No Estado de Israel, juntamente com os estados comunistas, nom existe nengum limite ao aborto.
Em Israel aborta-se em qualquer momento da gravidez, sem serem precisos pressupostos e escusas. A mãe simplesmente decide sobre a vida do seu filho quando quiser.
Recentemente o deputado Nissim Ze'ev, deputado do Shas (o partido religioso ultraortodoxo que representa os sefarditas), propôs em 2010 umha iniciativa para limitar este direito. Conhecido polas suas posições homófobas, ele sosteve que nas 22 semanas "o feto já está vivo e a finalizaçom da gravidez é um assassinato, nom um aborto". Por este motivo, "os direitos da mulher sobre o seu próprio corpo nom justificam a interrupçom da gestaçom", disse. Porém, o Comité Ministerial sobre Assuntos Legislativos recusou esta proposta de lei.
A moral sobre o aborto em Israel é muito diferente à defendida polas organizações da igreja católica |
Cada ano som praticados 20.000 abortos legais em Israel.
Esta política de aborto livre é aplicada desde 1977 quando a Knesset (parlamento israelita) despenalizou a prática do aborto em muitos supostos, entre os quais se incluia a idade da mulher. Até entom a lei restringia esse direito às mulheres de menos de 16 anos e com mais de 40 que desejavam dar cabo da sua gravidez. Na prática isto supôs a implementaçom dumha política de aborto livre.
O ano 1977 foi o da derrota eleitoral dos trabalhistas do MAPAI, a principal força do socialismo israelita e que governou o país entre 1948-77, período, no entanto, durante o qual o aborto fazia parte do Código Penal.
Paradoxalmente a despenalizaçom do aborto em Israel foi paralela à chegada ao governo do Herut e da sua coaligaçom de direita Likud. O Likud nom é oficialmente umha formaçom religiosa, mas o seu eleitorado é predominantemente conservador, existindo no seu seio setores com umha óptica religiosa sobre a natureza do judaismo e do Estado. As autoridades israelitas deste partido desouvem continuadamente as indicações contra o aborto realizadas polo Grande Rabinato.
Apesar de a despenalizaçom do aborto ser umha política legislativa que vai em contra dos interesses demográficos dos judeus em Israel, está firmemente estabelecida, como demonstra a rejeiçom da proposta referida linhas acima. Segundo cálculos recentes, em Israel realizaram-se mais de um milhom de abortos desde a sua totaldespenalizaçom.
Relativamente à questom do aborto, existe em Israel umha organizaçom chamada EFRAT. Presidida polo Eli Schussheim, na teoria é contrária ao aborto mas que nom o considera um problema ideológico (caso das organizações pró-vida filiadas à igreja católica), mas é um grupo "pró-eleiçom" que justifica o aborto por causas económicas ou psicológicas.
EFRAT defende a ideia de que nom se deve perder umha futura vida sem atender as consequências dumha decisom que, tomada numha situaçom muito difícil, possa tornar-se depois contra a consciência e a personalidade da mulher que decide abortar. Esta organizaçom presta ajuda económica às mulheres durante a gravidez e durante os doze meses após o nascimento do filho em princípio nom desejado. Também oferece o apoio e companhia nom apenas de assistentes sociais, mas de antigas abortistas potenciais que mudaram de opiniom.
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