Um Estado palestiniano?
A França, Malta e São Marino anunciaram que vão reconhecer o Estado da Palestina em setembro de 2025 na sequência da Assembleia Geral da ONU. Outros países, entre os quais o Canadá, Bélgica e o Reino Unido declararam igualmente a sua intençom provisória de reconhecer a Palestina até setembro de 2025, mediante desde que se cumpram determinadas condições.
Explicaçom dum delírio diplomático.
> O que é um Estado?
Um Estado designa umha entidade política soberana.
Caracteriza-se por quatro critérios essenciais:
1. Um território definido.
2. Umha populaçom permanente.
3. Um poder que exerce umha autoridade efetiva sobre toda a populaçom e território.
4. A capacidade de manter relações internacionais.
> Reconhecimento diplomático
Quando um país reconhecer um Estado, isso implica que a diplomacia desse país considera que este preenche os quatro critérios anteriormente referidos.
O reconhecimento dum Estado nom consiste na aceitaçom dum direito, mas antes dum facto consumado.
O reconhecimento dum Estado nom é um sinal de desejo ou um instrumento para a resoluçom de conflitos.
> Para saber se precisa de reconhecer ou nom um Estado, deve ser capaz de responder "sim" a todas as seguintes questões:
O regime reconhecido exerce a sua autoridade sobre todo o território e populaçom?
O regime reconhecido pode assinar tratados fiáveis com outros Estados?
Poderá o regime reconhecido libertar-se do controlo doutros Estados?
No caso da Autoridade Palestiniana, a resposta a cada umha destas questões é "nom".
> A Autoridade Palestiniana (AP)
As diplomacias dos países que anunciaram o reconhecimento iminente da independência da Palestina consideram a Autoridade Palestiniana liderada por Mahmoud Abbas como a legítima representante do "povo palestiniano".
Isto é delírio, puro e simples.
> Radioscopia dos Árabes palestinianos
Hoje, 60% dos Árabes considerados "palestinianos" vivem na Judeia e Samaria (Cisjordânia) e 40% na Faixa de Gaza.
> Legitimidade da AP
A maioria dos Palestinianos rejeita a legitimidade da Autoridade Palestiniana. Na Judeia e na Samaria, é vista como corrutora e cúmplice de Israel.
De facto, a Autoridade Palestiniana sobrevive sobretudo graças aos esforços de Israel para neutralizar os grupos jihadistas que a derrubariam.
Sem a colaboraçom de Israel, a Autoridade Palestiniana entraria em colapso.
> O controlo da Cisjordânia
Na Judeia e Samaria, a maioria dos Árabes palestinianos está sob a jurisdiçom parcial da Autoridade Palestiniana (AP), liderada por Mahmoud Abbas. Nenguma eleiçom foi realizada nos últimos 19 anos.
Na realidade, a autoridade da AP é limitada. Certas áreas-chave são controladas por grupos terroristas muito populares entre os Árabes palestinianos.
Na Judeia e Samaria, os principais grupos terroristas são a Jihad Islâmica, as Brigadas dos Mártires de Al-Aqsa e o HAMAS.
> O controlo da Faixa de Gaza
Na Faixa de Gaza, o HAMAS exerce o poder absoluto desde 2007. A populaçom foi doutrinada desde a infância no culto da jihad e do ódio aos Judeus.
Embora a popularidade do HAMAS tenha diminuído devido às consequências dramáticas da guerra que iniciou, a Autoridade Palestiniana continua a ser menos legítima.
> O delírio diplomático do Estado Palestiniano
Reconhecer um Estado Palestiniano equivale a reconhecer alguém que nom o possui como realidade.
A Autoridade Palestiniana nom exerce controlo sobre quase 50% da populaçom árabe palestiniana.
Se um Estado Palestiniano nascesse nas circunstâncias atuais, afundaria automaticamente no jihadismo e ameaçaria a existência de Israel.
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O nacionalismo palestiniano enquadra-se no imperialismo árabe islamita que nom tolera a presença dum estado judeu no seu espaço vital (Dar al-Islam) |
> Um facto assustador
Se o HAMAS nom tivesse levado a cabo o maior massacre de Judeus desde a Shoah, a 7 de outubro de 2023, alguns países ocidentais nunca teriam sido levados a reconhecer "um Estado da Palestina" em 2025.
Embora se defenda, estes países preparam-se para premiar a estratégia macabra do HAMAS, que consiste em sacrificar civis de Gaza como escudos humanos para indignar as consciências ocidentais e isolar Israel do palco internacional.
> Direito de independência das nações sem estado
Ao contrário dos Árabes palestinianos, existem povos oprimidos no mundo que rejeitam a barbárie e o terrorismo como modelo de sociedade: Galiza, Países Catalães, Escócia, País Basco, Curdistão, Cabília, Tibete...
Ninguém nunca manifestou o desejo de lhes reconhecer o Estado.
> O CASO FRANCÊS
Coloque a si próprio a seguinte questom: Após 8 anos no poder, que medida ou reforma estrutural e histórica importante o presidente Emmanuel Macron trouxe para a França?
Se está com dificuldade em encontrar umha resposta, compreenderá porque é que o presidente quer agora reconhecer um Estado jihadista na Palestina. Trata-se de deixar um rasto no seu balanço incolor, para marcar artificialmente a história do seu mandato com umha decisom fácil e narcisista.
Ao anunciar o reconhecimento dum Estado jihadista na Palestina, o presidente é culpado de tripla traiçom.
- Umha traiçom em relação aos 44 franceses mortos polo HAMAS a 7 de outubro de 2023 e a todas as vítimas francesas do terrorismo islâmico.
- Umha traiçom a Israel, um aliado da França, que apoiou e ajudou a derrotar o Daesh em 2017, após os ataques terroristas de 2015.
- Umha traiçom às condições que ele próprio marcara: a libertaçom dos reféns, desmilitarizaçom de Gaza e reforma da Autoridade Palestiniana.
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