Desde os atentados terroristas do Hamas em Israel no último dia 7 de outubro, que mataram mais de 1400 pessoas, tem havido um aumento significativo dos casos de antissemitismo ao redor do mundo. Apenas nas redes sociais, cresceu cerca de 1200%. Mas, o que é antissemitismo e como ele se manifesta?
De acordo a Aliança Internacional em Memória do Holocausto (IHRA), organizaçom da qual o Brasil é membro observador. "O antissemitismo é umha determinada perceçom dos Judeus, que se pode exprimir como ódio em relaçom aos Judeus. Manifestações retóricas e físicas de antissemitismo são orientados contra indivíduos judeus e nom judeus e/ou contra os seus bens, contra as instituições comunitárias e as instalações religiosas judaicas.
Essa definiçom nom é juridicamente vinculante mas é umha das mais aceites atualmente, sendo adotada por 31 países. De acordo com ela, o antissemitismo pode manifestar-se atualmente de várias maneiras. Dentre elas, por meio da negaçom aos Judeus do seu direito à autodeterminaçom, ou seja, afirmando, por exemplo, que Israel é um empreendimento racista.
A IHRA também considera antissemitismo comparar a política israelita contemporânea com as nazistas e o uso de símbolos ou linguagens relacionados ao antissemitismo clássico para descrever Israel e os israelitas.
Por exemplo, alegar que os Judeus mataram Jesus ou que têm prazer na morte de crianças.
Infelizmente, porém, desde que Israel deu início à sua contra-ofensiva ao Hamas, na Faixa de Gaza, várias dessas acusações têm sido comumente feitas ao Estado judeu. Afirma-se que Israel deseja fazer umha limpeza étnica dos palestinianos e até mesmo um genocídio em Gaza. Nada disso, porém, condiz com as ações do exército israelita, que tem alertado os civis palestinianos antes dos bombardeamentos e buscado criar zonas neutras.
Há aqueles também que falam que Israel é um estado ilegítimo e que deve deixar de existir. O argumento para isso é que o país teria sido estabelecido por meio da colonizaçom doutros povos. Além disso ser algo discutível do ponto de vista da historiografia do conflito israelo-palestiniano, expõe um padrom duplo.
Vários países foram criados por meio da colonizaçom e nem por isso são considerados ilegítimos hoje.
Como noticiou o Newsweek, porém, um dos maiores esteriótipos medievais usados contra Israel neste conflito foi o libelo de sangue. No último dia 17 de outubro, vários jornais no Brasil e ao redor do mundo, anunciaram que o Estado judeu bombardeara um hospital na Faixa de Gaza e matado cerca de 500 civis. A única fonte dessa afirmaçom, porém, era o Hamas.
Até o momento, nom há nengumha evidência de que tenha sido Israel. Polo contrário, é muito mais provável que tenha sido umha falha num foguete disparado a partir da Faixa de Gaza, pola Jihad Islâmica, contra civis israelitas. Ainda assim, a acusaçom pesou contra Israel, que foi condenado por vários países. Em consequência também houve umha onda de antissemitismo ao redor do mundo, levando, inclusive à destruiçom de umha sinagoga na Tunísia.
Fique atento. Nom caia nesses esteriótipos. Busque educar-se a si mesmo e aos outros sobre o antissemitismo.
Espalhar o ódio contra os judeus não vai ajudar em nada a causa palestina!
A guerra de Israel contra o Hamas e os libelos antissemitas.
— André Lajst (@AndreLajst) October 20, 2023
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André Lajst é doutorando e Mestre em Ciências Sociais e Política, especialista em Israel, Próximo Oriente e Segurança Nacional. Presidente-executivo da StandWithUs Brasil
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