Porque as entidades ou grupos que dizem suportar a Palestina (um facto bem legítimo) fazem desaparecer Israel dos mapas? Porque o seu objetivo nom é o estabelecimento dum Estado da Palestina lado a lado de Israel, mas a desapariçom do Estado judeu.
É óbvio que Israel nom se deixará eliminar.
O imaginário pró-palestiniano na Galiza e por toda parte construiu-se em contraposiçom de Israel, com a apropriaçom dos seus simbolos históricos. A chave a diáspora, ou o mais perverso de todos, o conceito da Shoah, catástrofe em hebraico, que é o termo judeu para o Holocausto.
Catástrofe em árabe é Nakba.
Estes anti-imperialistas fala-barato, ignorantes da história do socialismo, esquecem que a URSS, guia do anti-imperialismo no século XX, a 17 de maio de 1948, foi o primeiro Estado a reconhecer internacionalmente o Estado de Israel e a solicitar a troca de embaixadores. Logo depois, em 18 de maio o Estado judeu era reconhecido pola Checoslováquia, Jugoslávia e Polónia.
Graças ao armamento fornecido pola URSS (a partir da Checoslováquia e da Jugoslávia) foi que o Estado de Israel derrotou os exércitos do Egito, Síria, Iraque, Jordânia, Líbano e Arábia Saudita, aliados da Grã Bretanha, potência colonial nessa altura, durante a guerra árabe-israelita de 1948, conhecida em Israel como Guerra da Independência (מלחמת העצמאות) ou Guerra da Libertaçom (מלחמת השחרור), a que é considerada polos palestinianos como al-Nakba.
Nessa altura os partidos comunistas torciam por Israel. De facto, "Mundo Obrero" (Mundo Operário), boletim oficial do Partido Comunista de Espanha (PCE), em 20 de maio de 1948, sauda a criaçom do Estado de Israel e condena a hostilidade das nações árabes.
Mais ainda, a URSS e países satélites (RSS da Bielorrússia, Checoslováquia, Polonia, RSS da Ucránia e Jugoslávia) votaram em contra da Resoluçom 194 da Assembleia Geral das Nações Unidas, adotada pola ONU em 11 de dezembro de 1948 para resolver o problema dos refugiados na Palestina.
Durante o debate que levou à aprovaçom desta Resoluçom, Yakov Malik, o representante da URSS no Conselho de Segurança e Assembleia Geral da ONU, alegou que um "estudo prolongado da questom palestiniana nas Nações Unidas, dá-nos todas as razões para achar que a culpa e a responsabilidade de todas as privações e sofrimentos dos refugiados árabes corresponde ao governo do Reino Unido e às autoridades militares britânicas no Próximo Oriente".
Durante o debate na Assembleia foi mais contundente a intervençom dos representante da Polónia, Zebrowski, quem referiu que a Assembleia "tinha adotado por uma grande maioria umha resoluçom sobre a Palestina que previa a criaçom de dous Estados independentes, um regime internacional para Jerusalém e umha uniom económica ligando os dous Estados juntos. Essa resoluçom, se tivesse sido totalmente implementada e respeitada por todos os membros das Nações Unidas teria trazido para a família das nações dous novos Estados e teria avançado a causa da paz e do progresso no Próximo Oriente. Porém, a implementaçom dessa resoluçom foi obstruída polas manobras e maquinações de certas potências, lideradas polo Reino Unido e os Estados Unidos da América".
Explicando as origens do conflito do seguinte jeito: "O objetivo do Reino Unido era impedir a todo custo o surgimento dum Estado independente. Esse foi o seu objetivo, pois percebeu que a existência destes dous Estados iria diminuir a sua influência imperialista sobre o Próximo Oriente. Um dispositivo após o outro, umha manobra atrás da outra, foram planeadas para suportar a estrutura vacilante do Império Britânico no Próximo Oriente. Ao mesmo tempo, os projetos imperialistas norte-americanos foram à procura de novas oportunidades de exploraçom. A política dos Estados Unidos flutuou entre os objetivos dos seus interesses militares, por um lado, e as necessidades da sua política interna polo outro. Tanto o Reino Unido quanto os Estados Unidos foram, portanto, responsáveis por minar a decisom da Assembleia Geral e pola guerra, a devastaçom e a miséria na Palestina. Quando os representantes do Reino Unido e dos Estados Unidos lamentam hipocritamente a trágica situaçom de meio milhom de refugiados árabes, é preciso lembrar-lhes que eles foram os responsáveis polo seu deplorável destino, porque deles foi a responsabilidade pola guerra da Palestina e também polo facto de as relações entre os árabes e os judeus se terem deteriorado em vez de melhorado".
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