Quem isto defende está errado e erram as pessoas por razões evidentes. É muito cómodo criar um inimigo único, quase mítico, perante o qual se pode colocar umha unidade ilusória, com a esperança de que se torne real nalgum dia. Nasser percebeu-o admiravelmente, -e que os meus amigos árabes me perdoem-, Hitler também. Contra Israel tornado em diabo, apenas o Egito (apenas a Alemanha!) à cabeça do mundo árabe, unificado sob a sua direçom e ao seu proveito (petróleo incluído), podia responder vitoriosamente. É o que confirma com honesta franqueza um sociólogo nasserista(1): "Para o Egito, esta unidade parece ser o único caminho para criar umha unidade regional árabe, dotada das fontes de matérias primas indispensáveis para o desenvolvimento dos territórios árabes, de complementar as economias...".
Mas Israel nom ameaça o mundo árabe mais do que a judeidade no tempo do Reich. O mito apenas é umha ajuda relativa e a realidade acaba impondo-se tarde ou cedo. O Egito nom conseguiu a unidade do mundo árabe, cuja realidade atual é provavelmente a constituiçom de várias nações. Na altura da sua morte o próprio Nasser achava em se ocupar mais seriamente do seu próprio país.
Mas Israel nom ameaça o mundo árabe mais do que a judeidade no tempo do Reich. O mito apenas é umha ajuda relativa e a realidade acaba impondo-se tarde ou cedo. O Egito nom conseguiu a unidade do mundo árabe, cuja realidade atual é provavelmente a constituiçom de várias nações. Na altura da sua morte o próprio Nasser achava em se ocupar mais seriamente do seu próprio país.
(1) Anouar Abdel Malek (1965)
Trecho tirado de "O sionismo, israel e o Terceiro Mundo: semelhanças, especificidades e afirmações nacionais", de Albert Memmi (1972).
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