sexta-feira, 17 de maio de 2024

O PODEROSO LOBBY JUDEU E REFLEXÕES SOBRE O ANTISSEMITISMO CONTEMPORÂNEO

 Matheus Alexandre

Top 15 de cousas que antissemitas costumam dizer:

1. Judeus nom são um povo

2. Judeus nom têm laços com a Palestina

3. Árabes também são Semitas

4. Judeus Ashkenazi são impostores

5. Seis milhões é umha mentira

6. Volte para a Polônia

7. Lobby Judeu poderoso

8. Nom houve Templo

9. Assassinos de profetas

10. Assassinos de Cristo

11. Judeus controlam a mídia

12. Judeus controlam a economia global

13. Judeus são responsáveis por todos os conflitos no Próximo Oriente

14. Judeus desejam controlar/colonizar o mundo

15. Judeus usam o Holocausto como desculpa para as suas próprias agendas

Completando:

16. Judeus são todos ricos

17. Judeus são gananciosos 

18. Judeus nom se assimilam aos paises onde vivem

BÓNUS: 

Judeus fizeram a covid19 (holocough)


Por vezes, a palavra judeu é substituída polo adjetivo “sionista”. Mas o sentido continua a ser o mesmo.


Árabes também são semitas

O item 3 refere-se às estratégias discursivas de pessoas que usam o argumento de “os árabes também são semitas” para tentar escapar de acusações de preconceito contra os Judeus. E “semita” nom é etnia, mas tronco linguístico.

Centro de Investigações de Política Internacional (Cuba)

O poderoso Lobby Judeu

1. Como é que se define o termo "lobby"?  No caso de referido às organizações judaicas que publicamente apoiam Israel, considerar-se-ia que as organizações doutras nacionalidades também se enquadram nessa definiçom de lobby? Por exemplo, a China poderia ser considerada como tendo o seu próprio lobby nos Estados Unidos, assim como algumhas nações árabes. É importante destacar o considerável financiamento que tais países direcionam para instituições acadêmicas americanas. Bilhões de dólares anualmente. “Lobby”?


2. A ideia por trás do conceito de "lobby sionista" frequentemente sugere a existência dum "complô", sugerindo que indivíduos de origem judaica, influenciados polo Estado de Israel, conspiram para influenciar os governos do Ocidente. No entanto, é importante ressaltar que essa é umha noçom conspiratória carente de fundamentaçom na realidade. E nós sabemos do perigo da mentalidade conspiratória. 


Ignora-se, por exemplo, que após o término da Segunda Guerra Mundial, tanto os Estados Unidos quanto a Alemanha adotaram a proteçom de Israel como política de Estado. No caso dos americanos, nom se deve apenas ao grande número de Judeus que acolheram, mas também ao seu eleitorado cristão e o compartilhamento de agendas. A defesa da existência e integridade de Israel tem sido umha posiçom dominante no establishment americano por décadas. Isso nom é apenas resultado de influências dum suposto lobby, mas também dumha série de variáveis históricas e internas que podem ser completamente explicadas.


3. Tanto isso é umha teoria conspiratória socialmente aceita pola esquerda, como nom é por acaso que a ideia de "Governo de Ocupaçom Sionista" (ZOG) se tornou umha das principais ferramentas de grupos neonazistas nos Estados Unidos para se infiltrarem em manifestações pró-Palestina.


O autor é doutorando em antissemitismo contemporáneo


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