quarta-feira, 8 de maio de 2024

QUEM ESTÁ POR TRÁS DOS PROTESTOS NAS UNIVERSIDADES DOS EUA?

 Nos últimos dias, tem ocorrido nas universidades dos EUA umha série de manifestações contrárias a Israel. Em vários desses protestos, porém, o que se tem presenciado nom são demandas legitimas em prol dos direitos do povo palestiniano, mas verdadeiras demonstrações de antissemitismo.


Mesmo está a haver casos de apoio ao HAMAS, o grupo terrorista  islamita responsável polo massacre do 7 de outubro. Tudo isso é absurdo e nom pode ser considerado um mero caso de liberdade de expressom. 


Mas... quem está por trás de tudo isto?

É umha conjunçom de diversas variáveis. Há um fator cultural, que é a influência da teoria da interseccionalidade, -derivada da percepçom e consciência woke das questões relativas à justiça social e racial-, em muitos professores, cuja lógica original era procurar, por exemplo, qual a probabilidade dumha pessoa de cor ou mulher também serem pobres. Isso faz sentido, as identidades são importantes. Mas a teoria foi bastardizada porque agora as cousas são postuladas como se as mulheres, os pobres ou os indígenas fossem sempre bons. E os palestinianos entram nessa divisom. E quem são os maus? As pessoas brancas, os Judeus, os israelitas, por exemplo. E isto explica porque é que as pessoas do grupo LGBT estão a apoiar o Irão ou movimentos ligados ao jihadismo como o HAMAS.

Há também um movimento, ligado à extrema esquerda, que critica os valores ocidentais, o estado de direito, as democracias liberais e a cultura monoteísta entre os quais está estendida a "tese decolonial", eximindo governos autoritários e organizações antidemocráticas que se apreentam como rivais do Ocidente.

Com estes protestos esperava-se reeditar o movimento contra a guerra do Vietname. Nom por acaso, foi invadido o Hamilton Hall da Universidade Columbia, palco dumha célebre ocupaçom em 1968. Enquanto nessa altura o movimento estudantil gerou umha crise politica crítica, os acampamentos atuais reuniram apenas minorias significativas, afastadas da maioria dos estudantes por causa dum antissemitismo militante. De facto, metade dos detidos nos tumultos que envolveram os protestos decorrentes nem sequer são estudantes universitários, mas activistas profissionais anti-Israel.

Imagem captada do YouTube


E também está a influência do principado do Catar, a monarquia árabe do Golfo Pérsico que, para além da propaganda islamista da emissora estatal Al Jazeera, investe montes de dinheiro nos maiores conglomerados de mídia em todo o Ocidente. Sem ir mais longe, nom admira que membros da dinastia feudalista que domina o Catar chegassem a possuir, através do IMG SARL, até 8% do Grupo PRISA, o maior conglomerado de mídia do Reino de Espanha.


Nom apenas isso: o Catar é o maior doador estrangeiro para universidades dos EUA. Entre 2001-21 o estado doou 4700 milhões de dólares USA a dezenas de instituições acadêmicas entre 2001-2021.

> Cornell 1500 milhões $

> Carnegie Mellon: 301 milhões $

> Virgínia Commonwealth: 125 milhões $

> Georgetown University: 210 milhões $

> Harvard: 8 milhões $

O Catar dá todo esse dinheiro em troca da persmissom para abrir centros de estudos islâmicos ou sobre cultura árabe de ideologia jihadista.

Assista a este vídeo brilhante de Canary Mission apresentando a Universidade de Columbia e a maneira fabulosa como ela lida com o “discurso civil”.


A maioria desse dinheiro provém da Fundaçom do Catar, que foi criada para promover a educaçom e a cultura árabe no Catar e para “promover e envolver-se no diálogo internacional para abordar e influenciar tópicos globais”.


A família proprietária do Catar nom oculta as suas ligações com o HAMAS e islamismo

O Catar tem sido um apoiante próximo do HAMAS, permitindo que os líderes dos grupos terroristas vivam no país e fornecendo apoio material e logístico - doando mais de 1800 milhões de dólares ao grupo ao longo dos anos.


> A seguir reproduzimos, na íntegra, a análise do Dr. Yaron Friedman, investigador da Universidade de Haifa, sobre a mão que embala o berço deste todo embrulho para o The Jerusalem Post.


Os protestos pró-Palestina são generosamente financiados por doadores que promovem estudos radicais sobre o Islão

Os protestos estudantis dos EUA contra Israel são orquestrados por grupos financiados polo Catar, com o objetivo de promover a ideologia islâmica e difamar a Arábia Saudita, conforme revelado por investigadores.

Por DR. YARON FRIEDMAN


Os protestos estudantis nos EUA contra Israel transformaram-se numha espécie de “rebeliom juvenil”. Umha parcela significativa dos participantes nom tem certeza sobre os motivos exatos polos quais se estão a mobilizar. No entanto, são conduzidos por um grupo altamente organizado, com objetivos claros e definidos.


O vergonhoso sucesso dos protestos desprezíveis contra Israel e em apoio ao Hamas nos campus dos EUA decorre do facto de serem tudo menos espontâneos. Eles são meticulosamente organizados e generosamente financiados. Para descobrir as entidades por detrás desta organizaçom, devemos revisitar o Próximo Oriente de 2019, quando umha coligaçom de estados árabes – Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Bahrein e o Egipto – impôs um boicote ao Catar polo seu apoio ao terrorismo.


Em contraste com o presente, durante o período do boicote, comentadores e jornalistas árabes publicaram artigos que expuseram os esforços de propaganda do Catar nos EUA e os fundos substanciais que despejou na “educaçom” da América. Antes da reconciliaçom entre a Arábia Saudita e o Catar, há cinco anos, a imprensa árabe nos países da coligaçom revelou como o movimento da "Irmandade Muçulmana" tinha começado a dominar segmentos do sistema educativo americano.


Mais umha vez, o Catar

Em julho de 2020, Najat Al-Saeed, pesquisador dos Emirados Árabes Unidos, escreveu um artigo no jornal "Al-Hurra" intitulado "O Catar e o financiamento das Universidades Americanas". Ele descreveu a estranha aliança formada entre a esquerda radical americana e ativistas da Irmandade Muçulmana, financiada polo Catar. Segundo ele, um número crescente de professores e estudantes filiados à aliança de esquerda-Irmandade, que se alinham com os seus princípios, estão a usurpar a liberdade de pensamento nas universidades dos EUA.


Os académicos que tentam expressar opiniões divergentes são cancelados sob o pretexto do "politicamente correto" e de "pensamento ostensivamente racista". Como observou Al-Saeed, as fontes financeiras da aliança de esquerda-Irmandade incluem proeminentemente o principado do Catar. Ele citou números alarmantes do Departamento de Educaçom dos EUA, indicando que em 2019, as instituições educacionais americanas receberam financiamento superior a 1030 milhões de dólares de fontes externas, predominantemente do Catar.


Em 2012, foi relatado que a Instituiçom Educacional Internacional do Catar "Mu'assasat Qatar" gastou polo menos um 1500 milhões de dólares no financiamento de iniciativas educacionais em 28 universidades em toda a América, tornando-se o principal financiador externo da educaçom nos EUA.


Al-Saeed expôs ainda que o Catar gasta rotineiramente 405 milhões de dólares anualmente para apoiar atividades em seis universidades americanas que mantêm filiais em Doha, a capital do Catar. O Catar utiliza as iniciativas que patrocina e a investigaçom que financia para espalhar a ideologia islâmica que reflete as opiniões do Catar.


É essencial lembrar que o Catar é um país com umha escola religiosa extremista Wahhabi e que o Xeque Tamim bin Hamad Al Thani foi profundamente influenciado pola ideologia do Xeque Yusuf Al-Qaradawi, um dos líderes da Irmandade Muçulmana que atuou no Catar até a sua morte em 2022.


A direita alinha-se com a Arábia Saudita


Al-Saeed argumentou no seu artigo que a propaganda do Catar que se infiltra nas instituições académicas americanas tem como objetivo glorificar o principado e difamar os seus adversários, liderados pola Arábia Saudita, Egipto, Emirados Árabes Unidos e Bahrein. Os fundos do Catar destinam-se a apoiar a Irmandade Muçulmana nos EUA, juntamente com a chamada esquerda radical “progressista”. Al-Saeed destaca um aspecto crítico da política por detrás da propaganda, sugerindo que o Catar pretende reforçar a esquerda nos EUA porque a direita conservadora se opõe ao Catar e apoia os seus rivais, nomeadamente a Arábia Saudita.


A situaçom deteriorou-se significativamente nos quatro anos desde que o artigo foi escrito.


Raymond Ibrahim, um académico cristão americano de origem egípcia, revelou há dous meses que o Catar investiu 5600 milhões de dólares em 81 universidades americanas desde 2007, incluindo as mais prestigiadas: Harvard, Yale, Cornell e Stanford. Os seus relatórios também mencionam o financiamento de atividades académicas nos EUA por outros países, embora em montantes muito menores, liderados pela Arábia Saudita, Omão e Turquia.


Segundo Ibrahim, as atividades financiadas polo Qatar e por estes outros países do Próximo Oriente estão impregnadas de ódio aos valores culturais ocidentais, como a liberdade de expressom e os direitos das mulheres. Um relatório oficial de 2020 do Departamento de Educaçom dos EUA alertou que muitas contribuições para instituições académicas americanas provêm de fontes abertamente hostis aos EUA.


Ibrahim também revelou que a propaganda contra Israel e muitas atividades anti-Israel nos campus, mesmo antes da guerra de Gaza, foram financiadas por “doadores generosos” do Próximo Oriente. Umha seçom intrigante do artigo de Ibrahim revela que as entidades financiadoras do Próximo Oriente, lideradas polo Catar, investem fortemente em estudos islâmicos, mas nom incentivam a investigaçom académica de minorias nom-muçulmanas no Próximo Oriente, como cristãos, judeus, bahá'ís, Jazidis, Curdos e Drusos.


Em última análise, explica Ibrahim, estas contribuições destinam-se exclusivamente a promover versões radicais e intolerantes dos estudos do Islão. Conclui que o fracasso da política dos EUA no Próximo Oriente decorre do facto de muitos dos conselheiros do governo dos EUA serem formados neste sistema académico corrompido.


Quem está por trás dos protestos nos campus dos EUA? Quem financia o Hamas? Quem dissemina propaganda de apoio ao terror de Gaza globalmente através da Al Jazeera? Quem financiou os movimentos jihadistas que devastaram a Síria na guerra civil? Quem conduziu as negociações enganosas entre os EUA e o Talibão sobre o futuro do Afeganistão? Quem continua a financiar a Irmandade Muçulmana em todo o mundo? Quem roubou a Copa do Mundo e corrompeu a FIFA?


A resposta a todas essas perguntas e a outras perguntas mais perturbadoras é singular.


Dr. Yaron Friedman é pesquisador, conferencista e professor de árabe no Departamento de Estudos do Próximo Oriente e Islâmicos da Universidade de Haifa. Yaron dirige o boletim informativo “This Week in the Middle East”.

Fonte: The Jerusalem Post


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