Segundo informa Alexandre Borges para "O Antagonista", o Brasil permaneceu fora da lista de participantes no evento de memória dos 80 anos da libertaçom do campo de extermínio de Auschwitz-Birkenau realizado na Polónia com lideranças de mais de 50 paises presentes.
No domingo, 26 de janeiro, um ato solene em memória das vítimas do Holocausto foi realizado em São Paulo (Brasil) na Sinagoga Etz Chaim, da Congregação Israelita Paulista (CIP), em conjunto com a Confederação Israelita do Brasil (Conib), a Federação Israelita do Estado de São Paulo (Fisesp), e a StandWithUs Brasil.
O ato contou com o apoio do Consulado Geral de Israel em SP, além de Unibes, Pit Cult, Agência Judaica para Israel, Sociedade Beneficente Israelita Albert Einstein, Arqshoah, B’nai B’rith Brasil, Fundo Comunitário, A Hebraica, KKLBrasil, Vozes do Holocausto e Sherit Hapleitá.
O prefeito Ricardo Nunes (MDB) e o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) compareceram ao evento na capital paulista, enquanto o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, e o chanceler Mauro Vieira, ausentes, enviaram mensagens em homenagem às vítimas. Vieira foi representando polo embaixador Alfredo Camargo.
A cerimônia prestou tributo aos seis milhões de Judeus vítimas do Holocausto, bem como a todas as vítimas do regime nazista. Durante o evento, seis velas foram acesas por sobreviventes, autoridades, líderes religiosos, institucionais e jovens. Uma sétima vela foi acesa, em memória às vítimas de 7 de outubro de 2023, polo jovem Rafael Zimerman, brasileiro que sobreviveu ao ataque terrorista do Hamas em território israelita.
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| Rafael Zimerman, o brasileiro que sobreviveu ao ataque do Hamas participou no ato de memória das vítimas do Holocausto em São Paulo |
A crescente onda de antissemitismo observada após o ataque confirma a urgência de combater o preconceito e promover o respeito mútuo na nossa sociedade, segundo os realizadores.
No Brasil, reforçam eles, as denúncias de antissemitismo cresceram 500% após um ano do início do conflito entre Israel e o Hamas, reforçando a necessidade latente de lembrar continuamente as lições do Holocausto. A memória ativa das vítimas e a educaçom sobre os perigos do ódio e da intolerância são essenciais para impedir que tragédias semelhantes se repitam.
Para André Lajst, presidente da StandWithUs Brasil, organizaçom educacional dedicada ao ensino sobre Israel e ao combate do extremismo e antissemitismo, “educar sobre Israel também é educar sobre o Holocausto. Só assim a mensagem ‘nunca mais’ pode ser compreendida. É a nossa missom e o nosso dever proteger e fortalecer a existência de Israel, a única garantia de que o povo judeu terá sempre um lar nacional e um porto seguro”.
“O genocídio de 6 milhões de judeus deveria ter ensinado à Europa a vergonha eterna do antissemitismo. No entanto, o que vemos são manifestações violentas anti-Israel que revelam o seu caráter intrinsecamente antissemita. A memória do Holocausto exige mais do que discursos; exige açom firme contra o ódio e a intolerância”, afirmou a presidenta da CIP, Laura Feldman.
Dia de Memória do Holocausto em Portugal | 27 de janeiro
Neste Dia Internacional da Memória do Holocausto assinala-se também o 80.º aniversário da libertação de Auschwitz-Birkenau e recordam-se os seis milhões de judeus e de outras minorias étnicas vítimas da perseguição nazi durante a Segunda Guerra Mundial.
Em 2010, a Assembleia da República consagrou, por unanimidade, o dia 27 de janeiro como o Dia de Memória do Holocausto.
Desde então, com a Resolução da Assembleia da República nº 10/2010, o Parlamento associa-se à comemoração internacional deste dia, em que se recorda e se homenageia a memória das vítimas que pereceram.
A Assembleia da República reafirma também a aspiração comum da humanidade a uma justiça e compreensão mútua, de forma a evitar futuros atos de genocídio.
Por enquanto, na Galiza o Parlamento galego, diferentemente doutras ocasiões, nom aprovou qualquer resoluçom em memória das vítimas da Shoah. Nengum evento foi agendado.
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