Gorda Meir
Gostaria de falar sobre as reações do lado antissionista durante esta escalada do conflito israelo-palestiniano, o que demonstra por que Israel é mais necessário do que nunca. Disfarçados e preocupaçom polo sofrimento palestiniano (que existe e merece ser atendido) está o antissemitismo mais virulento.
Gorda Meir, alias Cécile Denot |
O antissemitismo embora se alicerce sobre preconcebidos e estereótipos herdados, adopta sempre novas formas para refletir os temores e desassossegos atuais. Os ódios e os medos de hoje convergem com os de outrora e todos som fáceis de canalizar através do ódio aos Judeus.
O antissemitismo sempre se disfarça dum ódio válido e justificado, vai mutando para representar o que o sujeito ao que está encaminhado mais odeia. Hoje, na era da justiça social, está disfarçado da narrativa do branco colonialista que roubam terra a pessoas de cor.
O antissemitismo sempre constrói um judeu simbolico que nom existe, superpoderoso, que mexe os fios do mundo. Num país onde os Judeus som originarios e onde a maioria deles é de origem oriental e africano, o antissemita constrói um jueu branco e colonialista.
Este relato absolutamente falso torna justificável qualquer barbaridade que se diga e faça sobre os Judeus porque se fai em nome da justiça social e da "resistência" contra o "opressor". Nesse quadro, vale tudo.
O conflito árabe-israelita nom e racial. Também nom e umha causa "faminista". O progressismo ocidental deveria perceber algumha vez que o resto do mundo nom é umha extensom das suas sociedades e que os problemas no Próximo Oriente têm umha lógica e um contexto muito diferentes.
Mas esta característica do antissemitismo que permite culpar os Judeus de todos os problemas a grande escala faz com que sempre tenha o potencial de se tornar em ódio genocida. Se os Judeus som culpados de tudo, a soluçom nom pode ser outra que os liquidar.
Assim sendo, o discurso antissionista justifica assassinatos de Judeus, queimas de sinagogas, linchamento e chuvas de foguetes sobre civis. Acham que os israelitas deveriam deixar-e matar porque eles som mesmo culpados dos crimes cometidos contra eles.
A narrativa antissionista parte da ideia de que Israel é um erro, um ente estranho inserido numha regiom que, para eles, antes de 1948 era pacífica e alegre onde as crianças cantavam e bailavam (o que demonstra o nível de conhecimento rigoroso que possuem).
Procura-se apresentar Israel como um regime inerentemetne racista, supremacista e colonialista que mata Árabes inocentes por desporto, o qual é absolutamente falso. Mas a partir desse dogma, nada do que fizer Israel está bem porque a sua mesma existência é um problema.
O que se procura nom é criticar algo concreto para que a situaçom melhore, mas instalar a ideia de que tanto Israel quanto o sionismo som inerentemente racistas polo qual a soluçom nom é a reforma, mas a aboliçom. Nom se pretende que Israel seja melhor, mas que deixe de existir.
O conflito israelo-palestiniano existe, fai 50 anos há umha semiocupaçom na Cisjordânia e os Palestinianos sofrem injustiças por parte de Israel. Mas o ativismo antissionista procura instalar que a única maniera de solucionar tudo isto é desmantelando o Estado judeu.
Esta perspectiva é maximalista e antissemita. A destruiçom de Israel como Estado judeu terminaria num genocídio. Além disso, é trista que para muitos ser "pró-palestiniano" seja isto, justificar assassinar civis e defender umha organizaçom terrosita que tambem oprime os Palestinianos.
Se quiserem perceber como aconteceu a Shoah, vejam a facilidade com a que milhões de pessoas desumanizam a 7 milhões de Judeus em nome dumha causa dada. Nom levam em conta o sofrimento, justificam a violência contra eles e pedem a sua aniquilaçom.
Se se preocupam com a ocupaçom e as injustiças que os Palestinianos sorem devido a ela, deveriam pressionar ao outro lado para que aceite um plano de paz que permita dar cabo dela em vez de teimar em que se mantenham em posturas maximalistas.
É hora de começar a conferir aos Palestinianos a responsabilidade que lhes cabe na perpetuaçom do problema. Israel tentou chegar a um arranjo com eles em repetidas ocasiões, oferecendo planos que satisfaziam praticamente todas as suas procuras e rejeitaram-nos todos.
Negligenciar o terrorismo e o antissemitismo na sociedade palestiniana, a corruçom da suas autoridades e a eterna negativa a reconhecer a Israel como Estado judeu sem objeções é totalmente desonesto e impede qualquer discusom séria sobre por que continua a ocupaçom israelita.´
É possível debater honestamente o conflito se se teima em reduzi-lo a um relato com bons e maus, o palestiniano eterna vítima, nunca vitimário e sem responsabilidade face ao Israel eterno vitimário, nunca vítima e único responsável pola eternizaçom do sofrimento.
E os que teimam em que há mais mortos palestinianos do que israelitas como se isso arranjasse o assunto: os terroristas em Gaza disparam foguetes a partir de áreas urbanas pondo em risco a sua populaçom civil, já que sabem que Israel responderá e mesmo assim atacam igual.
Além disso, usam o dinheiro, o cimento e o betom para comprar armamento e construir túneis e bunkers militares em vez de refúgios para civis. Israel aumentou a precisom dos seus ataques a graças a isso a maioria de baixas som terroristas. Lamentavelmente nem todas.
Em troca, nom há um massacre de civis israelitas após 1400 foguetões graças a que Israel faz um investimento enorme em segurança: Iron Dome, refúgios, sensores, alarmes. Cada foguete interceptado custa aproximadamente 70.000 dólares. Interceptaram 90% dos 1400. Façam contas.
Os israelitas nom vam pedir desculpas por investir em defesa para evitar baixas civis nem têm a culpa que do outro lado nom o façam. Também nom se vam deixar matar em maior número para que os que julgam conflitos com base na quantidade de mortes de cada lado fiquem mais tranquilos.
O Hamas ataca civis, Israel alvos militares. Israel investe em segurança, o Hamas nom. Um Estado democrático nom é o mesmo do que um grupo terrorista. Daí a falsidade das analogias e a diferença em baixas. Nom marcar estas diferenças é desrepeitar a verdade.
Romantizar o Hamas nas redes sociais nom ajuda os Palestinianos e afinal somente haverá mais mortes e nengum logro. Os que aplaudem o Hamas mostram que o seu único interesse é danar Israel e que poucos lhes importa o povo que dizem defender.
Os Judeus nom se vam suicidar renunciando à sua autodeterminaçom e à sua soberania por mais tuítes que fizerem acusando-os falsamente dos piores crimes. Se houver genuíno interesse em resolver o conflito e dar cabo do sofrimento palestiniano, tentem algumha vez com algumha outra cousa.
Cécile Denot/Gorda Meir é umha politóloga argentina especialista no sionismo e no conflito de Próximo Oriente.
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