domingo, 21 de março de 2021

SONDAGENS PERANTE AS ELEIÇÕES LEGISLATIVAS ISRAELITAS DE 23 DE MARÇO

A tabela de abaixo mostra os resultados (em mandatos) das sondagens eleitorais publicadas no mês de março para as eleições legislativas. Os partidos que ficam abaixo do limiar eleitoral de 3,25% som denotados por 0 lugares.

Som necessários 61 mandatos para a maioria no Parlamento israelita (Knesset).


A seguir mostra-se a distribuiçom de mandatos do XXIII Knesset saído das eleições de 2 de março de 2020, as terceiras no espaço dum ano após dous falhanços consecutivos para ser formado governo.
*Em negrito os partidos da coaligaçom governamental.


LIKUD
O Likud é um movimento nacionalista liberal fundado em 1973 por Menachem Begin e é influenciado diretamente pola ideologia sionista de Theodor Herzl e Ze’ev Jabotinsky.  Autodefinido como direita nacional, atualmente detém a titularidade do poder executivo em Israel. Desde de 1977 até os dias de hoje, o Likud é o partido que mais vezes ocupou a chefia do governo de Israel.

Acredita que o povo judeu possui um direito eterno e incontestável ao Estado de Israel. Considera que este direito de existência é indissociável a outros direitos fundamentais, como o direito à paz, segurança, liberdade e bem-estar num regime democrático. Destarte, entende que a existência de Israel como um Estado judeu independente no Próximo Oriente depende em primeiro lugar, e acima de tudo, da sua capacidade política e militar. Portanto, as políticas acerca da segurança e da política externa deverám ser classificadas como prioritárias no país.

Benjamin Netanyahu, ocupa a cadeira de primeiro-ministro do país desde 2009 exercendo o seu quinto mandato (foi primeiro-ministro também em 1996-1999). 

O programaapresentado na eleiçom geral em 2009, indicava que o Likud estaria “disposto a fazer concessões para a paz”. Em paralelo foram estabelecidas “linhas vermelhas” para possíveis acordos com os Árabes, incluindo a preservaçom da integralidade e indivisibilidade de Jerusalém como capital do Estado Judeu e a negativa a demanda palestiniana para o regresso dos refugiados ao país. Embora líderes do Likud já terem declarado a sua oposiçom à criaçom dum Estado Palestiniano ao lado de Israel, Bibi declarou num famoso discurso de 2009, na universidade Bar-Ilan “Se os palestinianos reconhecerem Israel como um Estado judeu, será possível a criaçom dum Estado palestino desmilitarizado lado a lado de Israel”. Apesar de ter repetido esta frase noutras oportunidades em discursos na ONU, esta nom é umha posiçom pacificada no partido e enfrenta duras críticas internas.

YESH ATID
Partido liberal criado em 2012 a partir da liderança de Yair Lapid, um jornalista que tinha um próprio programa no prime time do principal canal da televisom israelita e a sua coluna no jornal de maior circulaçom até optar pola política. É filho de Yossef “Tommy” Lapid, sobrevivente do Holocausto e líder do antigo partido centrista israelita Shinui. 

Nas eleições seguintes, o Yesh Atid recebeu 11 cadeiras, compondo a quarta maior bancada da casa. Em 2019 o Yesh Atid concorreu em conjunto com o partido Resiliência a Israel (Chossen LeIsrael). A lista chamava-se Azul e Branco (Kachol-Lavan). Após as terceiras eleições consecutivas, Benny Gantz, líder do Azul e Branco, decidiu ingressar no governo Netanyahu, rompendo a sua aliança com Yair Lapid, que passou a ser o líder da oposiçom. O Yesh Atid, entom, voltou a existir como umha lista independente.

Propõe umha rediscussom do status-quo, a fim de garantir a liberdade de todos os cidadãos. Para isso visa a instituiçom do casamento civil, a flexibilizaçom da conversom, liberaçom dum transporte público restrito e regulamentado no Shabat, permissom para as mulheres rezarem no Muro das Lamentações, criaçom de cemitérios laicos, presença feminina no rabinato central e oposiçom à lei que proíbe a abertura de estabelecimentos comerciais no Shabat.

O Yesh Atid também visa a inserçom da populaçom ultraortodoxa no mercado de trabalho, na universidade e no serviço militar obrigatório, além de instituir a obrigaçom das escolas ultraortodoxas a cumprirem com as determinações do Ministério da Educaçom e ensinarem as disciplinas básicas.

O partido vê o aumento da populaçom palestiniana como umha ameaça ao Estado judeu, por isso é necessária a separaçom dos povos em dous Estados, sem que a segurança de Israel seja ameaçada. Para isso o Yesh Atid propõe umha conferência regional com a presença doutros países árabes, com iniciativa israelita, mas opondo-se à unilateralidade de açom, a fim de encontrar umha soluçom, tal qual a normalizaçom de acordos com outros países. O partido propõe que Israel mantenha os grandes blocos de assentamento sob soberania israelita, e nom aceita negociar Jerusalém.

YAMINA
Yamina (à direita) foi a lista criada para reunir os partidos A Casa Judaica, Uniom Nacional e A Nova Direita para as segundas eleições de 2019 e as de 2020. Hoje os partidos Uniom Nacional e A Casa Judaica retiraram-se da corrida eleitoral e sobrou somente o terceiro partido, que herdou o nome “Yamina”.

O partido classifica-se como de direita liberal, mas nom tem muito sucesso em desvincular-se da forte relaçom com a populaçom sionista-ortodoxa, fortemente conservadora, devido ao passado do seu líder Naftali Bennett como líder do partido A Casa Judaica e como presidente do lobby pró-assentamentos Conselho de Judeia e Samária. Apesar disso, todos os esforços som feitos para atingir o público secular israelita.

Como foi formado há pouco tempo, o partido nom tem programa de governo. 

Para este partido a Terra de Israel pertence ao povo judeu desde os tempos bíblicos, e somente nesta terra pode o povo judeu existir e cumprir o seu destino. Opõe-se à concessom de qualquer pedaço da Terra de Israel para a criaçom dum Estado palestino. Posiciona-se a prol da expansom dos assentamentos, e pretende mudar o status militar dos assentamentos da Cisjordânia para o controlo civil, sobretudo nos Territórios C, onde a maioria da populaçom é judia. Jerusalém, na sua condiçom de capital eterna e indivisível do Estado de Israel, nom deve ter qualquer restriçom para a construçom de habitações para a populaçom judaica.

NOVA ESPERANÇA
O Nova Esperança é um partido criado polo ex-Likud Gideon Saar a fim de concorrer para estas eleições de 2021. O partido define-se como de direita sionista liberal e estadista, e reúne umha grande quantidade de ex-membros do Likud insatisfeitos com a liderança de Netanyahu. Saar prometeu diversas vezes nom fazer parte dumha coaligaçom com Netanyahu de forma algumha.

Gideon Saar hoje é avaliado como o nome com maior aceitaçom por parte da populaçom para exercer o cargo de primeiro-ministro depois de Benjamin Netanyahu.

Sem posiçom partidária sobre a questom da Palestina, sabe-se que Gideon Saar posiciona-se de forma contrária à criaçom do Estado palestino. No seu partido há membros mais moderados neste aspecto (como Ze’ev Elkin, que chegou a ser parte do partido Kadima), e mais radicais, como Dani Dayan, ex-presidente do Conselho de Judeia e Samária, o lobby dos colonos da Cisjordânia. 

LISTA UNIFICADA
A Reshima Meshutefet (רשימה משותפת – Lista Unificada) é a coligaçom dos cinco partidos de eleitorado fundamentalmente árabe, que uniram forças nas eleições de 2015. Os partidos eram Ra’am, Ta’al, Mada, Bal’ad e Hadash. Os cinco partidos nom possuem visões político-ideológicas semelhantes, mas viram-se obrigados a juntar-se após a cláusula de barreira aumentar para 3,25%, maior do que qualquer um deles atingiu individualmente nas eleições de 2013.

Para 2021, o partido Ra’am (Movimento Islâmico do Sul) nom entrou em acordo com os três principais partidos da lista, e decidiu concorrer separadamente. O Ra’am tem relações mais fluidas com o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, do Likud, o que nom é aceite polos outros partidos árabes da lista.

Os partidos Ra’am (Lista Árabe Unida), Ta’al (Movimento Árabe de Renovação) e Mada (Partido Democrata Árabe) já concorrem num bloco, conhecido como Ra’am-Ta’al, desde 2006. O bloco recebeu 13 cadeiras na Knesset, compondo a terceira maior bancada da casa.

Ta’al/Partido Democrata Árabe: Foi fundado polo médico Ahmed Tibi nos anos 1990. É visto como um braço político do Fatah (partido do Presidente da Autoridade Palestiniana Mahmmoud Abbas) em Israel. O Ta’al também defende a criaçom dum Estado palestiniano nas fronteiras de 1967, com capital em Jerusalém Oriental. O partido luta para que os árabes-israelenses tenham status legal de minoria étnica, e é um dos mais progressistas em relaçom aos direitos da mulher entre os partidos de eleitorado árabe.

Balad/Uniom Democrática Nacional: Partido nacionalista árabe que rejeita o sionismo e tem partidos-irmãos em todo o mundo. O partido deseja que os árabes-israelitas sejam declarados umha minoria nacional, além da criaçom dum Estado palestiniano nas fronteiras de 1967, com capital em Jerusalém Oriental e o retorno de todos os refugiados de 1948. O principal nome do partido é o historiador Sami Abu Shehadeh.

Hadash: É a junçom do Maki (o histórico Partido Comunista Israelita) com movimentos menores. O partido define-se como umha lista árabe-judaica, e por isso o termo “árabe” nom intitula a Lista Unificada. O partido conta com o número 1 da lista (Ayman Odeh). O Hadash há tempos abandonou a ideia dum Estado binacional, mas rejeita o sionismo. O partido crê que Israel deve ser um Estado democrático e nom judaico, onde todos os seus cidadãos gozem dos mesmos direitos. O partido foi um dos principais prejudicados com o aumento da cláusula de barreira, pois pode perder parte dos seus eleitores judeus (algo em torno de 15% do total).


SHAS
Fundado em 1984 polo rabino Ovadia Yossef (ex-rabino chefe de Israel), Shas (ש”ס) é umha sigla que significa “Guardiões da Torá Sefaraditas”. O partido foi fundado treze anos após tensões recorrentes entre a comunidade judaica sefardita (judeus de origem oriental) e o governo trabalhista de Golda Meir, acusado de negligenciar os judeus orientais (mizrahim) em detrimento dos imigrantes vindos da URSS.

As principais bandeiras do Shas som cuidar da populaçom judaica de baixa renda e garantir um Estado judaico em Israel.  Como partido religioso, o Shas acredita num Estado judeu baseado nos valores democráticos da Torá.

Para o Shas, Israel deve-se esforçar para viver em paz e segurança com os seus vizinhos árabes a partir de resoluções próprias, ou seja, sem interferência internacional. Para o Shas, Jerusalém nom se divide nem se negocia. Os assentamentos em Judéia e Samária (Cisjordânia) devem seguir sendo desenvolvidos de acordo com decisões da Knesset e do governo atual.


ISRAEL A NOSSA CASA
O Israel Beiteynu (Israel a Nossa Casa) é um partido fundado em 1999 por deputados insatisfeitos do Likud e conduzido por imigrantes judeus oriundos da ex-URSS. Em 2009 elegeu a maior bancada desde a sua fundaçom, com 15 assentos e dous chefes de comissom na Knesset, mais cinco ministros, entre os quais o seu líder e fundador, Avigdor Lieberman.

Apesar de considerado radical, o Israel Beiteynu, nom se opõe à criaçom dum Estado palestino e ultimamente tem levantado a bandeira da luta contra os privilégios ultraortodoxos (como a dispensa do serviço militar) e a favor da separaçom de religiom e Estado (instauraçom de casamento civil e transporte público no Shabat), o que tem mudado o perfil dos seus eleitores.

Prometem trabalhar para conseguir um acordo regional. Em contraste com o conceito estabelecido dos outros partidos, o Israel Beiteynu entende que o conflito do Estado de Israel nom é apenas umha disputa territorial com os vizinhos palestinianos, mas um conflito tridimensional: um conflito com os Estados árabes, palestinianos e árabes-israelitas. Portanto, o acordo com os palestinianos deve fazer parte dum acordo abrangente que incluirá acordos com os Estados árabes e a troca de territórios e populações de árabes israelitas.

JUDAISMO UNIDO DA TORÁ
Judaísmo da Tora (Yahadut HaTora) é umha lista conjunta formada polos partidos, Agudat Israel (chassídico) e Degel HaTora (lituano). Os dous partidos concorrem às eleições em conjunto desde 1992. A lista atua para a promoçom dos interesses do público ultraortodoxo asquenazita, no que diz respeito a educaçom e bem-estar social, e também em temas específicos como alistamento no exército.

Os representantes da Judaísmo da Tora nom costumam ter cargos de ministro, para nom dar respaldo às ações dum governo sionista e nom se responsabilizar por políticas com as quais discordam. Nom obstante, o Judaísmo da Tora aceita cargos de vice-ministros e busca sempre ter a chefia da comissom de orçamento para poder controlar o orçamento do estado.

Como partido religioso acha que devia haver umha total fusom entre assuntos religiosos e estatais. A sua aspiraçom é resolver por meio do espírito da Tora e dos preceitos (mitzvot) toda questom que surgir no dia a dia do povo de Israel, com o objetivo de um dia reunir o povo de Israel sob o governo da Tora e impor a Tora sobre a vida espiritual, econômica e política em Israel.

A Terra de Israel foi dada aos Judeus polo criador e será para sempre sua, através do cumprimento da Tora, juntamente com o princípio da halacha de que a vida está acima de tudo. O delicado equilíbrio entre os dous será determinado na prática polos grandes sábios da Tora. O governo deve promover iniciativas para a determinaçom de acordos de paz.

PARTIDO TRABALHISTA
Mifleget HaAvoda (Partido Trabalhista) é um partido de centro-esquerda que se autodefine como social-democrata. O Avoda foi fundado em 1968 como resultado da fusom entre três partidos: Mapai (o principal partido israelita até entom), Achdut HaAvoda e Rafi.  O partido tem como principal discurso a retomada das negociações do processo de paz com os palestinianos e outros países árabes (sem porém abrir mão dos grandes blocos de assentamentos e de Jerusalém como capital indivisível de Israel), e a volta dum Estado de bem-estar social.

Ao longo dos anos, o partido conseguiu eleger sete de seus líderes como primeiros-ministros do país, tendo o seu auge nas eleições de 1949 quando recebeu 56 mandatos na Knesset. Muitos dos maiores líderes do sionismo socialista da história do país pertenceram ao Avoda, como David Ben-Gurion,  Itzhak Rabin, Shimon Peres e Golda Meir. Após sucessivos resultados negativos nas últimas eleições, o Avoda tenta reconstruir-se como alternativa num cenário virado à direita nom muito favorável e de baixas expectativas se comparado aos seus resultados eleitorais históricos.

A sua proposta é a separaçom dos palestinos a partir do princípio de dous Estados para duas nações, como parte da construçom dumha ampla ordem regional e com a participaçom dos Estados árabes “moderados”. A iniciativa chama-se “Caminhos para a Separaçom”, que inclui a cessaçom da construçom de assentamentos fora dos grandes blocos, a promulgaçom dumha lei de evacuaçom voluntária e um referendo sobre os campos de refugiados em torno de Jerusalém. Também propõe o implemento de medidas práticas para impulsionar a economia palestiniana, o que geraria maior confiança entre as partes. Também está atento ao que chama de “ameaça iraniana”, e para isso propõe o fortalecimento das relações com países árabes “moderados”.

MERETZ
O Meretz (Energia em hebraico) é um partido de esquerda sionista, criado em 1991 a partir da fusom dos partidos Mapam (sionista socialista), Ratz (pacifista pró-direitos humanos) e o Shinui (de orientaçom secular). O partido autodefine-se como social-democrata, a favor da separaçom total entre religiom e Estado e tem como prioridade o fim da ocupaçom nos territórios palestinianos ocupados em 1967.

O Meretz diz levantar três bandeiras interligadas: pró-acordos de paz, pró-social e pró-democrática. O partido acredita que umha sociedade justa nom pode existir dentro dumha economia corrupta e desigual, numha realidade de ocupaçom e sem umha democracia forte que combata o racismo e a discriminaçom. Recentemente o partido escalou dous candidatos árabes entre seus cinco primeiros, tentando demonstrar à sociedade árabe-israelita que pode representá-la.

Meretz acredita que Israel deveria adotar a iniciativa da Liga Árabe, que propõe umha reconciliaçom abrangente entre o mundo árabe e Israel, como consequência do estabelecimento dum Estado palestiniano na Cisjordânia e na Faixa de Gaza com base na Linha Verde, com umha troca territorial acordada de 1:1 entre assentamentos fronteiriços por territórios desocupados próximos à fronteira. Além disso, prevê a divisom da soberania em Jerusalém para a capital de dous Estados – Israel e Palestina -, e umha soluçom de comum acordo para o problema dos refugiados. 

RAAM
A “Lista Árabe Unida” (sigla de Ra’am, em árabe) é também chamada de “Movimento Islâmico”, por ser herdeiro da seçom sul do Movimento Islâmico em Israel. O Ra’am é um partido religioso mas nom radical, que representa sobretudo os beduínos do Neguev e os islamistas moderados. O Ra’am concorre desde os anos 1990, normalmente em conjunto com outra lista. Fez parte da Lista Unificada até janeiro de 2021, e optou por separar-se por nom entrarem em acordo sobre a relaçom com o governo Netanyahu – enquanto os outros partidos nom abrem mão do seu lugar de oposiçom, o Ra’am admite cooperar com o governo do Likud, ainda que nom integre a coaligaçom.

Representado sobretudo pola figura de seu líder, Mansour Abbas, que rompeu com a Lista Unificada e decidiu lançar-se sozinho. O partido, que apoia umha pauta conservadora nos costumes, tem como principais bandeiras a criaçom dum Estado palestino nas fronteiras de 1967 incluindo o retorno dos refugiados, a legalizaçom das aldeias beduínas nom reconhecidas polo Estado e um aprofundamento dos direitos dos cidadãos árabes-israelitas como minoria nacional.

SIONISMO RELIGIOSO
Partido formado por Betzalel Smotrich, ex-ministro dos Transportes e líder do partido Uniom Nacional, em conjunto com o partido kahanista Força Judaica. Smotrich aproveitou o vácuo de liderança do partido A Casa Judaica, tradicional partido do público sionista religioso, e lançou-se como expoente da corrente, ainda que seja visto como radical por umha grande parcela da população israelita. Até o fim de janeiro, no entanto, o partido de Smotrich nom ultrapassava a cláusula de barreira, e o deputado foi convencido por Netanyahu a formar uma lista conjunta com o ainda mais radical Itamar Ben-Gvir, unificando a representaçom do segmento sionista ortodoxo da populaçom – Naftali Bennett, do partido Yamina, é mais um membro desta corrente, mas que tenta desvincular-se dela para atrair o eleitorado nom religioso.

Smotrich e Ben-Gvir, ambos advogados, som vistos como representantes dos colonos judeus da Cisjordânia (em especial dos movimentos mais radicais, como a Juventude das Colinas), som totalmente contrários a qualquer ideia dum Estado palestino. Ben Gvir apoia, inclusive, a expulsom de todos os Árabes que nom aceitem que Israel é um Estado judeu e cooperem com ele. Os dous partidos som em favor da anexaçom da Faixa de Gaza e da Cisjordânia.

PARTIDO DA ECONOMIA
Mais um outro novo partido formado em janeiro de 2021 polo economista e académico Yaaron Zelicha, tem como principal proposta reformar a política econômica israelense. Zelicha foi acessor econômico de Netanyahu no início dos anos 2000, quando o atual primeiro-ministro era ministro das Finanças, e, recentemente, escreveu o projeto econômico do Meretz para as eleições de 2015. A lista conta com umha série de acadêmicos de diversas áreas, jamais ligados à política partidária. Zelicha lançou-se como candidato à ministro das Finanças e afirma que o Israel de Netanyahu, de quem discorda profundamente, está caminhando rumo a um futuro autodestruidor, e que ele é a pessoa mais indicada para mudar esta direçom. Embora o partido nom passava a cláusula de barreira em nengumha sondagem até o início de fevereiro, agora tem algumha chance.

Atualizaçom (21/3/2021)
No Questom Judaica divulgamos as últimas sondagens prévias as eleições israelitas, que acontecerám amanhã  23de março. Os blocos de Netanyahu (aqueles partidos que anunciaram ou dos quais se espera que formem o governo com o primeiro-ministro) e anti-Netanyahu (os que já anunciaram que nom se sentarám num governo chefiado por ele) estám empatados, com 60 cadeiras cada. Dessa maneira, há poucas opções de formaçom de uma coaligaçom, e caso este resultado se confirme, o mais provável é que em alguns meses haja outro processo eleitoral, segundo a Conexão Israel.

O Likud lançou umha campanha associando o fim das restrições por causa da Covid-19 ao sucesso da empreitada de Netanyahu na busca polas vacinas. O slogan é: "Voltamos à vida". A organizaçom "Responsabilidade Nacional" sabotou os out-dooors com um adesivo na frente do rosto de Netanyahu, escrito: "Com exceçom dos 6000 mortos", em alusom aos que morreram de Coronavírus no país.

Fonte: CONEXÃO ISRAEL | Eleições 2021 Conheça os partidos 

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