Dous ferrenhos antissionistas franceses, Alain Soral e Dieudonné, decidiram criar o seu próprio partido, Reconciliaçom Nacional. O principal objetivo da nova organizaçom é desligar de vez este sector vermelho-marrom da extrema direita francesa da Frente Nacional logo depois da tomada de posiçom "pró-israelita" de Aymeric Chauprade, conselheiro de Marine Le Pen em matéria de política internacional.
Alain Soral e Dieudonné, na primeira fila da imagem FOTO |
A associaçom Igualdade e Reconciliaçom (E&R), criada em 2007 ao serviço da Frente Nacional, vai ser posta agora ao serviço do novo partido político da extrema direita antissemita francesa. Segundo fontes internas, a associaçom contaria com 12.000 membros.
Em consequência, este novo partido é a resposta de Alain Soral ao que ele chama de "traiçom Chauprade". Em 11 de agosto passado o conselheiro de Marine Le Pen publicou no seu blogue um longo texto intitulado "A França face à questom islâmica: as escolhas credíveis para um futuro francês" onde desenvolve as suas posições pessoais que supõem umha rutura diferente à tradicional abordagem da FN relativamente ao conflito israelo-palestiniano.
No seu documento, Aymeric Chapurade explica, por exemplo:
Israel nom é o inimigo da França. A França apenas tem um verdadeiro inimigo: o fundamentalismo islâmico sunita. Com certeza, Israel está ainda muito ligado aos Estados Unidos, mas estes começam a se afastar e Israel adopta umha postura multipolar construindo relações fortes com a Rússia, a Índia e a China. Salvo que se esteja guiado por um antissemitismo obsessivo, um patriota francês nom pode procurar formar contra Israel umha aliança, à vez contranatural e sem saída política, com a extrema esquerda pró-palestiniana, a gentalha de subúrbio e os islamistas.
Alguns retrucam que Israel fez tudo para criar esta situaçom que conduziu à substituiçom do nacionalismo palestiniano original polo Hamas a fim de reforçar a coesom dos Ocidentais por volta do Estado judeu. E possível (lembre-se que o xeque Yacine foi enviado para a Palestina polos israelitas para fazer contrapeso a Arafat), mas se for o caso, esta estratégia conseguiu colocar os Europeus do Oeste no mesmo lado que os israelitas. Nom vou esperar a que o meu país seja repovoado por umha maioria de muçulmanos radicalizados para desencadear a grande noite contra um capitalismo dito de apátrida! Apenas há umha prioridade imperiosa, o povo francês, e o meu combate político nom se articula por volta da luta contra o sionismo!
O novo antissemitismo procede dumha parte da comunidade muçulmana que liga os Judeus à política de Isrel. As manifes pró-palestinianas recentes deram a prova evidente, por um lado, de que a causa palestiniana se tornou em causa islamista e, por outro lado, que o antissionismo já nom procura diferenciar-se do antissemitismo (mesmo vimos nessas manifestações faixas relativas a Mohammed Merah, assassino de crianças judias). (...) Umha parte inteira e importante da populaçom de nacionalidade francesa de origem árabe-magrebi e muçulmana nom é apenas antissionista, mas antissemita.
Relativamente a Israel, a França nom deve ceder à armadilha emocional, mas conservar umha política equilibrada. Quando se defende um mundo baseado na soberania, defende-se também a soberania de Israel e o seu direito à segurança. Porém, é evidente que a segurança de Israel apenas pode resultar dumha soluçom justa para os Palestinianos, o que imporá a Israel (como preconizou Sharon no fim da sua vida) fazer concessões territoriais dolorosas em Cisjordânia, e portanto, desmantelar os colonatos.
A emoçom face o drama dos Palestinianos está a ganhar a alguns entre nós que perdem o senso da medida e esquecem as causas profundas do conflito. Um argumento que se ouve sem cessar é que todo isto é injusto porque os israelitas apenas tem 50 mortes (militares) enquanto os Palestinianos 2000 (essencialmente civis). A isto eu respondo polo princípio da responsabilidade política. Si me confiassem o Ministério da Defesa francesa e o meu país fosse agredido por rockets, entom eu faria o máximo para ter zero mortos do lado francês e para infligir as máximas perdas ao meu inimigo. Mas entom coloca-se a questom: como é que as perdas palestinianas som essencialmente civis? Resposta: os militantes do Hamas saem dos túneis que fizeram para lançar rockets sobre Israel a partir de imóveis onde vivem as suas famílias, tornando a se abrigar nos túneis. A aviaçom e a artilharia israelitas replicam portanto sobre os pontos de origem dos tiros de rocket, isto é, os imóveis de habitaçom onde se acham os civis que os combatentes do Hamas decidiram nom proteger. Está visto que o Hamas decidiu propositadamente sacrificar os civis palestinianos, já que isso leva a umha guerra mundial de informaçom alicerçada sobre a imagem e a emoçom.
A guerra é implacável. Os Palestinianos de Gaza escolheram dar o poder a um movimento, o Hamas, cujo objetivo nom é contruir umha soberania real palestiniana lado a lado de Israel, mas destruir Israel. A partir do momento em que um povo leva ao poder um movimento cujo único objetivo é assediar o seu vizinho militarmente todopoderoso, nom se pode esperar outra cousa que a desgraça. É terrivelmente injusto para os civis que morrem, mas as más escolhas pagam-se ao alto preço e nós também pagaremos um alto preço se persistirmos no nosso angelismo e nos erros estratégicos.
De resto, Aymeric Chauprade acha que o islám nom é compatível com a República e que há elementos duvidosos na versom oficial dos atentados de 11 de setembro.
Considerando umha declaraçom de guerra as revelações do conselheiro da presidenta do FN, Alain Soral nom duvidou em qualificar Aymeric de "filho da puta" por ter redigido um "texto de submissom ao sionismo". Num vídeo publicado em 6 de setembro, Soral anuncia a sua intençom de criar um partido político, acusando a Chauprade de ser o "responsável polo facto de E&R hoje se desligar totalmente da Frente Nacional, rolando por si próprio, enquanto partido político. Verá que isso nom vos vai ajudar".
Este novo partido surge quando Alain Soral e Dieudonné estám envolvidos numha série de casos judiciários importantes respeitantes a incitaçom ao ódio e à discriminaçom, antissemitismo, fraude fiscal, branquejamento e abuso de bens sociais.
Informações tiradas de CONSPIRACY WATCH, traduzidas para o galego-português por CAEIRO.
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