segunda-feira, 8 de agosto de 2022

OPERAÇOM ALVORECER ENTRE ISRAEL E O MOVIMENTO DA JIHAD ISLÂMICA DA PALESTINA

Na sexta-feira 5 de agosto Israel abriu a operaçom Alut HaShachar (O Preço do Alvorecer).

Essa semana Israel prendeu Bassam A-Saadi, um dos principais quadros da Jihad Islâmica da Palestina (PIJ) na Cisjordânia. Temendo represálias, o governo israelita limitou o transporte e declarou lockdown na regiom do Cinturom de Gaza. Isso durou alguns dias. 

O clima estava pesado no dia 4 de agosto, a tensom por ataques de foguetes e doutro tipo era grande. Até que na sexta-feira a força aérea israelita bombardeou o norte da Faixa de Gaza. O alvo era Taysr Al-Jabari, chefe do braço armado da Jihad Islâmica, sendo abatido junto com outras ideranças do movimento islamita.

Fontes palestinianas disseram que 5 pessoas foram mortas, entre elas umha menina de 5 anos. Segundo Israel, dous lançadores de foguetes também foram destruídos no bombardeio. 

Outras fontes palestinianas disseram, durante a semana, que o Hamas nom estava interessado numha escalada, tendo mesmo prendido membros da Jihad Islâmica durante a semana, o que seria um sinal a Israel.

Unidades do Kipat Barzel (Domo de Ferro) foram colocados em toda a regiom sul, no centro de Israel e em Jerusalém. Há também alerta para atentados terroristas em solo israelita.

O primeiro-ministro Yair Lapid disse que grupos terroristas nom serám quem determinará o que será o dia-a-dia dos israelitas. Vale lembrar, as eleições som em dois meses, e que a Cisjordânia vive um período e tensom desde abril, com poucos momentos de calma.

Todas as semanas há militantes palestinianos mortos em confrontos com o exército, e umha situaçom constante como essa, quando se estende, dificilmente nom vira uma escalada. O principal agente, no momento, é a Jihad Islâmica, grupo ligado ao Irã, ainda mais radical que o Hamas.

Em retaliaçom às 21h de sexta-feira 5 de agosto começam a cair foguetes no sul e no centro de Israel. Umha fonte do exército israelita disse que a duraçom da operação iria depender da disposiçom do Hamas de entrar na guerra.

No sábado dia 7 de agosto o confronto já deixou vários civis mortos (todos palestinianos), muitos deles abatidos por fogo "amigo" palestiniano. Aproximadamente um terço dos mísseis lançados pola Jihad Islâmica cairam em território palestiniano.

Pressionado de todos os lados, inclusive do Hamas, iniciam-se negociações entre Israel e a Jihad Islâmica sob o patrocínio do Egito. Umha fonte egípcia disse ao Haaretz que, caso o cessar-fogo nom aconteça nas próximas 48 horas, a situaçom humanitária iria entrar em estado crítico e o grupo Hamas somar-se-ia à Jihad Islâmica contra Israel. Até entom o Hamas atuou mais contra a Jihad do que contra Israel. Diversos analistas estimam que, após 48 horas de operações e de ter decapitado a liderança político-militar do grupo islamista palestiniano aliado do Irão, Israel nom tem nada a ganhar com umha operaçom de larga escala, e por isso deveria chegar o quanto antes ao cessar-fogo.

Finalmente, a  confirmaçom do cessar produziu-se às 20h de domingo 7 de agosto com o anúncio dum cessar-fogo entre Israel e a Jihad Islâmica, vigorante a partir das 23h30. A PIJ alega ter recebido garantias do governo egício de que dous presos (incluindo Bassam A-Saadi) seriam libertados por Israel como condiçom para o acordo. Veremos.



Conclusões

A PIJ iniciou a atual crise de Gaza na semana passada, superestimando amplamente as suas próprias capacidades made in Islamic Republic of Iran e subestimando muito as capacidades operacionais e de inteligência de Israel.

A PIJ encerrou a crise com nengumha das suas demandas atendidas, nengum dos seus objetivos alcançados, o seu estoque de armas esgotado e os seus dous agentes mais graduados mortos.

Os foguetes da PIJ causaram apenas umha baixa notável em Israel, ironicamente abateram um trabalhador palestiniano numha fábrica israelita, enquanto matavam várias crianças na própria Gaza (devido aos foguetes que falharam e nom atingiram Israel).

Umha triste metáfora está enterrada sob os entulhos.

Operacionalmente, Israel melhorou a sua mira, a sua inteligência, a sua tecnologia defensiva e o seu domínio da guerra de informaçom (divulgando imediatamente o vídeo do foguete Jabaliya, por exemplo, antes que o incidente se transformasse em outra saga de Abu Akleh).

O tándem Lapid&Gantz superou amplamente Olmert, Barak, Netanyahu e Lieberman ao lidar com um surto de violência em Gaza em todas as dimensões: objetivos claramente definidos e limitados, diplomacia regional e global cuidadosa, comunicaçom doméstica eficaz e iniciativa pós-conflito.


ATUALIZAÇOM (20/10/2023)

Ao abrigo do selvagem ataque realizado polos grupos terroristas que controlam a Faixa de Gaza no sábado 7 de outubro cabe referir que o movimento islamo-nazista palestiniano conseguiu enganar Israel, fazendo com que nem os serviços secretos nem o exército israelita impedissem o pogrom que deu cabo da vida de 1300 cidadãos, o ferimento de 3000 e o sequestro de 200 pessoas entre as 6:30h e 15h dessa funesta jornada.


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