Ramón Estévez Álvarez, vizinho de Ribadávia, colaborou na epopeia das irmãs Touça que desafiaram o nazismo e a ditadura de Franco para salvar Judeus perseguidos.
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| José Ramom e Ramom Esteves 📷 Santi M. Amil | La Voz de Galicia |
Ramón Estévez Álvarez finou a 3 de abril em Ribadávia quando estava prestes de fazer 101 anos.
Nascido a 11 de abril de 1923, morou a maior parte da vida na capital do Ribeiro, onde era muito querido e respeitado por inúmeros conhecidos e amigos, pois era o sénior da Banda Lira.
A afeiçom musical levou-o a viver umha das experiências mais inesquecíveis da mocidade, ajudando as irmãs Touça na rede clandestina travada com Aristides de Sousa Mendes para que muitos Judeus escapassem da perseguiçom nazista através de Portugal. As irmãs Touça pediram-lho ao pai dele e a missom do jovem Ramom Esteves consistia em acompanhar esses fugidos dumha morte certa até a barragem de Frieira, simulando que iam pescar.
Deste jeito salvaram muitos seres que, logo de nadar um trecho do rio Minho e cruzar a fronteira galego-portuguesa, conseguiam rumar para a liberdade, mormente para os EUA.
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| Ramom Esteves aos 97 anos | 📷 La Región |
Ramom Estévez também foi emigrante na Venezuela de 1959 a 1984, onde manteve a sua afeiçom pola música, fazendo parte da Banda Militar da Guarda Nacional da república americana. De regresso a Ribadávia reincorporar-se-ia à Banda Lira na que lecionou até 2006, altura em que finou a sua mulher, Lucila Peres, mãe dos seus dous filhos.
Um deles, José Ramom Esteves, conhecedor e divulgador da herança judaica da vila, foi presidente do Centro de Estudos Medievais de Ribadávia e define o seu pai como “umha pessoa muito querida, bom pai e muito agarimoso com a gente”.
O funeral teve lugar na quinta-feira, 4 de abril, na Igreja de Santo Domingos.
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