Na QJ oferecemos umha análise sobre o que está a acontecer em Israel nos últimos dias, com umha revisom dos acontecimentos ligados ao aumento da tensom do conflito entre Israel e os grupos palestinianos islamitas, bem como o contexto internacional e interno da Palestina e de Israel.
ISRAEL COMEÇOU O CONFLITO IRROMPENDO NA MESQUITA DE AL-AQSA. FALSO.
Israel mesmo proibe os Judeus de pregar lá (local santo judaico também) e apenas entrou quando rebentaram os tumultos. Orquestrado previamente polos fanáticos palestinianos que profanam o lugar com pedras e armamento.
ISRAEL COMEÇOU O CONFLITO PROFANANDO O RAMADÃ. FALSO.
Os atritos começarom em Jerusalém no início do Ramadã em meados de abril. Israel pôs restrições à aglomeraçom de pessoas perto da Porta de Damasco por segurança e contra a Covid-19. Apesar das boas intenções (como a instalaçom de detetores de metais), a decisom nom foi acaída e vários Árabes protestaram.
ISRAEL COMEÇOU O CONFLITO EXPULSANDO PALESTINIANOS DAS SUAS CASAS EM SHEIKH JARRAH. FALSO.
Logo depois de Israel eliminar as restrições na Porta de Damasco a tensom deslocou-se para o bairro de Sheikh Jarrah. Trata-se de propriedades de Israel expropriadas por Jordânia cujos inquilinos palestinianos deixaram de pagar o alugueiro e estám sob um processo judicial. Problema de morosidade, nom de nacionalismos.
Factos:
> Quando a Jordânia ocupou Jerusalém Leste em 1948 e expulsou todos os Judeus que lá moravam, colocou nas suas casas Árabes que foram expulsos do atual território do Estado de Israel.
> Quando Israel retomou a cidade após a guerra de 1967, os proprietários judeus originais reclamaram essas casas. A justiça israelita permitiu ficar os Árabes sob condiçom de pagarem o aluguel. Nom o fizeram e um tribunal ditaminou entom o seu despejo.
> As famílias recorreram à Suprema Corte israelita e está-se à espera da sentença, que achan irá ordenar o seu despejo. Isto, apesar de ainda nom ter acontecido, elevou muito a tensom.
> Para além da questom legal, os Palestinianos valorizam isto como algo mais grande, como parte dumha estratégia para expulsá-los de Jerusalém. Sentem que estám a ser removidos por Judeus nacionalistas. Acham que essas famílias nom som culpadas de que a Jordânia tivesse substituído os Judeus por populaçom árabe-palestiniana. Nom pagam o aluguel porque nom reconhecem que a propriedade seja dos Judeus pois forom entregues a eles.
ISRAEL COMEÇOU O CONFITO ATEANDO A MESQUITA DE AL AQSA E CELEBRANDO. FALSO.
Grupos de palestinianos introduziram pirotecnia no complexo (profanando-o mais umha vez) e queimaram umha árvore enquanto o lado judeu da cidade estava a celebrar o dia da reunificaçom de Jerusalém.
OS ISRAELITAS PROVOCARAM O CONFLITO AGREDINDO ÁRABES NAS RUAS. FALSO.
Foram jovens árabes irresponsáveis que começaram um "desafio" viral de TikTok que consistia em filmar-se agredindo Judeus.
Factos:
> Face a isto, o grupo de ultra-direita Lehava respondeu marchando polo centro de Jerusalém a cantar "morte aos Árabes" e agredindo Árabes.
ISRAEL ESTÁ EM GUERRA COM A PALESTINA. FALSO.
Há um conflito militar grave entre o Estado de Israel e as organizações do terrorismo islamita de Gaza: Hamas e a Jihad Islâmica. O povo palestiniano de Gaza é refém duns grupos que nom se importam com a vida das pessoas.
Sob a escusa dos tumultos e ameaças que alegadamente pairavam sobre a mesquita Al Aqsa, o Hamas iniciou na segunda-feira 10 de maio umha ofensiva contra Israel a partir de Gaza. Nos últimos cinco dias dispararam mais de 2000 mísseis e foguetes contra a regiom central israelita, mesmo Jerusalém e Bete-Semes e depois contra cidades israelitas fronteiriças, Asquelom e Asdode, e na direçom de Telavive, que causaram a morte de vários civis israelitas e um militar, além de dezenas de feridos, bem como danos de extensões variadas a residências e escolas em Israel. É o maior ataque do Hamas contra Televive e as suas redondezas na história.
À gravidade do conflito acrescentam-se os levantes em bairros mistos de Israel com pogromos incluidos e campanhas nas redes sociais que fazem pensar na hipótese de estar perante umha crisepreparada.
DEZENAS DE MORTOS EM GAZA (MUITAS CRIANÇAS). FALSO.
A morte de inocentes sempre é lamentável, Estas informações procedem do Hamás e nom som fiáveis. Por volta de 25% dos mísseis disparados contra Israel cairam em Gaza. Estima-se que a maioria de mortes civis som culpa do Hamás.
ISRAEL ARRASA GAZA E PROVOCA UM GENOCÍDIO. FALSO
A força aérea israelita fez por volta de 1000 ataques. Se a intençom fosse alvejar os civis, os mortos seriam contados a milhares. Som ataques cirúrgicos contra terroristas islamitas e a sua infraestrutura. A maioria de mortes som membros do Hamás.
Factos:
> Israel repara na populaçom de Gaza muito mais do que os grupos islamitas. Anuncia os seus ataques, joga panfletos em árabe, liga civis próximos para evitar baixas de civis inocentes. Algo único no mundo.
> Mais ainda, um outro crime de guerra do Hamás é postar infraestrutura militar em áreas habitacionais. Procurando escudos humanos, arriscam a sua própria populaçom: polo perigo que acarretam essas tarefas e porque os torna num alvo legítimo.
OS GRUPOS PALESTINIANOS SOM SIMPLESMENTE IDEALISTAS QUE LUTAM POLOS PALESTINIANOS. FALSO.
Som terroristas reconhecidos pola Comunidade Internacional. Na sua carta de fundaçom declaram que o seu objetivo é realizar um genocídio com os israelitas e tomar o controlo de todo o território.
O HAMÁS NOM É RIVAL PARA AS FORÇAS DE DEFESA DE ISRAEL. FALSO.
Acabou o romantismo do mito das pedras contra os tanques. Os grupos palestinanos que operam em Gaza contam com mísseis e armamento sofisticado, grande parte irianiano. De facto, armamento anti-tanque abateu um soldado israelita e alguns mísseis chegaram ao norte de Israel.
Factos:
> Os grupos palestinianos de Gaza começaram a usar armamento Farj 5 (código militar M-75) e Burkan (A-122), que alcançam Israel mais profundamente e têm um impacto muito mais poderoso.
> Pola primeira vez, na noite de 12 de maio a propaganda militar palestiniana mostrou um Fajr 5, um produto iraniano de longo alcance e calibre 333 mm montado num chassi de controlo dianteiro Mercedes Benz 2631. Este foguete pesa umha tonelada. A sua ogiva é embalada com 175 kg de ogiva de fragmentaçom contendo 90 kg de explosivos. Os engenheiros de foguetes do Hamas reduziram a sua carga útil para estender o alcance do Fajr para 170 km (até a costa do Mar da Galileia no nordeste de Israel).
> As organizações terroristas palestinianas nom apenas intensificaram a sua ofensiva de foguetes, mas agora estám atrás dum grande jogo, como foi indicado no dia 11 de maio quando um foguete apontado para o gasoduto Eilat-Ashkelon incendiou um contêiner de gás em Ashkelon. Eles tentaram atingir a plataforma offshore do campo de gás Tamar, de Israel, mas nom atingiram esse alvo porque, mesmo depois de atualizar os seus foguetes, eles nom estám à altura da capacidade de alta precisom instalada polo Irã no arsenal de mísseis do Hezbollah. O representante libanês do Irã agora possui umha quantidade de foguetes Fajr 5C equipados com kits de orientaçom GPS. Os líderes do Hamas esperam obter esses sistemas de armas ultra-letais em breve.
> Burkan, umha versom desenvolvida localmente dumha arma iraniana, é mais como uma bomba do que um foguete. Essas armas foram responsáveis polos buracos abertos nas paredes dos edifícios israelitas que foram atingidos diretamente nas cidades de Sderot, Ashkelon, Petah Tikva, Ashdod, Ashkelon e Yahud.
> A campanha aérea da FDI causou pesados danos a grande parte da infraestrutura de armamento do Hamas e da Jihad Islâmca. E o sistema de defesa aérea Iron Dome (Cúpula de Ferro) derrubou 85-90% dos foguetes direcionados a áreas povoadas. No entanto, grande parte dessa infraestrutura ainda está operacional e o arsenal de foguetes do Hamas/Jihad permanece fora do alcance dos bombardeamentos israelitas.
VÍTIMAS E CARRASCOS
É asneira achar assim os conflitos. E muitas vezes trocam-se os papéis segundo a situaçom. É preciso madurar a analisar o assunto em profundidade. Nom é umha partida de futebol, é um conflito complexo e cheio de nuances. Apesar disso, a maioria da mídia global mostra umha posiçom pró-palestiniana, quer por responder a interesses políticos e económicos, quer por solidariedade com o mais fraco. O ponto anterior mostra a falácia deste pensamento.
CENÁRIO PALESTINIANO
A Autoridade Nacional Palestiniana (ANP) que governa de facto há 15 anos, convocou eleições. Porém, ao ver que podia perder face os extremistas islamitas do Hamas, voltou a adiá-las no início de maio, o que causou o descontentametno entre a populaçom e os grupos terroristas, que esperavam lograr um governo de unidade nacional com o Fatah.
Na Palestina existe desde há anos umha briga interna entre o Hamas (organizaçom terrorista de ideologia islamita que governa Gaza) com o Fatah (organizaçom laica que governa Cisjordânia).
A suspensom das eleições e a "guerra" interna palestiniana formaram o pano de fundo e os tumultos de Jerusalem abriram-lhe ao Hamas a janela de oportuniade ótima para recuperar o centro do cenário e apresentar-se como o verdadeiro representante do povo e da causa palestiniana.
Através do seu ataque e a sua retórica o Hamas também se posicionou como o defensor do Islám. Durante o mês do Ramadã circulou polo mundo árabe/muçulmano o boato de que Israel profanou a mesquita de Al Aqsa e impediu os muçulmanos de pregar lá a noite mais sagrada do Ramadã.
Esta maneira de apresentar o conflito como algo contra o Islám colocou os países muçulmanos que acordaram a paz com Israel numha posiçom dificil. Em geral, os países árabes nom se interessam com um aumento da tensom, mormente o Egito, que também exerce o bloqueio e está a construir um muro contra a Gaza do Hamas.
Mesmo assim, nom podem opor-se publicamente ao relato de que Al Aqsa está sob ataque e que a dignidade muçulmana está em causa. Assim mesmo, coloca em standby qualquer acordo de paz que estiver a negociar-se: nengum país muçulmano vai acordar a paz com Israel neste cenário.
CENÁRIO INTERNACIONAL
> Estados Unidos da America: O novo governo norte-americano, a diferença da administraçom Trump, tenta retormar ao acordo nuclear com o Irão e é mais permeável à pressom de grupos pró-Hamas/palestinianos tentando apresentar-se como neutro entre um dos principais aliados e um grupo terrorista.
O Hamas e também o Irão sabem que vam obter a simpatia da mídia de Ocidente e que Israel nom vai receber o apoio norte-americano de outrora.
> Irão: Nos últimos temos Israel bateu duramente o Irão, abateu um dos cérebros do seu programa nuclear, conseguiu os seus arquivos secretos, sabotou as instalações ligadas e atacou posições iranianas na Síria. A República Islâmica nom tem capacidade para bater diretamente a Israel, mas tem influência em Gaza e acompanha a política interna isrelita e a sua gestom do confito com o Hamas. Também sabe que Israel está mergulhado numha crise política interna sem precedentes.
CENÁRIO ISRAELITA
Após quatro eleições nos últimos dous anos, Israel mal conta com um governo sólido. O conflito já provocou a rutura das negociações para formar um novo governo nas que estava o partido islamita Ra'am. A atual crise colocou-o numha situaçom insustentável.
A alegada inclusom de partidos árabes num novo governo que desse cabo da liderança de Netanyahu gerou um descontentamento entre os terroristas que rejeitam a existência de Israel.
Erros:
> A inoperância do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu face a Gaza, priorizando nos últimos anos a sua situaçom pessoal em vez do país.
> Restringir as congregações na Porta de Damasco durante o Ramadã e negligenciar a situaçom do bairro de Sheikh Jarrah. Do mesmo jeito que a visita em 2000 de Ariel Sharom à Esplanada da Mequitas foi utilizada como álibi para lançar a Segunda Intifada, os recentes atritos de Jerusalém forom usados como estopim do atual conflito.
> Nom levar em conta o novo cenário internacional, com a mudança de governo em Washington e o desejo e vingança iraniano e as necessidades do Hamas.
ATÉ QUANDO?
O conflito acaba de eclodir e talvez demore em chegar ao fim. Existe a hipótese de que Israel inicie umha operaçom terrestre; isto é, umha invasom da Faixa de Gaza. O certo é que vai durar até que Israel poda retomar a tranquilidade na sua fronteira sul.
O pior do conflito israelo-palestiniano de 2021 é vermos pola primeira vez grupos de árabes-israelitas a linchar os seus vizinhos judeus nalguns bairros de Israel como em Lod. Ninguém espera nada do Hamas, mas israelitas a atacar os seus vizinhos fazem recuar o recente progresso na coexistência dentro do Estado de Israel.
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