terça-feira, 15 de outubro de 2013

SINTRA

Vila portuguesa na regiom de Lisboa.

A Vila de Sintra e o seu Castelo foram durante a Reconquista no século XI várias vezes assolados polos exércitos cristãos. Conquistada por Afonso VI de Galécia-Leom em 1083 e logo a seguir recuperada polos mouros, em 1109 D. Henrique de Borgonha retoma de vez o Castelo de Sintra.

Em 1154 D. Afonso Henriques outorga-lhe foral, altura em que já existia umha significativa comunidade judaica que dispunha de sinagoga e de bairro próprio, designaçom que chegou aos nossos dias na toponímia existente no Centro Histórico de Sintra. Tratava-se dumha pequena comunidade, tinha rabino, tabelião, porteiro, e umha só rua. A sinagoga surge numha carta de aforamento em 1407.


Esta comuna teve um relativo crescimento devido à necessidade de ferrar o cavalo e ao aumento da produçom económica da localidade, muito próxima da capital Lisboa.

A partir do ano de 1480, têm um rabino de nome Salomão ben Crespo. Nos finais do séc. XV, esta comuna tinha um rendimento aproximado de 600 reais, o que é relativamente modesto em relaçom a judiarias como Lisboa, Santarém, Évora, Coimbra ou Porto.

Durante o reinado de D. Afonso V, houve queixas por parte dos cristãos, devido à tentativa de expansom do comércio dos Judeus para setores mais alargados da urbe sintrense, o que levou o soberano em 1462 proibir à comunidade judaica de utilizar os portais com serventia para a cidade cristã para evitar o contacto físico com os cristãos, nom a manutençom das trocas comerciais. Por isso autorizou a abertura nas portas dumhas "... virdizellas da altura que dêem a um homem pela cinta pêra poderem dar per ellas as bofaminhas e assim outras coisas que venderem".

Nos finais do século XV, princípios do séc. XVI, cristãos-velhos denunciam às autoridades da época, que crianças cristãs-novas brincavam junto à igreja de S.Pedro de Canaferrim.

Em 1501, há queixas de práticas judaizantes contra a populaçom de cristãos-novos em Sintra. A última referência documental à sinagoga é datada em 1503.


A judiaria situa-se na actual Rua das Padarias, antiga Rua Nova.

Sem comentários:

Enviar um comentário