quarta-feira, 6 de janeiro de 2021

ANTISSEMITISMO E VACINA PARA A COVID-19 EM ISRAEL

 

 
Há quem nom o atura. Nom suportam ver Israel, o Estado Judeu, tam bem-sucedido e elogiado polo bem está a realizar a vacinaçom dos seus cidadãos contra o coronavírus. Em duas semanas, Israel vacinou cerca de 12% da sua populaçom, umha conquista como nengumha outra. De forma organizada, sem caos, demonstrando o bom funcionamento do sistema público de saúde em que quatro caixas de seguro médico prestam serviço igual e absolutamente acessível a todos os seus cidadãos, Judeus, Árabes, religiosos, leigos, a todo o mosaico israelita. Se isso continuar e nom houver obstáculos imprevistos no fornecimento de vacinas acordado por Israel com as diferentes empresas, o que o primeiro-ministro Binjamin Netanyahu previu pode-se tornar realidade: que Israel vai ser o primeiro país do mundo a sair da pandemia.

Mas existem alguns meios de comunicaçom internacionais que optam por escrever sobre outra cousa. Quero dizer, eles nom podem deixar de mencionar o grande sucesso israelita, mas conseguem encontrar algo para ofuscar isso. Desculpe, nom "encontrar", mas sim inventar, mentir e distorcer para tornar Israel mau, para demonizá-lo.

A agência de notícias Associated Press - cujas reportagens som amplamente reproduzidas por diversos meios de comunicaçom mundiais - e o jornal britânico The Guardian som dous exemplos notórios de manchetes venenosas que pretendem sugerir que Israel se preocupa em vacinar a sua populaçom, mas negligencia indevidamente o Palestinos.

 “Os palestinos ficam à espera enquanto Israel lança a vacina Covid-19”, dizia a manchete da AP. E a manchete do Guardian é ainda pior: “Palestinos, excluídos da campanha de vacinaçom israelita contra a Covid, enquanto as injeções vam para os colonos”.

Nom temos certeza de qual é o pecado polo qual os jornalistas responsáveis ​​merecem a nossa condenaçom: preconceito anti-israelita mal-intencionado ou irresponsável falta de seriedade na forma como trabalham.

Antes de atribuir implicitamente a Israel a responsabilidade polo atraso na vacinaçom dos Palestinianos, é bastante fácil fazer umha pequena pesquisa e ver que segundo os acordos de Oslo assinados entre Israel e os Palestinianos há quase 30 anos, a Autoridade Palestiniana é responsável pola saúde dos habitantes palestinianos da Cisjordânia e da Faixa de Gaza. Isso foi assinado polas partes. E é importante notar que, como segundo esses mesmos acordos, Israel é responsável pola saúde dos árabes em Jerusalém Oriental, está a vaciná-los, embora a maioria deles sejam residentes permanentes, nom cidadãos.

Israel nom bloqueia ou impede qualquer campanha de vacinaçom dos palestinianos. A responsabilidade a este respeito cabe à Autoridade Palestiniana.

Desde a retomada da coordenaçom civil e de segurança com a Autoridade Palestina, o General Kamil Abu Rukun, Coordenador de Atividades Governamentais nos Territórios, tem instado os palestinianos a contatar as empresas que desenvolveram vacinas para adquiri-las, recorrendo, se necessário, à assistência internacional.

Pois bem, nas últimas semanas a AP disse ter contatado diversas empresas que já se encontram em avançado processo de desenvolvimento. No entanto, embora tenha sido publicado que os palestinianos receberám em breve 4 milhões da Sputnik-V, a vacina russa, nom temos conhecimento de que a Autoridade Palestiniana já tenha assinado contrato com algumha das empresas.

Por outro lado, a AP apresentou os documentos necessários para participar do programa COVAX da Organizaçom Mundial da Saúde para vacinar 20% de sua populaçom tanto na Cisjordânia quanto na Faixa de Gaza, priorizando - como normalmente se faz - a idosos, grupos de risco e equipas médicas. As vacinas incluídas nesse arcabouço chegariam aos palestinianos no primeiro trimestre deste ano.

Na primeira onda da pandemia, Israel forneceu assistência ativa significativa aos palestinianos na luta contra o Coronavírus. Organizou treinamento para pessoal médico, entregou equipamentos de proteçom e kits de teste e, nalguns casos, até recebeu amostras para serem analisadas em laboratórios israelitas. Tudo isso foi interrompido quando a Autoridade Palestina, por razões políticas, decidiu suspender a sua cooperação com Israel, o que afetou tanto a segurança quanto as questões médicas.

Vale a pena traduzir alguns parágrafos do comunicado publicado em março (antes da suspensom palestiniana) polo site oficial das Nações Unidas, organizaçom que nom é suspeita de ser especialmente pró-israelita. Refere-se ao relatório que o enviado especial da ONU à região Nikolai Mladenov apresentara poucos dias antes ao quarteto internacional sobre a cooperaçom israelita-palestiniana contra o Coronavirus.

“Em nota publicada nesta sexta-feira, a coordenaçom e cooperaçom estabelecidas entre Israel e Palestina, em relaçom a como lidar com a Covid-19, foram descritas como 'excelentes'. As autoridades israelitas e palestinianas continuam a coordenar estreita e construtivamente as suas respostas, o que é um fator muito importante no nível de contençom alcançado até agora”, disse o site oficial do organismo mundial.

E acrescentou: “Desde o início da crise, Israel permitiu que suprimentos e equipamentos importantes entrassem em Gaza. Por exemplo: cotonetes para a coleta de amostras e outros elementos laboratoriais necessários para os testes de Covid-19, e equipamentos pessoais para a proteçom dos trabalhadores de saúde". Ele também destacou "a cooperaçom de Israel para permitir que os trabalhadores do funcionários da saúde e outros funcionários ligados à resposta à Covid-19 possam mobilizar-se de e para a Cisjordânia e Gaza ”.

Mesmo após a suspensom da cooperaçom por Israel decidida meses atrás pola Autoridade Palestiniana - e entretanto retomada - Israel coordenou com a comunidade internacional a entrada tanto na Cisjordânia quanto em Gaza de tudo que fosse necessário para lidar com a pandemia. É assim que eles vieram do exterior respiradores e kits de teste necessários nos últimos meses.

O vírus não conhece fronteiras físicas ou humanas. Não é necessário inventá-los com más intenções.

O que tudo isso tem a ver com antissemitismo? Porque afirmamos que os exemplos dados som difamaçom antissemita? Porque vam perfeitamente lado a lado com aqueles que ao longo da história atribuíram aos Judeus a intençom de espalhar doenças. Nom há grande diferença entre isso e implicar que o Estado judeu está a tentar evitar que os Palestinianos sejam vacinados contra o Coronavírus.

Ana Jerozolimski| Semanário Hebraico Jai (original em espanhol, traduzido para o galego-português por Caeiro)


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