação da Palestina defende “a solidariedade incondicional com a autodeterminaçom palestiniana e a resistência contra umha ocupaçom colonial que se iniciou antes de 1948 e se mantém até aos dias de hoje”. Consideram “Palestina toda a Palestina Histórica, ‘do rio ao mar’”, nom reconhecem “as fronteiras que o estado sionista toma como suas”, entendem “a luta por umha Palestina livre tem como umha luta interseccional e sem fronteiras”, querem “descolonizar ações e pensamentos”, recusando-se a “que sejam outras pessoas” que nom as palestinianas “a apontar os caminhos para a sua autodeterminaçom”, e assumem-se “radicais” por... quererem “ir à raiz do que levou à criaçom e manutençom desta ocupaçom”.

Para além das manifestações, marchas, protestos, vigílias e apelos a boicotes de instituições e empresas israelitas, o Coletivo pela Libertação da Palestina tem organizado e promovido serões de poesia palestiniana, tertúlias, mostras de cinema, concertos e artes performativas. Segundo a sua carta de princípios, o coletivo organiza-se "de forma horizontal, evitando hierarquias, autoritarismos e centralismos. Decidimos por consenso e somos solidariamente responsáveis pelas decisões do coletivo.”

Perante as críticas de antissemitismo estes ativistas reagem alegando que “qualquer crítica, ataque, combate contra o sionismo é, na sua essência, [catalogada como] antissemita, anti-judeu. Basta ouvir Benjamin Netanyahu, ou tantos outros líderes do projeto colonial sionista, para entender que a acusaçom é utilizada para descredibilizar toda e qualquer açom de solidariedade com o povo palestiniano. Contudo, o argumento é perigoso e desinformado: confundir sionismo e judaísmo, sionistas e judeus. É um erro.” Com críticas a vários órgãos de comunicaçom social por veicularem essa “ideia errada” de antissemitismo, os ativistas do Coletivo pela Libertação da Palestina referem que só podem “ler o foco dado a este caso como umha procura ativa de deslegitimar a mobilizaçom solidária com o povo palestiniano em Portugal, intimidando ativistas com um sentimento de medo, fruto de um juízo de reprovação em praça pública.”


"A vandalizaçom da nossa sinagoga mostra como os Judeus da cidade são imediatamente acusados ​​por um grupo de pessoas que apelam a 'limpar o mundo dos Judeus e o Estado de Israel entre o rio e o mar', embora nom tenham ideia de onde está o onde está o mar e onde está o rio e o que existe entre eles", afirmou Senderowicz. "Se esta prática de incitaçom à violência e ao ódio contra os Judeus portugueses continuar, poderemos chegar a umha situaçom em que haja quem adote estas ideias e possa disparar sobre pessoas inocentes nas ruas por ódio cego.”

quarta-feira, 7 de fevereiro de 2024

O D'US SPINOZIANO

"Você sabia que quando Einstein deu umha palestra em várias universidades dos EUA, a pergunta recorrente que os alunos fizeram foi:

- O senhor acredita em Deus?

E ele sempre respondia:

Eu acredito no Deus de Spinoza.

Quem nom leu Spinoza nom entendia a resposta.  

Baruch De Spinoza foi um filósofo holandês considerado um dos três grandes racionalistas do século da filosofia, junto com o francês Descartes.


Este é o Deus ou a natureza de Spinoza:

Deus teria dito:

“Pare de ficar rezando e batendo no peito! O que quero que faça é que saia polo mundo e desfrute a vida. Quero que goze, cante, divirta-se e aproveite tudo o que fiz pra você.

Pare de ir a esses templos lúgubres, obscuros e frios que você mesmo construiu e acredita ser a minha casa! A minha casa são as montanhas, os bosques, os rios, os lagos, as praias, onde vivo e expresso Amor por você.

Pare de me culpar pola sua vida miserável! Eu nunca disse que há algo mau em você, que é um pecador ou que a sua sexualidade seja algo ruim. O sexo é um presente que lhe dei e com o qual você pode expressar amor, êxtase, alegria. Assim, nom me culpe por tudo o que o fizeram crer.

Pare de ficar lendo supostas escrituras sagradas que nada têm a ver comigo! Se nom pode ler-me num amanhecer, numha paisagem, no olhar dos seus amigos, nos olhos do seu filhinho, nom me encontrará em nenhum livro.

Confie em mim e deixe de me dirigir pedidos! Você vai dizer-me como fazer o meu trabalho?

Pare de ter medo de mim! Eu nom o julgo, nem o critico, nem me irrito, nem o incomodo, nem o castigo. Eu sou puro Amor.

Pare de me pedir perdom! Nom há nada a perdoar. Se eu o fiz, eu é que o enchi de paixões, de limitações, de prazeres, de sentimentos, de necessidades, de incoerências, de livre-arbítrio. Como posso culpá-lo se responde a algo que eu pus em você? Como posso castigá-lo por ser como é, se eu o fiz?

Crê que eu poderia criar um lugar para queimar todos os meus filhos que nom se comportem bem, polo resto da eternidade? Que Deus faria isso? Esqueça qualquer tipo de mandamento, qualquer tipo de lei, que são artimanhas para manipulá-lo, para controlá-lo, que só geram culpa em você!

Respeite seu próximo e nom faça ao outro o que nom queira para você! Preste atençom na sua vida, que o seu estado de alerta seja o seu guia!

Esta vida nom é umha prova, nem um degrau, nem um passo no caminho, nem um ensaio, nem um prelúdio para o paraíso. Esta vida é só o que há aqui e agora, e só de que você precisa.

Eu fiz tudo absolutamente livre. Nom há prêmios, nem castigos. Nom há pecados, nem virtudes. Ninguém leva um placar. Ninguém leva um registro. Você é absolutamente livre para fazer da sua vida um céu ou um inferno.

Nom lhe poderia dizer se há algo depois desta vida, mas posso lhe dar um conselho: Viva como se nom o houvesse, como se esta fosse a sua única oportunidade de aproveitar, de amar, de existir. Assim, se nom houver nada, você terá usufruído da oportunidade que lhe dei.

E, se houver, tenha certeza de que nom vou perguntar se você foi comportado ou nom. Vou perguntar se você gostou, se se divertiu, do que mais gostou, o que aprendeu.

Pare de crer em mim! Crer é supor, adivinhar, imaginar. Eu nom quero que você acredite em mim, quero que me sinta em você. Quero que me sinta em você quando beija a sua amada, quando agasalha a sua filhinha, quando acaricia o seu cachorro, quando toma banho de mar.

Pare de louvar-me! Que tipo de Deus ególatra você acredita que eu seja? Aborrece-me que me louvem. Cansa-me que me agradeçam. Você sente-se grato? Demonstre-o cuidando de você, da sua saúde, das suas relações, do mundo. Sente-se olhado, surpreendido? Expresse a sua alegria! Esse é um jeito de me louvar.

Pare de complicar as cousas e de repetir como papagaio o que o ensinaram sobre mim! A única certeza é que você está aqui, que está vivo e que este mundo está cheio de maravilhas.

Para que precisa de mais milagres? Para que tantas explicações? Nom me procure fora. Nom me achará. Procure-me dentro de você. É aí que estou, batendo em você.”

Fonte: Paulinho Saturnino Figueiredo @Paulimbh via X