Arquipélago sob soberania portuguesa desde o século XV situado no Atlântico nordeste a 1.500 km de Lisboa.
As primeiras referências ao estabelecimento de Judeus nos Açores datam da primeira metade do século XIX, oriundas do Marrocos mas com provável origem judaico-portuguesa, donde saíram devido às restrições económicas que ali lhes estavam a ser impostas à época.
As primeiras referências ao estabelecimento de Judeus nos Açores datam da primeira metade do século XIX, oriundas do Marrocos mas com provável origem judaico-portuguesa, donde saíram devido às restrições económicas que ali lhes estavam a ser impostas à época.
No mesmo período, a açom do Santo Ofício declinara em Portugal, e o advento do liberalismo, nomeadamente após a Revoluçom Liberal do Porto de 1820 atraíram essas populações.
Desse modo, diversas famílias começaram a acorrer para os Açores, registando-se a fixaçom dos Abohbot, Benarus, Levy, Zagory ou Besabat. O arquipélago chegou a dispor de sinagogas, nas ilhas de São Miguel, Terceira e Faial. A aceitaçom dos Hebreus nessas comunidades à época, contrasta com as perseguições promovidas polo Santo Ofício nos séculos anteriores.
Cemitério dos Hebreus de Angra
De acordo com a escritura de venda datada de 24 de setembro de 1832, Joaquim Zagory/Zagury adquiriu em hasta pública à Câmara Municipal de Angra, na ilha da Terceira, polo montante de 300.000 réis, um bocado de terreno para nele se estabelecer um cemitério israelita. De acordo com a mesma escritura, a referida quantia fora legada em testamento por Abraão Benaoim, com vista à construçom dum "(...) cemitério decente para todos aqueles que fossem de sua Nação". Naquele mesmo ano foram ali sepultados Fortunato Benjamim e Abraão Sebag.
Em 1958 o cemitério tornou-se propriedade da Comunidade Israelita de Lisboa, mas, em 1994, devido ao seu estado de abandono, o Grupo Bensaúde assumiu o seu restauro, sendo responsável pola sua manutençom desde entom.
O terreno apresenta planta retangular, encontrando-se nele atualmente 53 sepulturas. Sobre o portom, umha inscriçom epigráfica bilingue (hebraico-português) reza:
"CAMPO DE IGUALDADE / OS HEBREOS COMPRARAO ESTE CAM / PO A OS ILLUSTRISSIMOS MEMBROS / DA CAMERA DA CIDADE D ANGRA PA / RA FAZEREM SEO JAZIGO / ANNO DE 1832"
Imagem tirada da Wikipédia. |
Aqui encontra-se sepultado Mimom ben Abraham Abohbot, fundador da Sinagoga Ets Haim em Angra.
Sinagoga de Ets Haim de Angra
Sinagoga fundada na segunda metade do século XIX no centro histórico de Angra. A história deste templo está ligada à vida e obra do comerciante judeu Mimom ben Abraham Abohbot, que foi seu fundador, nela tendo exercido as funções de oficiante e mestre de religiom. Foi instalada na sua residência, inaugurada quando este obteve emprestada umha torah pertencente ao rabino Judah Azagury, que saiu dos Açores para ir viver em Lisboa.
Mimom Abohbot era um judeu sefardita nascido no Mogador (atual Marrocos). Era filho de Abraham Abohbot e Raquel Abohbot e foi educado nos estudos e teologia hebraicos. Nom se sabe a data de sua chegada aos Açores ou a Angra, mas a primeira referência a seu respeito data de 5 de março de 1827, no Livro da Porta da Capitania Geral dos Açores.
Desposou, em 1833, em Londres, Elisabeth Davis Abohbot, por contrato hebraico, em língua hebraica, o qual está no livro de registos da sinagoga "Porta do Céu".
Em 1835, aproveitou a venda em hasta pública de bens nacionais dos conventos extintos em 1834, e adquiriu o imóvel do antigo Convento da Esperança, à esquina da rua da Sé com a rua da Esperança (onde atualmente se encontram as instalações do RIAC e a loja da TAP). Remodelou e reconstruiu este antigo edifício, dando-lhe o aspecto que hoje conserva, e onde fixou residência. Posteriormente, em 1857, adquiriu uma quinta na Canada dos Folhadais.
Sinagoga de Ets Haim de Angra
Sinagoga fundada na segunda metade do século XIX no centro histórico de Angra. A história deste templo está ligada à vida e obra do comerciante judeu Mimom ben Abraham Abohbot, que foi seu fundador, nela tendo exercido as funções de oficiante e mestre de religiom. Foi instalada na sua residência, inaugurada quando este obteve emprestada umha torah pertencente ao rabino Judah Azagury, que saiu dos Açores para ir viver em Lisboa.
Mimom Abohbot era um judeu sefardita nascido no Mogador (atual Marrocos). Era filho de Abraham Abohbot e Raquel Abohbot e foi educado nos estudos e teologia hebraicos. Nom se sabe a data de sua chegada aos Açores ou a Angra, mas a primeira referência a seu respeito data de 5 de março de 1827, no Livro da Porta da Capitania Geral dos Açores.
Desposou, em 1833, em Londres, Elisabeth Davis Abohbot, por contrato hebraico, em língua hebraica, o qual está no livro de registos da sinagoga "Porta do Céu".
Em 1835, aproveitou a venda em hasta pública de bens nacionais dos conventos extintos em 1834, e adquiriu o imóvel do antigo Convento da Esperança, à esquina da rua da Sé com a rua da Esperança (onde atualmente se encontram as instalações do RIAC e a loja da TAP). Remodelou e reconstruiu este antigo edifício, dando-lhe o aspecto que hoje conserva, e onde fixou residência. Posteriormente, em 1857, adquiriu uma quinta na Canada dos Folhadais.
Sinagoga de Angra, nos Açores |
Sinagoga de Sahar Hassamain de Ponta Delgada
Em dezembro de 1836 um grupo de comerciantes judeus chegados à ilha de São Miguel dez anos antes, foi comprado um imóvel para nele ter a Sinagoga.
A Sinagoga, localizada na vila de Ponta Delgada, é o templo judaico mais antigo de Portugal após o decreto de expulsom de 1496.
No século XX, até à década de 1950, o edifício, na parte de moradia, foi habitado pola família Sebag. Com a ausência de fiéis na ilha, nunca mais se realizaram ofícios religiosos na sinagoga, vindo o edifício a entrar em processo de degradaçom até o final da década de 1990, em que foi cedida à Comunidade Israelita de Lisboa. Por sua vez, o prédio foi cedido à Câmara Municipal de Ponta Delgada, polo prazo de 99 anos, a fim de ser restaurado e musealizado o espaço de culto.
No contexto das comemorações dos 190 anos da chegada dos primeiros Judeus aos Açores, desde março de 2009, esteve temporariamente aberta aos sábados para visitas guiadas.
Sinagoga de Ponta Delgada, nos Açores |
Polo exterior, o edifício nom é reconhecível, umha vez que foi construído com a fachada típica dumha casa de moradia açoriana. O seu interior mantém a traça original, estando em exposiçom alguns objetos de culto, com destaque para umha cadeira de circuncisom (1819), candelabros e documentaçom histórica diversa em hebraico.
Além de templos, as sinagogas tinham ainda a funçom de escolas e de locais de reuniom para a comunidade. Como referido, o arquipélago chegou a dispor doutras sinagogas além desta, nas Ilhas Terceira e do Faial.
A Câmara Municipal de Ponta Delgada está a elaborar um projeto para recuperar o antigo templo judaico na ilha, atualmente em ruinas, e que irá incluir a criaçom dum núcleo museológico.
A Câmara Municipal de Ponta Delgada está a elaborar um projeto para recuperar o antigo templo judaico na ilha, atualmente em ruinas, e que irá incluir a criaçom dum núcleo museológico.
Para além desta desta sinagoga na mesma cidade resta apenas o Cemitério Hebraico de Santa Clara, datado de 1834.
De resto, a sul da ilha Terceira existe umha localidade chamada de Porto Judeu. Desconhece-se a data da criaçom da freguesia, mas segundo a tradiçom foi no Porto Seguro, atual porto de pesca, que terám desembarcado os primeiros povoadores da ilha no século XV.
Informações e imagens tiradas da Wikipédia.
De resto, a sul da ilha Terceira existe umha localidade chamada de Porto Judeu. Desconhece-se a data da criaçom da freguesia, mas segundo a tradiçom foi no Porto Seguro, atual porto de pesca, que terám desembarcado os primeiros povoadores da ilha no século XV.
Informações e imagens tiradas da Wikipédia.
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