segunda-feira, 7 de setembro de 2020

O PODER DOS JUDEUS, DE RAMÓN CAMPS A CLARÍN

Héctor Timerman

Héctor Timerman

Durante os quarenta dias que durou o primeiro sequestro que vitimou o meu pai, início dos seus quase três anos como prisioneiro da ditadura militar, o teor dos seus interrogatórios sempre giravam sobre a obsessom de, entre outros, Ramón Camps, Etchecolatz, Ibérico Saint Jean e Jaime Smart de descobrir como operava o poder judeu mundial.

Hora após hora de torturas falando no controlo judaico na Uniom Soviética e o poder judeu no mundo capitalista. Mas nom todo o antissemitismo dos assassinos e torturadores se despachava nos cáreceres clandestinos dos ditadores.


Esta é a aterradora lembrança do jornalista e historiador Uki Goñi relatado no seu livro "The Real Odessa": No período 1976-1983 alguns generais obsesionaram-se com a "questom judaica", especialmente o poderoso chefe da polícia de Buenos Aires, o general Ramón Camps, que pretendia organizar um juízo contra os judeus mais proeminentes do país com o objetivo de demonstrar a existência do que ele imaginava que era umha conspiraçom sionista contra a Argentina "ocidental e cristã".

Para isso sequestrou a Jacobo Timerman, diretor e proprietário do influente jornal "La Opinión". Após confiscar o jornal e torturá-lo durante meses, os "pombos" do exército finalmente cederam à pressom internacional, despojaram Timerman da cidadania argentina e expulsaram-no do país.

Enfurecido ao se ver privado da sua presa, Camps deu umha conferência de imprensa no exclusivo hotel Alvear na que reproduziu as fitas do interrogatório de Timerman.

O propósito daquela manobra consistia em provar que Timerman era um "sionista" que pretendia a destruiçom da Argentina. -Admite ser judeu?, podia ouvir-se resmungar a Camps na primeira fita. -Bom... sim, retorquia Timerman com um atemorizado murmúrio. -Entom é sionista!, berrava Camps. -Bom... nom o sei, talvez, dizia Timerman. Camps ordenou parar a fita e sorriu triunfalmente aos jornalistas ali convocados: Já o vem: admite que é sionista! Porém,  as ideias antissemitas de Ramón Camps nom acabaram, como os seus assassinatos, com o fim da ditadura.

Hoje, esses mesmos ódios que serviram para que tantos argentinos fossem torturados e assassinados som distribuídos polo senhor Héctor Magnetto por umha das suas empresas, Clarín Blogs.

Há umha semana que junto da DAIA e o rabino Daniel Goldman tento que o Grupo Clarín perceba que nom é possível seguir a promover a discriminaçom e o ódio contra os Judeus. Até agora, apenas logramos ouvir a defesa que Ricardo Kirschbaum faz das empresas do seu patrom, Héctor Magnetto. E, também, o silêncio dos jornalistas de Clarín e La Nación.

Ninguém tem nada a dizer? Bem como Ramón Camps torturava para demonstrar que existia o poder judeu internacional, hoje Héctor Magnetto tenta demonstrá-lo a partir de ClarinBlogs onde se pode ler:

http://blogs.clarin.com/lenovision/2010/02/18/hoy-en-critiquemos-bo ludeces-hector-timerman/comment-page-1/#comment-824

A DAIA e a AMIA, como diz a letra I das suas siglas, som entidades israelitas, e com certeza operam em prol de Israel porque para isso foram criadas.

http://blogs.clarin.com/cuartadimension2012/2008/8/18/gobierno-secreto-mundial-anticristo-fin-los-tiempos-e/

Para encerrar a introduçom desta primeira parte evoco como umha prova adicional o documento: Os Protocolos dos Sábios de Siom, do qual recomendo a sua leitura que explica passo a passo as pautas precisas para lograr o controlo total das liberdades dos seres humanos.

http://blogs.clarin.com/bicentenarioargentino-1810-2010

A terrível crise que vivemos e a muito pior que vem, tem umha explicaçom: Temos umha judia de Presidente que instalou a judiaria e maçonaria local com a ajuda da judiaria internacional, para mal de todos. E esse famoso Plano Andínia que todos descartaram por falso, nom estará a suceder...?

http://blogs.clarin.com/bicentenarioargentino-1810-2010/ 

Eu dou-lhe dados e o senhor comece a atar cabos… Wilhelm, Ezquenazi, Werthein, Elztain, Mindlin, Grobocopatel, Kunkel, Vervitsky, Capitanich, Alperovich, Fellner, Larcher, Manusovich, Scioli e umha longa lista de hebreus que afogam sistematicamente os setores produtivos do país e encaminham-se cara a satánica hegemonia.

http://blogs.clarin.com/guardia-patriotica-argentina/page/2/

"umha rede de poder eminentemente horizontal, composta polo Council of Foreing Relations, o Instituto Real de Relações Internacionais, a Comissom Trilateral e o Grupo Bilderberg».

Além disso, "está muito especialmente ligado a esta rede o movimento mundial sionista, através e orgãos como o Congresso Judeu Mundial, o Congresso Judeu Americano, a loja maçônica judaica Bïnai Bïrith, a Liga Antidifamatória dos Estados Unidos, a Organizaçom Sionista Mundial, e também pola DAIA e a AMIA locais».

http://blogs.clarin.com/guardia-patriotica-argentina/page/2/

O Presidente Truman, de origem judaica


Esta semana vou-me entrevistar com o Congresso Judaico Americano para analisar como lograr que Clarín perceba a gravidade da sua conduta. Aliás, ontem falei com Sara Bloomfield, diretora do Museu da Shoah em Washington, e ficamos em organizar um seminário que estude como evitar que empresas como Clarín promovam a violência discriminatória escudando-se na liberdade de imprensa.

Artigo publicado a 22/02/2010 por Héctor Timerman (1953-2018), Ministro dos Negócios Estrangeiros da Argentina entre 2010-15 e filho de Jacobo Timerman no site web da DAIA.

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