segunda-feira, 16 de setembro de 2024

O ROSTO E SOM DO ANTISSEMITISMO CONTEMPORÂNEO

 É assim como soa e se parece o antissemitismo contemporâneo. Nom é o velho ódio judeu de bar, onde normalmente se ouve a intolerância da populaça. Nom. Isso é antissemitismo da Ivy League (conferência atlética das oito universidades de elite do nordeste dos EUA), do mais puro estilo betinho.  


Ela nunca seria pega a chamar alguém de “K-word” ou Kike (porcos judeus), mas ela acha completamente bem glorificar o assassinato, violaçom, mutilaçom e sequestro de Judeus, incluindo crianças e sobreviventes do Holocausto. 

 


Chamar as ações do Hamas de 7 de outubro de “acenderem a chama da resistência” é como chamar o ataque de 7 de dezembro a Pearl Harbor ou a invasom de 1 de setembro da Polónia de atos de lutadores pola liberdade. São mentiras. É apenas jogar um monte de palavras fora. Ninguém deveria comprar isso. Visto que muitos compram, devemos examinar o que as pessoas estão a aprender nas universidades do mundo livre.



Nom se enganem: o que ela está a dizer é tão perigoso e destrutivo quanto qualquer cousa que já foi dita sobre o mundo judaico.


O Palestinismo é a questom! Umha ideologia perigosa e destrutiva com apenas um objectivo, a eliminaçom/prevençom da soberania judaica e da autodeterminaçom na pátria judaica. Tudo começou em 135 DEC, quando o Império Romano destruiu Israel (Judeia) e o renomeou como Síria-Palestina.




O palestinismo está a substituir as mulheres muçulmanas gordinhas em hijabs por rostos de raparigas mais amigáveis nas redes sociais para espalhar a sua propaganda.



domingo, 15 de setembro de 2024

O VIÉS DA IMPRENSA PORTUGUESA

 A CNN Portugal publicou ontem um extenso artigo online sobre a guerra no Próximo Oriente, carregado de imprecisões e propaganda, no intuito de sustentar a mensagem que a assinatura do acordo com vista ao fim da guerra se deve ao facto do mesmo não ajudar nas eleições americanas e beneficiar Trump. Desde o ataque de 7 de Outubro que a propaganda contra Israel tem intensificado na imprensa portuguesa, resta averiguar a quem interessa e beneficia dela. Vale a pena ler a resposta de Shimshon Zamir ao artigo colocando em causa as premissas com que sustentam a tese, a começar pelo título do mesmo:



Li com muita atenção o artigo publicado pela CNN, segundo o qual Netanyahu não pretende chegar a um acordo para favorecer a eleição de Trump.

O conteúdo do artigo baseia-se em diversas premissas, as quais passo a refutar.

Primeiro, a suposição de que os eventos no Médio Oriente influenciarão a decisão de voto do eleitorado nas eleições dos EUA, como se os problemas de imigração, tensão interna, custo de vida, etc., os que realmente incomodam os eleitores americanos, ao deslocarem-se às urnas fossem desprezados pelo que está a acontecer a dez mil quilómetros de distância.

Segundo, o pressuposto (diria que um pouco "anti-semita") de que os judeus tem uma influência “mágica" manipulando tudo ao redor. Parece uma versão moderna da velha ideia “os judeus governam o mundo”.

Terceiro, a esperança de que a repetida propaganda da “solução” dos dois Estados garanta que o que falhou durante 31 anos irá subitamente (como num passe de magia) tornar-se algo viável. Não. Para que existam dois Estados, é necessário dois povos comprometidos com um acordo entre eles. Quando em ambos os povos a maioria da população não deseja essa alternativa, como poderá ser possível esse compromisso?

Entre os palestinianos em Gaza, 80% da população apoia o Hamas, a alternativa fundamentalista que não reconhece o direito de existência de Israel.

Da mesma forma, sabe-se que, se houvesse eleições na Cisjordânia, seria o Hamas a ganhar, exactamente o motivo pelo qual a Fatah não convoca eleições.

Mas não só entre os palestinianos, também em Israel, depois das amargas experiências causadas pelos Acordos de Oslo (que o artigo da CNN elogia) com milhares de mortes de ambos os lados, a maioria da população Israelita não apoia a ideia dos dois Estado e também aqueles que estariam dispostos a considerar alguma entidade palestiniana "autónoma", colocaram tantas condições à sua aceitação que nenhum palestiniano as pode aceitar.

Porque a realidade é que ambos participam (embora com relutância) há 31 anos numa tentativa condenada ao fracasso, que só as enormes quantidades de dinheiro concedidas pelos EUA e pela Europa a mantêm a respirar. E também isto acabará, como qualquer tentativa de "ressuscitar os mortos”.

Os palestinianos não querem aceitar a existência de uma entidade judaica independente à sua custa, a sua recusa assenta na ideologia muçulmana assim como na questão territorial.


E os judeus não querem aceitar a existência de uma entidade palestiniana hostil ao seu lado, que terá sempre de ser vigiada, devido à suspeita de que cometerão actos semelhantes, ou piores, que os do ataque de 7 de Outubro.

Dado que ambas as comunidades vivem bastante misturadas, as tensões intercomunitárias influenciam diariamente o crescimento da suspeita mútua.

E enquanto isso, a milhares de quilómetros de distância, diplomatas profissionais, entre um copo de whisky e outro, em hotéis de 5 estrelas, continuam a falar e a escrever sobre temas que não compreendem (ou se sentem confortáveis ​​em não compreender) baseado em pressupostos que a realidade há muito se encarregou de enterrar.

Voltando ao artigo que pede a Netanyahu para “mudar de rumo”. Por que o deveria fazer? O que mudou para melhor no território que nos obrigue a pensar que é necessário fazê-lo? Houve uma invasão traiçoeira ao território israelita, 1300 mortos, 250 reféns e um ano de combates... E que mais? Uma crueldade inconcebível, que nem sequer permite que a Cruz Vermelha visite os reféns para verificar o seu estado de saúde, que publica regularmente vídeos destinados a acentuar o sofrimento das famílias dos reféns na esperança que "Netanyahu muda de rumo” devido à pressão pública dentro de Israel, e que perante a derrota iminente, também os mata à queima-roupa e se gaba do feito.



Se há algo que muda, é precisamente para pior, porque o comportamento do Hamas cria na maioria do público Israelita a convicção certa de que todos os dias há menos reféns vivos, e permite ao governo israelita com menos pressão interna ponderar a sua estratégia e não apenas “mudar de rumo”.

Novamente, no artigo é possível perceber o quanto os observadores externos não compreendem o que realmente se passa em Israel. O que inicialmente eram mais de 200 mil manifestantes em todo o país que queriam chegar a um acordo que salvaria 250 reféns, tornaram-se manifestações de 60 a 80 mil pessoas na cidade de Telavive, cujos slogans, juntamente com o pedido lógico para a libertação dos reféns, é a demissão de Netanyahu, numa estranha combinação de interesses com os slogans difundidos no artigo publicado na CNN.



Será que alguém “cria” os mesmos slogans para ambos? As suspeitas crescem quando o título do artigo se refere a uma certa preferência de Netanyahu pela eleição de Trump e não de Harris. Será verdade? O que é permitido a Putin, Xi Jinping e Hamina, e outros líderes mundiais, “preferirem” esta ou aquela eleição, é proibido a Netanyahu?


Por Shimshon Zamir, Israel

Via: Sofia Afonso Ferreira

sexta-feira, 13 de setembro de 2024

LEXICON DO PALESTINISMO

 Algumhas palavras e frases em língua pró-palestiniana traduzidas para o galego-português:



Escolas: Bases terroristas.


Jardim de Infância/Creche: Posições terroristas.


Hospitais: Túneis.


Mesquitas: Instalações de armazenamento de armas.


UNRWA: HAMAS.


Jornalistas: Terroristas.


Genocídio: Guerra.


Um milhom de crianças mortas: 2 terroristas eliminados.


Fome: Muita comida.


Sionistas: Judeus.


Soldado sionista: Criança israelita.


Palestinianos: Árabes.


Combatentes pola liberdade: Assassinos e violadores.


Palestina Livre: Destrua os Judeus.


Do rio ao mar: Destrua os Judeus.


Cessar-fogo agora: Destrua os Judeus.


Queers for Palestine: Bando de idiotas.


Indígena palestiniano: Trabalhador migrante que veio em 1946 para o Mandato Britânico da Palestina em busca de emprego. 


Crianças: Este verbete na verdade tem dous significados - perímetro de defesa e objeto usado para fins políticos, mais útil morto do que vivo.


Mulheres: Sinônimo de crianças, ao mesmo tempo em que é um objeto vivo sem agência, cujo objetivo principal é criar filhos.


Resistência: Palavra que soa legal para encobrir a barbárie insensível 

Cessar-fogo agora: Slogans que parecem amantes da paz, mas que ajudam o Hamas a reabastecer-se de armas e mercenários


Troca de reféns: Sequestrar bebês para chantagear Israel e libertar assassinos em massa que são necessários para reforçar os esgotados esquadrões terroristas do Hamas


Ajuda Humanitária: Umha boa forma de a ONU fornecer ao Hamas 500 milhões de dólares em suprimentos para os quais países estúpidos contribuem.


Alegadamente:

Palavra muito popular, adicionada principalmente a declarações feitas por Judeus para transmitir que todos os Judeus são mentirosos.


Cessar-fogo agora:

Um slogan que soa justo que pede ao Hamas que seja capaz de reabastecer foguetes, armas, gasolina e doações de alimentos da UNWRA e também mover reféns para novos locais.


Umha forma aparentemente justa de esperar que o Hamas permaneça no poder para poder terminar a tarefa de matar todos os israelitas.


Do Rio ao Mar:

Maneira moderna de pedir o assassinato de 9 milhões de israelitas


O Hamas nom é umha organizaçom terrorista: 

Defesa por funcionários corruptos que foram encontrados na cama com terroristas.


Judaísmo e Sionismo são duas cousas diferentes:

Tentativa hipócrita de fazer do ódio aos judeus um movimento aceitável.


Dizer a umha minoria como eles deveriam se sentir em relaçom à sua etnoreligiom e, ao mesmo tempo, incentivá-los a questionar a sua fé, que menciona Jerusalém 633 vezes nas suas escrituras.


Forma moderna de inquisiçom onde os Judeus são forçados a se converter ao antissionismo, pois doutra forma seriam doxxados.


Ativista Pró-Palestina:

Indivíduos cujas contas nas redes sociais antes de 7 de outubro continham publicações relacionadas com coelhinhos fofinhos, maquilhagem e carros, mas que se transformaram em indivíduos politicamente engajados cujo foco principal é umha área que representa 0,3% do mundo muçulmano.


Indivíduos que nom conseguem ler um artigo com mais de 150 palavras e, portanto, contam com o TikTok para coletar informações.


Indivíduos que ficam extremamente irritados e começam a gritar slogans repetitivos se alguém tenta mostrar outro aspecto dumha situaçom.


Indivíduos que querem sentir-se bem consigo próprios fingindo preocupar-se com as vidas palestinianas, mas recusam-se violentamente a manifestar-se para que o Egipto abra a sua fronteira para salvar vidas palestinianas.


Reconheça um Estado Palestino agora:

Declaraçom de políticos covardes antes das eleições ou de políticos que já sabem que nom vão ganhar as eleições e já encontraram novo emprego no Catar.


Fonte respeitável:

Dados fornecidos por umha organizaçom terrorista cuja principal arma são crianças e civis mortos.


UNWRA:

Organizaçom moderna, dirigida por homens de fato e óculos, que usam o povo palestiniano como ferramentas, radicalizando-o em judeufobos (Jewhaters) tóxicos para garantir que os Judeus e Israel sejam evitados em todo o mundo.


Organizaçom que finge ser caridosa mas agrava sub-repticiamente umha situaçom à custa dos palestinianos e dos israelitas.


Desembrulhar (unwraing):

Novo verbo que transmite a açomñ onde alguém finge ser bom, mas é egoísta e mau.


Propaganda Sionista: Maneira moderna de restabelecer o velho tropo de que todos os Judeus são mentirosos.



Ficamos felizes em ajudar. Se você conhece a língua pró-palestiniana, sinta-se à vontade para adicionar traduções nos comentários para fornecer assistência vital ao público.


segunda-feira, 9 de setembro de 2024

O PALESTINISMO COMO IDEOLOGIA ABSOLUTA

Shmuel TriganoA ideologia palestiniana e os seus “idiotas úteis”

Samuel Trigano

Um novo fenómeno (por assim dizer) na longa história de ódio aos Judeus manifestou-se recentemente nos campi universitários americanos, nas ruas europeias, particularmente inglesas e francesas, sem esquecer as ruas árabes/muçulmanas (Jordânia, Turquia, etc.). Este fenómeno, que defino como “Palestinismo”, constitui umha nova forma ideológica [1] que deve ser distinguida do antissionismo, que agora se tornou “clássico” e ultrapassado.

As diferentes épocas de ódio aos Judeus

Ao longo da história, manifestaram-se diferentes formas de ódio e o projeto de extermínio dos Judeus: o antijudaísmo cristão, o antijudaísmo muçulmano, o antissemitismo da era moderna e democrática que identifica o judeu como umha raça, o antissemitismo e o antissionismo da era contemporânea (era do Estado-naçom) que identifica o Estado judeu com umha colónia do Ocidente.

Cada umha destas formas envolve umha teoria da condiçom judaica [2] e o projeto de erradicaçom dos Judeus (mais claramente do seu “extermínio”) em nome dumha causa que supostamente justifica moralmente esse extermínio. Cada um deles aborda um problema específico.

As diversas formas históricas de ódio aos Judeus:

> o “Verus Israel”, a Igreja, face a Sinagoga caída

> a Umma islâmica no dhimmi,

> a naçom moderna face umha conspiraçom judaica global (um povo inventado)

> da naçom pós-colonial face estado-naçom judeu (antissionismo)

> a “multidom” (Cf. Antonio Negri) globalizada face a singular naçom judaica.


A era do antissemitismo global

Podemos perguntar-nos sobre esta última fase se entrámos numha nova era histórica de ódio aos Judeus: a era “pós-democrática”, pós-modernista ou globalizada. Note-se que pode estar intimamente ligado ao recente aparecimento em Israel dum Israel pós-nacional (decorrente do pós-sionismo da esquerda israelita), cujos primeiros efeitos foram sentidos no “protesto” que abalou Israel ao longo de 2023 [3].

Em suma, o antissionismo que tem como alvo o clássico Estado-naçom judeu democrático estaria hoje “ultrapassado” como umha forma ideológica de ódio aos Judeus, devido ao fim [4] (?) da era do Estado-naçom, incluindo na sua versom israelita.

Que forma assumirá esta mutaçom pós-nacional (isto é, “para além da naçom”), dum ódio que, segundo as últimas notícias, era antissionista (contra os Judeus enquanto Estado-naçom moderno)? Nesta versom nom haveria mais um referente coletivo concreto –povo, naçom, sinagoga (o pós-modernismo obriga) – senom “a multidom” estúpida, confusa e errática, que, em Antonio Negri, designa a nova figura do coletivo, condiçom que abrange caoticamente toda a humanidade na era da globalizaçom e cuja figura global seria “o povo palestiniano”, ilustrado polas atuais manifestações globais de ódio aos Judeus.

Os Judeus (figura global do Estado de Israel) seriam assim duplamente atacados: como umha sobrevivência arcaica do Estado-naçom, um fóssil da era colonial, e como um obstáculo à globalizaçom. A questom deste ódio colocaria agora umha nova entidade, também globalizada, representando o mundo globalizado, nomeadamente “o povo palestiniano”, contra os Judeus de todo o mundo, que já nom são qualificados como “povo”.

O antissionismo estaria ultrapassado polo palestinismo

Obviamente, “o povo palestiniano”, que representa umha realidade supostamente ameaçada e perseguida (apartheid), [5] se designar os verdadeiros palestinianos é, neste caso, construído como umha figura transcendente, maleável, que é um mito, como mostra a revolta contra os Judeus que atingiu as universidades de vários países do mundo ocidental e demonstrou a ignorância crassa dos seus “idiotas úteis” europeus e americanos em questões de história e geografia do Próximo Oriente: proclamam a palavra de ordem “do rio ao mar” sem saber de que rio ou de que mar estão a falar… Agora é o “povo palestiniano” contra “os Judeus”, em todo o lado, nom importa. As mulheres agredidas (apenas no Ocidente) podem agora defender a sua causa atacando “Israel”… Isto é o que o delírio conceptual da doutrina pós-modernista da “interseccionalidade” permite racionalmente. Mulheres espancadas, ex-colonizados perseguidos, deficientes, africanos, índios, antigos escravos: arrogância aos Judeus culpados do seu sofrimento!

Na medida em que o “povo palestiniano” se torna o referente universal e abstrato, desligado da realidade histórica e sociológica, do ódio desenfreado antijudaico, chamarei este último de “Palestinismo”. Este termo designa a ideologia que motiva a atual onda antissemita no mundo, com base numha messianizaçom quase religiosa (na verdade islamizada) dum povo palestiniano “sofredor” vítima de toda a culpa do mundo “branco”, e “Ocidental”. Já nom é o judeu como naçom, uma sinagoga, umha comunidade que é alvo, mas sim o judeu como raça humana, tanto coletiva como individual, a quem é negada a sua qualidade como homem, como o massacre de 7 de outubro demonstrou [6]. Neste sentido, é um ressurgimento da intençom nazista.

Assiste-se a um ressurgir da intençom nazista contra os Judeus


Palestina: Império ou Estado?

Este estado de cousas confere aos palestinianos um estatuto sem precedentes, um poder sem precedentes, o dum “império global”. Tomo emprestado este termo dum autor americano, Lee Smith [7], os palestinianos têm algo melhor do que um Estado, escreve ele, são apoiados polas atuais potências dominantes e incluídos em todos os cenários das instituições internacionais. A revolta nos campi e nas cidades ocidentais mostrou a sua força e a escala do seu poder. Que necessidade têm eles de se sobrecarregarem com o fardo dum pequeno Estado que seria a “Palestina” com fronteiras estreitas: já estão a jogar nas grandes ligas e a pavonear-se em todos os cenários internacionais, no tribunal penal internacional (que ocasionalmente mostram a sua corrupçom moral e má-fé).  A questom do ódio a Israel, portanto, já nom tem objetivamente como horizonte a criaçom dum “Estado Palestiniano” nem dum “povo Palestiniano”. Ele se vê confrontado com a humanidade unida na “comunidade internacional”. Já nom tem a ver com terroristas palestinianos, com o Hamas, etc., mas com os organismos mundiais da humanidade.


As três bases do palestinismo

O palestinismo como ideologia está a desenvolver-se em três grupos populacionais: imigrantes árabes-muçulmanos do Ocidente, palestinianos do Próximo Oriente, populações ocidentais, aos quais deveríamos acrescentar círculos internacionais (em particular a Uniom Europeia). Cada vez por motivos diferentes.

Para as comunidades de imigraçom, a preocupaçom com a “Palestina” tem desempenhado, desde a segunda intifada, o papel dum “cavalo de Tróia” que  lhes dá umha oportunidade “distinta” e legitimadora de intervir pola primeira vez na cena política dos países em que se encontram como umha comunidade distinta (a umma) da comunidade nacional. Intervir especificamente contra os Judeus na cena política limita, de facto, a “gravidade” da sua intervençom política na cena nacional. Foi isto que abriu a porta à ideia de que existe um “conflito importado” e, portanto, extra-francês. Falamos até de antissemitismo “endémico” nos países (muçulmanos) donde vêm os imigrantes como umha inevitabilidade contra a qual nom há nada a fazer… “Antissemitismo atmosférico”, dizemos, para nom fazer nada contra ele.

Sabemos que depois e para além dos Judeus, como demonstra a propagaçom do terrorismo na França após os assassinatos cometidos em Toulouse por Mohamed Merah, é o resto da populaçom francesa que é o alvo. A intervençom a favor do povo palestiniano sofredor (dixit Merah: “vingar as crianças de Gaza” sobre as crianças judias francesas) escondeu a intervençom dos imigrantes na política francesa, em nome do Islão e do Islão violento.

É habitual vermos mulheres veladas nas manifes pró-Palestina (anti-Israel)


As figuras que acompanharam as manifestações europeias e americanas são muito significativas: à frente das procissões vemos que os líderes são muçulmanos imigrantes locais: mulheres veladas e keffiyehs para os homens, atraem a multidom de “idiotas úteis” seduzidos pola falta de conhecimento por umha causa considerada nobre: ​​apartheid, genocídio e outros blefes.


Exemplo de idiota útil do palestinismo: Manifestante 🇺🇲 a usar a bandana do Hamas e camisola Adidas diz que apoia o 7 de outubro e, especificamente, o assassinato de Judeus civis inocentes nas suas casas

A base das populações ocidentais

Umha das características do palestinismo é, de facto, esconder-se numha causa de sofrimento para avançar na cena da sociedade ocidental (nom há necessidade deste bluff no mundo muçulmano, a arcaica intençom anti-judaica é clara para todos: a única condiçom de 'existir para um nom-muçulmano é a condiçom de dhimmi!). Inventamos assim umha saga de vítimas, umha história falsa do início ao fim, que ignora os factos históricos e os distorce, aproveitando a ignorância dos palestinianos para nos concentrarmos em palavras-valise: apartheid, genocídio, colonos, para desviar a atençom e bombear a legitimidade que fluiria deste sofrimento em benefício dos palestinianos. Aqui a manipulaçom dos símbolos da Shoah é óbvia [8]. Tem como alvo o sentimento de culpa que assombra aqueles que cometeram a Shoah (e que produziram o colonialismo), os ocidentais.

Performance do palestinismo 🇧🇻, país europeu que executou a Shoah, sobrevivendo mesmo à queda do Terceiro Reich como último bastiom do nazismo.

Para seduzir estes últimos, a lenda, a narrativa do palestinismo, o seu credo exalta o povo absoluto, do qual dezenas de milhares de crianças são intencionalmente mortas por Israel, um genocídio que envolve toda a humanidade, a quintessência da inocência humana. Circulam números astronómicos de vítimas, fabricados polo Hamas e que são escandalosamente repetidos polos instrumentos de informaçom, mesmo polos Estados ocidentais, sem se darem ao trabalho de os verificar “O que a Palestina traz ao mundo” foi a recente manchete do Instituto do Mundo Árabe de Paris para umha exposiçom sobre a “criatividade” palestina (!)…

Os palestianos tornaram-se na quintessência da inocência humana


Esta messianizaçom dumha Palestina fantasiosa tem umha longa história. Começa com a manipulaçom dos seus significados pola URSS na década de 1960 e, em particular, pola KGB, que transformou as populações do território mandatário da Liga das Nações num movimento nacional do Terceiro Mundo que luta contra o colonialismo ocidental. Salientemos que as populações em questom nunca tiveram umha especificidade nacional estatal ou local ao longo da história, exceto desde a existência de Israel.  O objetivo desta transmutaçom era encontrar umha forma de seduzir e recrutar a esquerda ocidental para a luta comunista contra o Ocidente democrático e capitalista, o mundo livre.  É o que nos conta Jan Pacepa, um espião da KGB que foi para o Ocidente. Esta mudança de estratégia ocorreu em 1964 na Roménia de Ceausescu.

O palestinismo é a ideologia desta nova estratégia que assumiu formas sucessivas, primeiro comunista, depois marxista, depois anarquista (nas ideologias de 1968), depois pós-modernista, depois wokista. O dogma pós-modernista da interseccionalidade, enfatizo novamente, que estabelece uma relaçom entre todas as supostas condições de opressom, está subjacente à confusom geral que caracteriza o palestinismo e que permite que indivíduos e grupos que nada têm a ver com Israel e os Judeus (lado globalizado) cuja história e identidade ignoram, para se voltarem contra eles, em qualquer lugar, a qualquer hora. Esta é a razom e a teorizaçom da relaçom que liga a celebraçom do povo absoluto, do povo anti-sistema dos ativistas “progressistas” e da arcaica guerra religiosa do Islão.


A guerra religiosa por trás do palestinismo

A invençom estalinista dumha luta “nacional(ista)” dos palestinianos contra o colonialismo israelita, a quintessência do colonialismo universal, na verdade escondeu dos olhos dos ocidentais ingênuos (e mal-intencionados) a guerra religiosa universal que certos grupos islâmicos estão a travar contra o Ocidente e cuja realidade medimos no movimento antijudaico global que se seguiu ao 7 de outubro.

Esta universalizaçom do ódio revela a dimensom da “guerra religiosa” escondida no palestinismo. A manifestaçom simultânea de acontecimentos contemporâneos nom é, na verdade, umha coincidência. O projeto de extermínio islâmico dos Judeus inaugurado polo massacre de 7 de outubro era claro: o Hamas chamou-lhe “dilúvio da mesquita de El Aqsa”. É um facto concreto que o apelo à jihad foi lançado polas autoridades teológicas muçulmanas (Universidade El Azhar no Cairo, Faculdade de Teologia de Zitouna na Tunísia, sem esquecer – e está provado – a inspiraçom vinda do xiismo iraniano vítima dumha corrente messiânica e escatológica na qual os Judeus deveriam desempenhar um papel). As atrocidades funcionaram como um apelo ao sangue contra populações que os islamitas nom consideram “humanas” (recordemos os iazidis exterminados no Iraque).

Convergência de mensagens islamo-nazistas numha só imagem:
1) "Um deus umha naçom" sob a bandeira do Estado Islâmico
2) "Alá está a juntar todos os sionistas para a soluçom final"

Mas isto é apenas parte da realidade do carácter global do palestinismo. Também possui bases organizacionais. Porque campi americanos? Isto porque o Catar investiu somas gigantescas em universidades e investigaçom americanas, e também está ativo na Europa, em diferentes países europeus e na esfera política da UE (ver o recente escândalo de corruçom dos eurodeputados). A isto devemos acrescentar também a ação da Turquia junto dos imigrantes turcos na Europa, particularmente na Alemanha. Também sabemos como a Irmandade Muçulmana (financiada polo Catar com o apoio da Turquia) pratica o entrismo em toda a Europa e na Uniom Europeia através de imigrantes muçulmanos. Este fenómeno global pode ser definido como umha implementaçom da guerra santa, da jihad a nível global e, acima de tudo, numha Europa minada pola devastaçom da ideologia pós-marxista que é o pós-modernismo. Os dous andam de mãos dadas objetivamente: jihad e pós-modernismo.


O palestinismo dos palestinianos: a base palestina

A estratégia do palestinismo, no entanto, acabou por ser mais do que um desfile de circunstâncias, umha manobra ideológica, no sentido em que influenciou a radicalizaçom do “povo palestiniano” que agora se vê globalmente substituído por Israel, no qual também traça a sua existência e identidade, o que dá origem a acusações de “genocídio”: o “povo palestiniano” é o “Novo Israel”. Israel, pola sua própria existência, torna-se de facto o nome do genocídio dos palestinianos, graças ao qual eles se constituem como povo, no seu lugar. Na verdade, nunca houve umha sociedade, um estado, umha naçom palestiniana (um termo romano polo qual Roma queria apagar até mesmo a memória de Israel e que originalmente designava os maiores inimigos do Antigo Israel, os filisteus, eles próprios “invasores” (o significado etimológico da palavra “palestiniano”) Depois da guerra de 1948, as potências que invadiram o jovem Estado de Israel para destruí-lo, foram a Jordânia e o Egito, nom devolveram os territórios que ocuparam a um Estado palestiniano ou a um povo palestiniano que nunca existiu. A bandeira brandida pola LFI no hemiciclo é na verdade a bandeira do partido Baath que governa na Síria e no Iraque e que é o padrom do nacionalismo socialista pan-árabe. Sem Israel, nunca teria existido a Palestina (e de facto em todo o mundo). Na época do Mandato Inglês da Liga das Nações, os Judeus eram chamados de "palestinianos", mas nom os árabes deste território cujo Estado seria localizado na Jordânia).

A sociedade tribal palestiniana (a Hamoulot, parte dum ciclo de vendetas e gangsterismo com cem mortes anuais) portanto apenas se identifica como “Palestina” (o mito inventado na guerra travada contra os Judeus desde 1940) apenas em modelada em todos os sentidos sobre a existência e identidade do Estado de Israel, sem o qual nom existe “povo palestino”. Recordemos, como pano de fundo, que, desde 1940 e até 1970, um milhom de Judeus foram expulsos do mundo árabe-muçulmano, 600.000 dos quais tornaram-se entom cidadãos israelitas. O palestinismo recente aparece nesta perspetiva como a fase mais recente da guerra que o Islão tem desde entom travado contra os Judeus. Quanto ao genocídio, que genocídio engraçado! Em 1948, havia 600 mil refugiados palestinianos, hoje são mais de 13 milhões...

A bandeira do partido BAAS. Esta bandeira, apresentada por Rima Hassan e pola Fatah como umha bandeira “palestiniana”, é na verdade a do partido BAAS no poder na Síria e no Iraque. Representa umha ideologia nacional-socialista pan-árabe. As cores desta bandeira simbolizam os diferentes impérios coloniais árabes sucessivos:

> o vermelho representa os Hachemitas, autores da primeira jihad, com a escravidom sexual e o estatuto de subumanos (“dhimmi”) para cristãos e Judeus;

> 
o branco, os Omíadas, com a sua hierarquia racial e o tráfico de escravos negros; 

> o negro, os Abássidas, com a industrializaçom e o comércio global de escravatura; e por fim, 

> o verde simboliza os Fatímidas, autores do massacre da comunidade judaica de Fustat (Cairo) em 1067 e da destruiçom da Igreja do Santo Sepulcro em 1009.

Shmuel Trigano (Blida, Argélia, 1948) é um intelectual francês prestígiado no campo da sociologia.

Notas

[1] Encontrei o termo pola primeira vez nos escritos do historiador Bat Ye’or

[2] Sempre coletivo, embora em diferentes variações, porque qualquer ódio aos Judeus solidifica os Judeus com o objetivo de destruí-los como umha massa

[3] Esta figura sectorial da sociedade israelita, ainda potencial, que defenderia uma condiçom judaica pós-nacional, já está a dar origem (!) a umha nova verso mde ódio aos Judeus que nom poupa o Israel pós-nacional da esquerda “progressista” e que nom será contado na comunidade mundial globalizada, independentemente dos seus “esforços” para se juntar àqueles que se revelam os seus inimigos, os “progressistas” antijudaicos…

[4] O que a ideologia pós-modernista e a ideologia já pós-sionista afirmam. Ilusom.

[5] No pós-modernismo, a única fonte de direitos é a vitimizaçom, real ou suposta.

[6] E cujas expressões se encontram no discurso interno palestiniano, que nom chega ao Ocidente, ver Palestinian Media Watch

[7] Ver Tablet Top Ten 2023 10

[8] Veja as minhas análises do mito da Nakba


domingo, 1 de setembro de 2024

XXV DIA EUROPEU DA CULTURA JUDAICA EM PORTUGALIZA

 A temática escolhida para a celebraçom este ano do XXV Dia Europeu da Cultura Judaica é a FAMÍLIA, um conceito que visa mostrar como o projeto comum de recuperaçom do legado judaico das mais proeminentes judiarias galego-portuguesas é concebido como a extensom dumha grande família que trabalha unida num projeto profundamente enraizado e que cresce e floresce sobre a cultura e o património judaico.


Atividades agendadas na Galiza:

> Monforte de Lemos:  O Concelho de Monforte comemora o domingo 1 de setembro o Dia Europeu da Cultura Judaica, através da organizaçom de duas visitas guiadas à área de âmbito judaico da vila, com saída diante do Parador de Turismo (S. Vicente) às 11:30 e às 18:00 h.



> Ribadávia: Mais umha vez o Concelho, apesar de fazer parte da Rede de Judiarias, nom agendou qualquer atividade para reivindicar a sua herança judaica.


> Tui: Setembro Judeu 2024 é um conjunto de atividades organizadas polo Concelho para a valorizaçom da herança que atesoura esta localidade relativamente à presença de comunidades judias e criptojudias ao longo dos séculos nesta histórica cidade.


Atividades agendadas em Portugal:

> PortoFotomontagem do Dia Europeu da Cultura Judaica, no Porto

Sinagoga, Museu do Holocausto, Museu Judaico e actuaçom  do Coro Mekor Haim.


    sábado, 31 de agosto de 2024

    NEM TUDO IA SER ANTISSEMITISMO

     Quando a crítica a Israel é legítima e quando cruza a linha do antissemitismo? Aqui está um guia elaborado por Matheus Alexandre.


    Protestar contra Israel nom é inerentemente antissemita. Porém, pode, sim, cruzar a linha do antissemitismo. 


    O que nom é antissemitismo:


    1. Criticar Israel, o seu governo e as suas políticas.


    2. Criticar a política de ocupaçom e as ações de colonos israelitas extremistas na Cisjordânia.


    3. Demandar o fim da guerra.


    5. Defender o direito à autodeterminaçom nacional do povo palestiniano, com o consequente estabelecimento dum Estado palestiniano dentro da soluçom de dous Estados.


    6. Promover ações nom violentas que pressionem por mudanças nas políticas israelitas.


    O que é antissemitismo:


    1. Fazer generalizações estereotipadas e preconceituosas.


    2. Utilizar estereótipos e teorias conspiratórias historicamente direcionadas aos judeus para criticar Israel ou o sionismo.


    3. Retratar Israel como tendo poder ou controlo oculto.


    4. Responsabilizar os judeus coletivamente polas políticas ou ações de Israel.


    5. Usar "Israel" ou "sionista" como substitutos para "judeus".


    6. Desumanizar israelitas ao celebrar, relativizar ou negar as mortes e as violações promovidas polo Hamas em 7 de outubro.


    7. Negar exclusivamente ao povo judeu o seu direito à autodeterminaçom, sugerindo que deveriam ser expulsos de Israel e "voltarem para a Polônia". Porque apenas aos judeus seria negado esse direito, enquanto é afirmado para tantos outros povos?


    8. Apagar a história judaica como povo e a sua relaçom originária com o Próximo Oriente e o território do Levante.


    9. Insinuar que judeus são mais leais a Israel do que ao país onde vivem ou são cidadãos.


    10. Tratar judeus e as suas entidades de representaçom como "estrangeiros" e agentes de interesses antinacionais, um antigo libelo antissemita usado desde o Caso Dreyfus, passando polo nazismo até o estalinismo.


    11. Tratar judeus e sionistas como umha coletividade homogênea, sem diversidade, reduzindo-os a caricaturas como "colonialistas" e "genocidas". A homogeneizaçom sempre foi umha estratégia básica do antissemitismo e um pressuposto da desumanizaçom: era preciso retirar dos judeus a sua diversidade e complexidade para entom apresentá-los como monstros a serem combatidos.


    12. Negar aos judeus, com base na sua identidade, os mesmos direitos individuais ou nacionais que outros, incluindo o direito à autodeterminaçom, à segurança física e aos plenos direitos humanos, civis e religiosos.


    13. Qualquer comportamento que tenha como alvo e prejudique alguém por ser judeu, seja por palavras ou ações, é antissemita.


    Porque essa discussom é importante?


    1. Confundir discordâncias políticas sobre Israel com antissemitismo é contraproducente.


    2. Isso desvia o debate do conteúdo em si.


    3. Essa confusom dificulta discussões políticas relacionadas a Israel.


    4. Pode desviar a atençom de casos reais de antissemitismo e intolerância.


    5. Argumentar com base no mérito é a forma mais eficaz de refutar críticas injustas a Israel.