segunda-feira, 25 de setembro de 2023

50º ANIVERSÁRIO DA DOLOROSA VITÓRIA DE ISRAEL NA GUERRA DO YOM KIPPUR

O feriado judeu do Yom Kippur deste ano começou esta noite de 24 de setembro. Estas 25 horas são o seu tempo sagrado. A sua oportunidade de encerrar o ano, refletir e recarregar o espírito. Este Yom Kippur é também o 50º aniversário dumha dolorosa vitória.


A guerra começou quando umha coaligaçom de estados árabes, liderada polo Egito e pola Síria com novo armamento soviético, invadiram Israel a partir dum ataque surpresa conjunto no Yom Kippur de 1973, o dia mais sagrado do calendário judaico de descanso e jejum amplamente observado.


Mais de 2500 soldados perderam a vida, deixando milhares de famílias sem os seus seres queridos.

Os homens e mulheres das Forças de Defesa de Israel (FDI) assumiram as suas responsabilidades com coragem, encerrando com sucesso umha das guerras mais devastadoras da história de Israel.

Histórica e heroica foi a intervençom da Brigada 188, que impediu a invasom síria do Golã com 177 tanques israelitas e 44 canhões contra 1400 tanques sírios e 930 canhões.


Quase 40% dos prisioneiros de guerra israelitas foram assassinados. Polo menos 86 prisioneiros de guerra israelitas foram abatidos e mutilados polos exércitos sírio e egício naquela guerra.


O ministro da Defesa sírio, Mustafa Tlass, em 1974, concedeu umha medalha ao “recruta notável de Aleppo que massacrou 28 soldados judeus como ovelhas” e “devorou ​​a carne” de um deles -relatado no Diário Oficial da Síria.


A única ajuda americana significativa a Israel foi na segunda semana da guerra, depois de Israel já ter expulsado os seus inimigos para o interior do seu próprio território. Ajuda americana a Israel na altura foi muito menor do que a ajuda soviética aos árabes. 


A aviaçom norte-americana devia atravessar o espaço aéreo espanhol para reabastecer e descansar nas suas bases. Carrero Blanco, presidente do governo espanhol, proibiu oficialmente às forças armadas dos EUA usar as bases militares para auxiliar Israel. Polo contrário, o regime de Salazar permitiu o uso polos EUA da Base das Lajes, o que garantiu o apoio a Israel através dumha ponte aérea de dimensões colossais suportada apenas nessa base dos Açores, umha vez que a Europa continental fechou os seus aeroportos à operaçom receando retaliações árabes, mormente ao nível do petróleo, o que acabou por ocorrer. Por esse motivo, diferentemente de Espanha, Portugal foi um dos países diretamente afetados polas restrições do fornecimento de petróleo ao mundo ocidental polos países árabes da OPEP.

Carrero Blanco e H. Kissinger, dias antes da explosom que deu cabo dele

Assim sendo, a 20 de dezembro de 1073, altura em que um atentado acabou com a vida de Carrero Blanco, a Agência Noticiosa Soviética TASS declarou que a CIA matara aquele presidente espanhol por ser "um político franquista de tendência nacionalista, que rejeitava aderir à NATO e cumprir cegamente as ordens de Washington".


Durante a guerra do Yom Kippur, o lendário cantor Leonard Cohen largou tudo, deixou a esposa e o filho e veio para Israel para se apresentar perante os soldados das FDI na linha de frente.


Neste dia Israel lembra os heróis que sacrificaram as suas vidas para defender o Estado judeu, mantendo-os nos corações e mentes. G'mar Chatima Tova.


sábado, 23 de setembro de 2023

75º ANIVERSÁRIO DA EXECUÇOM DE SHAFIQ ADES E O FIM DA JUDIARIA NO IRAQUE

 Neste dia de 1948 foi enforcado publicamente no Iraque o líder empresarial judeu de origem síria Shafiq Ades perante 12.000 espectadores, que entom abusaram do seu corpo. Sob acusaçom de vender armas a Israel e apoiar o Partido Comunista Iraquiano os seus bens foram confiscados e todos os Judeus foram demitidos de empregos públicos. Nessa altura o Iraque encetou a expulsom das comunidades judaicas desatando umha campanha limpeza étnica de todos os Judeus.



Shfiq Ades nasceu em 1900 numha família abastada baseada em Aleppo, na Síria. Ele migrou para o Iraque e estabeleceu-se em Bassora.

A sua principal atividade empresarial foi a criaçom e gestom da agência automóvel Ford no Iraque. Ele ainda fez parceria cum muçulmano chamado Naji Al-Khedhairi na compra de sucata de metal militar deixada no Iraque polo exército britânico, vendendo as peças inutilizáveis ​​depois que as peças utilizáveis ​​foram vendidas ao governo iraquiano. Envolvido com a concessom da Ford no país, Ades acumulou laços comerciais e pessoais com notáveis ​​​​e funcionários iraquianos de alto nível e mesmo teve acesso ao regente, 'Abd al-Ilah. O homem da Ford no Iraque era em 1948 o judeu mais rico do pais. Ele foi descrito pelos historiadores como um “pragmático político” que “nom tinha tempo para mexer-se na política, muito menos na causa sionista”.


O processo

Em julho de 1948, o Iraque tornou o sionismo umha ofensa criminal. Quando preso, Ades foi acusado simultaneamente de ser sionista e comunista. A principal acusaçom contra ele era a de ter vendido armas a Israel. O tribunal militar acusador nom apresentou provas. Também lhe foi negado o direito a umha defesa adequada.

Com efeito, o tribunal militar acusou Ades de enviar carros para Israel, de doar dinheiro ao Partido Comunista Iraquiano e de apoiar os esforços militares de Israel, que nessa altura estava envolvido na Guerra de Independência. Ades foi condenado à morte e a pagar umha multa de 5 milhões de dinares. O resto das suas propriedades foram confiscados. 


Os estudiosos Moshe Gat e Philip Mendes concluiram que Ades era claramente inocente segundo as seguintes evidências:

  • Nengumha reclamaçom desse tipo foi apresentada contra o seu parceiro muçulmano ou contra muitos outros comerciantes de sucata.
  • O julgamento durou apenas três dias e o réu nom foi autorizado a defender seu caso.
  • Nengumha testemunha foi chamada.
  • O julgamento-espetáculo foi presidido polo juiz Abdullah al-Naasni, membro do Partido Istiqlal, antijudaico e pró-nazista.
  • Nengumha evidência concreta foi apresentada de que as armas foram enviadas da Itália para Israel.

A sua execuçom estava programada para ocorrer vários dias depois de ele ter sido considerado culpado. Embora centenas de Judeus tenham sido detidos naquele verão, Ades foi o único condenado a sentença de morte. Único judeu na sua organizaçom, ele também foi o único membro da sua empresa a ser punido polo crime polo qual a empresa foi condenada.

A execuçom

Após o julgamento-espetáculo, Ades foi enforcado em frente à sua casa recém-concluída em Bassora a 23 de setembro de 1948. Por volta de 12.000 espetadores vieram de todas as partes do Iraque para testemunhar o enforcamento do "traidor". As autoridades deixaram o seu cadáver na praça por horas e ele foi abusado polas multidões que comemoravam. Mona Yahya, que na época tinha família a morar no Iraque, escreveu mais tarde sobre o enforcamento que “multidões reuniram-se para assistir ao espetáculo e os seus aplausos incitaram o carrasco a repetir a apresentaçom. 

No dia seguinte, as fotografias do enforcado cobriram as primeiras páginas dos jornais iraquianos. O seu pescoço estava quebrado, o seu cadáver pendia sobre umha poça de excremento. Ele foi chamado de de Serpente, Traidor, Espiom, Sionista, Judeu, enquanto o seu milionário património era apropriado polo Ministério da Defesa.

Consequências

A execuçom de Ades causou um choque profundo à comunidade judaica assentada do Iraque de tempos recuados. Como ele era um judeu assimilado e nom-sionista, o caso cortou significativamente o apoio à assimilaçom na sociedade iraquiana e aumentou o apoio à emigraçom como soluçom para a crise na comunidade judaica iraquiana. O sentimento geral da comunidade judaica era que se um homem tão bem relacionado e poderoso como Shafiq Ades pudesse ser eliminado polo Estado, outros Judeus estavam desprotegidos.

Os Arquivos Nacionais de Israel escreveram que depois de Ades ter sido enforcado sob falsas acusações, bem como outras repressões legais, entre as quais, proibições de viagens, “as perseguições fizeram com que muitos Judeus cruzassem secretamente a fronteira para o Irão e de lá escapassem para Israel.”

Após a execuçom, em outubro de 1948 todos os Judeus foram demitidos dos seus empregos públicos no estado iraquiano, totalizando cerca de 1.500 pessoas.

Os bens confiscados ao ramo egípcio da sua família foram avaliados em mais de 1,4 milhões de libras egípcias. A maior parte dos bens confiscados foi através da David Ades & Son, que operava no Cairo e em Alexandria. A propriedade privada da família também foi confiscada polo governo iraquiano. Em 2001 umha loja infantil com o nome Ades continuava a funcionar no Cairo sob propriedade do governo iraquiano.


Hoje em Israel existem ruas com o nome de Ades nas cidades de Ramla, Petah Tikva e Herzelia.


Fonte: Wikipedia (traduçom livre para o galego-português por CAEIRO)

quinta-feira, 21 de setembro de 2023

ISRAEL DA HEMIPLEXIA E APARTHEID, AFIRMA BARREIRO

Num artigo de opiniom no jornal 'La Voz de Galicia' o politólogo e escritor galego Xosé Luis Barreiro Rivas, com o intuito de comparar a situaçom política entre Israel e o Estado do Reino de Espanha,  utiliza os seguintes qualificativos sobre Israel: país artificial, injusto, sem história, enrevesado, xenófobo, hemiplégico, afortunadamente pequeno, de apartheid... e todo um leque de desqualificações próprias do mais nojento antissemitismo.

Na década de 1980 Barreiro Rivas integrou o Governo galego, primeiro como conselheiro da Presidência pola AP (1982-86) e depois como Vice-presidente por Coalición Galega (1987-89).

A seguir compartilhamos o comunicado da AGAI (Associaçom Galega de Amizade com Israel) em resposta às referidas palavras ressumantes de antissemitismo.



“ISRAEL E ESPAÑA: DOS ENIGMAS”, UNHA ANALOXÍA INXUSTA E DISPARATADA

Como membros dunha Asociación que se asume “galega e de amigos de Israel” debemos exercer de tais e responder ás ideas vertidas polo señor Xosé Luis Barreiro nunha coluna publicada nun xornal de Galicia o pasado 16 de setembro, sob o título ‘Israel y España: dos enigmas’, pois considerámola inxusta, inexacta e chea de preconcebidos.  

É difícil cualificar, como el fai, o Estado de Israel como “artificial e injusto”, pois todo estado é un construto artificial e este, fundado en 1948 co amparo da ONU preexistente, por certo, á inmensa maioría dos 195 estados actuais do mundo-- nace co recoñecemento de todas as democracias da altura. Afirmar que se compuxo con “trazas xenófobas y amnésicas” é sorprendente e inxusto. Na declaración de Independencia, de 1947, hai varios artigos no que se apela parao convivio pacífico. O seu parágrafo 3, asinala:  [Israel] asegurará a completa igualdade de direitos políticos e sociais a todos os seus habitantes sen diferenza de crenza, raza ou sexo; garantirá a liberdade de culto, consciencia, idioma, educación e cultura salvaguardará os Lugares Santos de todas as relixións; e será fiel aos principios da Carta  das Nacións Unidas”. E continúa un par de parágrafos máis adiante: “Nós facemos un apelo [...] aos habitantes árabes do Estado de Israel para manter a paz e participar na construción do Estado na base de igual e completa cidadanía através de representación en todas as súas institucións provisorias e permanentes”.   

E apesar do asediu a que se viu submetido desde a súa fundación -o de “hemiplégico”, “apartheid”,  “miña xoias que mueven a la compasión” son insultos fáceis, dolorosos e falsos- apesar de todo, mantén ese recoñecemento de direitos a ese vinte por cento de poboación árabe -cerca de dous millóns de persoas- que vive dentro das súas fronteiras e que teñen, por exemplo,  os seus representantes no único Parlamento democrático normalizado do Próximo Oriente. A liberdade de expresión é un ben sagrado, e así, millares de israelitas, libre e democraticamente maniféstanse en prol do que achan un ataque á división de poderes que, como en toda democracia, alicerza o Estado. Mais o tema da súa organización xurídico política apenas cabe a eles, como o da organización xurídico política do Estado Español a nós. Calquer analoxía de situacións por hiperbólica é falsa. Nada a ver os distintos cenarios, problemáticas, e a evidente distancia entre unha situación de ameaza exterior permanente na que vive Israel e a de España, onde hai só un parcial cuestionamento interno. 

O debate de ideas e o diálogo anímanos como asociación, mais non a pura descualificación, o insulto e o menosprezo a un Estado que nos seus 72 anos de vida conseguiu criar unha sociedade avanzada, cultura, diversa e cuxas minorías étnicas e liberdades persoais, civís e relixiosas están garantidas por lei. Animamos o profesor Barreiro, e a todos os galegos que dubidan, a que visiten e se informen sobre  Israel sen preconcebidos. 

Nunha democracia, a liberdade de opinión é fundamental, por iso, nos comprace expresar a nosa, cun xuízo e valoración moi distinta á expresada nos insultos do Señor Barreiro no desafortunado artigo. Os leitores e a cidadanía de Galicia, valorarán. 

Santiago de Compostela, 18/09/2023

Assinado: Xunta Directiva AGAI (Asociación Galega de Amizade con Israel)
Contato: Carla Reyes Uschinsky, presidenta



Leia, na íntegra, o texto publicado no jornal "La Voz de Galicia" (em espanhol) divulgado publicamente no Twitter/X por Spain4Israel.

Fonte: Spain4Israel Twitter/X

sexta-feira, 8 de setembro de 2023

AS TEORIAS DA CONSPIRAÇOM DO PRESIDENTE PALESTINIANO

 O presidente palestiniano, Mahmoud Abbas (OLP), abordou o antissemitismo num discurso proferido na 11ª sessom do Conselho Revolucionário do Fatah, a 24 de agosto de 2023. Ele disse que a "verdade" é que os judeus europeus nom som semitas, eles som descendentes de khazares e, portanto, a sua perseguiçom nada tem a ver com antissemitismo. Abbas acrescentou que Karl Marx confirmou que assim é. Ele continuou a dizer que Hitler e os europeus nom mataram os Judeus "por serem Judeus", mas antes combateram os Judeus por causa do "seu papel social, e nom da sua religiom". Abbas explicou que Hitler “lutou” contra os Judeus porque eles lidavam com a usura e dinheiro, nom por causa do antissemitismo.


Ele acrescentou que os Judeus orientais eram de facto semitas, porque eram originários da Península Arábica e depois viajaram para o Al Andalus. Mais tarde no seu discurso, Abbas afirmou que Ben Gurion nom queria que os Judeus dos países árabes imigrassem para Israel, mas foi forçado a aceitá-los a pedido de Churchill, porque nom havia mais Judeus na Europa logo da Shoah. Ele disse que Ben Gurion realizou ataques a instituições judaicas em países árabes para persuadi-los a emigrar. Abbas afirmou: “os Judeus nom queriam emigrar, mas foram forçados a fazê-lo por meio de pressom, coerçom e assassinato”.

Abbas discutiu a Declaração Balfour, dizendo que os EUA eram os seus parceiros e que Israel foi inventado pola "Grã-Bretanha e pola América - nom apenas pola Grã-Bretanha". Ele acrescentou que está “a dizer isso para que saibamos quem devemos acusar de ser o nosso inimigo”.


A teoria da conspiraçom Cazar

“A verdade que deveríamos esclarecer ao mundo é que os Judeus europeus nom som semitas. Eles nom têm nada a ver com o semitismo.

[...]

"A história começou em 900 dC, no Reino Cazar, no Mar Cáspio. Foi um reino tártaro que se converteu ao judaísmo.

[...]

"[No século XI], este império entrou em colapso e toda a sua populaçom partiu para o norte e para o oeste. Eles partiram para a Rússia e para a Europa Ocidental e Oriental. Eles espalharam-se por lá e som os antepassados ​​​​dos Judeus Asquenazitas. Entom, quando os ouvimos falar sobre semitismo e antissemitismo – os Judeus Asquenazitas, polo menos, nom som semitas.


Hitler nom era antissemita


“Dizem que Hitler matou os Judeus por serem Judeus e que a Europa odiava os judeus porque eram Judeus.

"Nom é verdade. Foi claramente explicado que [os europeus] lutaram [contra os Judeus] por causa do seu papel social, e nom da sua religiom. Vários autores escreveram sobre isso. Até Karl Marx disse que isso nom era verdade. Ele disse que a inimizade era nom dirigida ao judaísmo como religiom, mas à judiaria polo seu papel social.

"Os [europeus] lutaram contra estas pessoas por causa do seu papel na sociedade, que tinha a ver com a usura, dinheiro, e assim por diante. Até Hitler...

"Todo o mundo sabe que durante a Primeira Guerra Mundial, Hitler era sargento. Ele disse que lutou contra os Judeus porque eles lidavam com a usura e o dinheiro. Na sua opiniom, eles estavam envolvidos em sabotagem, e é por isso que ele os odiava. Nós apenas queremos para deixar este ponto claro: nom se tratava de semitismo e antissemitismo.

“Quanto aos judeus orientais, som semitas, porque todos som originários da Península Arábica e viajaram para o Al-Andalus e depois voltaram. Conhecemos esta história.


A conspiraçom anglo-saxónica contra a Palestina


"A Declaraçom Balfour viu a luz do dia apenas por causa do acordo completo entre Balfour e o presidente dos EUA, Wilson. Eles estavam de pleno acordo sobre este compromisso. Portanto, a América foi parceira da Declaraçom Balfour. Quem inventou esse estado [judeu]? Ele foi a Grã-Bretanha e a América - nom apenas a Grã-Bretanha.

[...]

"Os EUA, que nem sequer eram membros da Liga das Nações, forçaram a Liga das Nações a incluir a Declaraçom Balfour no seu pacto. Digo isto para que saibamos quem deveríamos acusar de ser o nosso inimigo, quem nos prejudicou tirando a nossa pátria e a entregando-a aos Israelitas ou aos Judeus.


A conspiraçom sobre o êxodo dos Judeus dos países árabes


"Em 1948, a populaçom de Israel era de 650 mil pessoas. Em 1948-1949, eles ocuparam 78% da Palestina. 650 mil pessoas nom eram suficientes, entom Ben-Gurion queixou-se aos britânicos, ao seu amigo Churchill. Ele disse: 'Cara, eu tenho um problema. Leve-me os Judeus da Europa. Estou com falta [de pessoas]. Tenho esta vasta terra, mas nengumha populaçom.'

"[Churchill] disse: 'Nom posso conseguir para vocês os Judeus europeus. Depois da Guerra Mundial, eles emigraram para lugares diferentes, ou se estabeleceram [na Europa], ou foram mortos. Os únicos que posso conseguir para vocês som os Judeus dos países árabes' Mas Churchill disse que nom havia mais ninguém. Ben-Gurion disse: "Deus me livre! Faça-me um favor, nom quero os Judeus dos países árabes."

“[Ben-Gurion] disse: 'Irmão, aqueles Judeus dos países árabes som exatamente como os Árabes. Eles parecem-se com Árabes. Eles têm a mesma cultura, a mesma comida. Eu nom os quero.' Mas [Churchill] disse: 'Faça o que quiser. Nom há outra soluçom.'

“Ben-Gurion nom só concordou, como também enviou o seu povo para o Iraque, para matar, destruir e plantar explosivos nas sinagogas, a fim de forçar os Judeus iraquianos a emigrar. Isto também aconteceu no Egito em 1956 – o Caso Lavon – e depois, no Marrocos e noutros países. Os Judeus nom queriam emigrar, mas foram forçados a fazê-lo, por meio de pressom, coerçom e assassinato".

Fonte: MEMRI

quinta-feira, 7 de setembro de 2023

JUDEUS DE ELVAS

 Nuno Borrego e João Manuel Braz, apresentam em Elvas, este domingo, dia 10 de setembro, polas 17h00 (PT), a obra “Judeus de Elvas – Linhagens e relações de parentescos [Séculos XVI-XVIII], 2 vols.”.



A apresentaçom da obra, publicada polo Laboratório de Estudos Judaicos (Instituto Superior de Ciências Sociais e Política – Universidade de Lisboa), vai ter lugar na Biblioteca Municipal de Elvas Dra. Elsa Grilo.


Nuno Borrego, natural do concelho de Elvas, é um reputado genealogista e autor de um grande número de obras fundamentais no campo da Genealogia, Heráldica e História em geral.


O livro é um enorme contributo para o conhecimento da história local de Elvas, “Judeus de Elvas – Linhagens e relações de parentescos [Séculos XVI-XVIII], 2 vols.” da autoria de Nuno Borrego e João Manuel Braz e que se insere na coleçom de Estudos Judaicos que tem vindo a ser publicada polo Laboratório de Estudos Judaicos (Instituto Superior de Ciências Sociais e Política – Universidade de Lisboa) e a qual é coordenada e editada por Nuno Borrego.


terça-feira, 5 de setembro de 2023

ANTISSEMITISMO PRÓ-PALESTINIANO NA GALIZA

 Existe um antissemitismo pró-palestiniano consistente em atacar Israel e os Judeus usando como escusa da alegada defesa da causa (justa) da independência e dos direitos do povo árabe da Palestina. A Galiza nom é imune a esse fenômeno global.

Assim sendo, nom é infrequente depararmos com bandeiras da Palestina nos locais e contextos mais variados e bizarros. A 27 de agosto de 2017, durante a Festa da Estória, testemunhou-se a existência de umha bandeira palestiniana pendurada dumha janela da Casa da Inquisiçom de Ribadávia. Talvez alguém achou que a coexistência na mesma fachada do selo da Inquisiçom espanhola com a bandeira do nacionalismo árabe na Palestina era umha boa ideia para a defesa dessa causa.

CAEIRO

Selo da Inquisiçom espanhola (amarelo)


Na imagem de abaixo, escudo da Inquisiçom espanhola (1571). Ladeando a cruz, a espada, símbolo do castigo aos hereges e o ramo de oliveira, símbolo da reconciliaçom com os arrependidos. Em latim, a inscriçom «Exurge Domine et judica causam tuam. Psalm. 73» (Levantai-vos, ó Deus, e defendei a vossa causa;" salmo 73;22)


Difícil acreditar que tivesse acontecido por acaso. Perguntamo-nos que processo mental leva a fazer isso?


Como se nom bastasse, com o intuito de promover a herança judaica de Ribadávia, a 18 de agosto de 2019 Turismo de Galicia, o centro oficial de informaçom turística do Governo galego, postava nas redes sociais umha imagem da cidade velha de Ribadávia mostrando a Casa da Inquisiçom com a bandeira palestiniana pendurada da mesma janela.



Bandeira palestiniana (vermelho) colocada lado a lado do selo da inquisiçom espanhola (amarelo)


A administraçom pública deveria ter mais cuidado com as fotografias que publica, mormente quando visam promover outras cousas.


Lembremos que tanto a Inquisiçom Portuguesa (também conhecida como Tribunal do Santo Ofício) quanto a espanhola, foi umha instituiçom da Igreja Católica que perseguia, julgava e punia pessoas acusadas de cometer crimes considerados heréticos. A heresia mais frequentemente perseguida por esse tribunal opressor eram as alegadas práticas judaizantes dos chamados cristãos-novos ou conversos.

Entre 1606 e 1609, altura em que Portugal estava sob o domínio espanhol, o processo de Ribadávia envolveu quase metade da populaçom da vila acusada de serem judeus, o que supôs umha comoçom enorme para umha populaçom tam pequena.

Durante a açom inquisitorial em Portugal, no tribunal de Lisboa, (cuja jurisdiçom abrangia Brasil e África Ocidental) 68% de todos os processos entre 1540 e 1629 foram relacionados a acusações de judaísmo; no tribunal de Coimbra, de 1566 a 1762, a percentagem era de 83%; e no tribunal de Èvora, de 1553 a 1688, a proporção era de 84%. 

sexta-feira, 1 de setembro de 2023

XXIV DIA EUROPEU DA CULTURA JUDAICA EM PORTUGALIZA

  A temática escolhida para a celebraçom este ano do XXIV Dia Europeu da Cultura Judaica foi MEMÓRIA (Memory), um conceito coletivo ou individual, graças ao qual a história da cultura judaica foi mantida e transmitida ao longo dos séculos.

A memória permite acompanhar as pegadas naqueles locais onde houve presença judaica, e apesar da sua desapariçom ainda conservam umha herança sem o qual nom se poderia perceber o presente, e cujo legado, geraçom após geraçom, constitui um alicerce na transmissom da identidade.


Esta ediçom do Dia Europeu da Cultura Judaica vai ser realizado sob o prestigiado patrocínio da UNESCO, umha colaboraçom que marca um marco importante para este evento e enfatiza o compromisso partilhado de celebrar e preservar a herança e a cultura judaicas.


Atividades agendadas na Galiza:

> Monforte de Lemos: A Câmara Municipal organiza o domingo 3 de setembro duas visitas guiadas e gratuítas à área de âmbito judaico da vila com saída do Escritório Municipal de Turismo (R. do Comércio, 6) às 11:30 e 18h (hora galega). Necessária reserva prévia.

> Ribadávia: O Concelho aderiu à homenagem à lembrança de Sefarad atraves da Porta da Memória que terá lugar a 3 de setembro.

> Tui: Durante todo o mês o Concelho organiza um amplo programa de atividades sob o lema "Setembro judeu em Tui" incluindo visitas guiadas, jornadas de desenho, concertos e gastronomia. Com motivo do 400º aniversário do seu passamento em Toulouse, Francisco Sanches, o médico e filósofo portugalego de origem judaica nascido em Tui receerá umha homenagem especial.



Atividades agendadas em Portugal:

> Porto: Confira as atividades agendadas para o dia 3 de setembro pola Comunidade Israelita do Porto, Museu do Holocausto, Museu Judaico, AEPJ, EJA, a Biblioteca National de Israel e a B'nai B'rith Europe.

> Torres Vedras: Abertura e visita guiada á exposiçom 'A Diáspora Judaica Portuguesa: cristãos-novos, criptojudeus, marranos, "gente da nação" (séc. XV a XXI)



O Centro de Interpretação da Comunidade Judaica apresenta, durante o mês de setembro, a exposiçom A Diáspora Judaica Portuguesa, organizada pola Editorial Chandeigne e apresentada em Portugal pola Associação Hagadá | Tikva – Museu Judaico de Lisboa.

A exposiçom conta, ao longo de 20 painéis, a história da diáspora judaica portuguesa no contexto sefardita, ainda pouco conhecida, desde as suas origens – a conversom forçada dos Judeus portugueses em 1497 – até às reminiscências contemporâneas das memórias marranas e dos seus lugares de memória, mostrando-a como uma história judaica, mas também portuguesa, europeia e mundial.

Perseguidos pola Inquisiçom a partir de 1536, muitos cristãos-novos abandonaram Portugal em busca dum local para praticar o judaísmo com maior ou menor liberdade, tendo participado, entre os séculos XVI e XVIII, nas profundas mudanças socioeconómicas, religiosas e intelectuais que trouxeram o mundo ocidental à modernidade.

A exposiçom mostra que, apesar da grande dispersom geográfica e religiosa desta diáspora, foi preservada umha certa coesom, cujos factores de unidade se expressam através da língua, da literatura, da liturgia, da arquitectura, dos patronímicos ou mesmo da arte funerária. Embora composta, partilha um destino comum que dará origem a umha nova forma de pertença colectiva, designada polo termo «a Naçom».