Junho
O
Partido Republicano (PR) contempla numha resoluçom as solicitações do AZEC nos seguintes termos: "Para dar
refúgio a milhões de homens, mulheres e crianças judaicas aflitos, tirados dos
seus lares pola tirania, nós clamamos pola abertura da Palestina para a sua
imigraçom irrestrita e para a posse da terra, a fim de que, de acordo com o
total objetivo da Declaraçom Balfour, de 1917, e a resoluçom do Congresso de
1922, a Palestina possa ser constituída como um Estado livre e democrático. Nós
condenamos a falha do presidente em insistir que o mandatário sobre a Palestina
cumpra as medidas da Declaraçom de Balfour e o Mandato, enquanto ele pretende
apoiá-los".
3
de julho
Depois
de muitas hesitações, o governo britânico autoriza a criação dumha Brigada
Judaica. Até entom as autoridades britânicas receavam de criar umha força de
combate judaica temendo que se poderia tornar na base para umha revolta judia
contra o domínio britânico.
Julho
O
Partido Democrata (PD) inclui na sua plataforma o
programa sionista. Nem tanto por engajamento, mas polo temor a perder os votos
da comunidade judaica de Nova Iorque, estado tido como fundamental para ganhar
as eleições e densamento habitado por judeus.
Antes
da Convençom Democrata, Will Rosenblatt escreveu ao senador Wagner umha carta
nos seguintes termos: "Todos nós sentimos que é extremamente importante
que o programa para a Palestina seja incluído na plataforma Democrata... O
fracasso em ter tal programa na plataforma Democrata pode ferir seriamente o
Presidente [Roosevelt disputando a reeleiçom] no Estado de Nova Iorque, e pode
mesmo causar ao senhor algum prejuízo, embora eu sinta que o senhor está mais a
salvo no Estado. As chances do Presidente em Nova Iorque nom som tam boas
quanto as suas...".
9
de agosto
O
Congresso Mundial Judaico em Nova Iorque pede ao Departamento de Guerra o
bombardeamento dos fornos crematórios de Auschwitz.
14
de agosto
O
Departamento de Guerra recusa o pedimento do Congresso Mundial Judaico relativamente à destruiçom dos campos de extermínio nazis.
Agosto
Durante
um encontro com Nahum Goldmann, o embaixador soviético em México, K. Umanski,
declarou que personalmente como “russo e judeu”, nom como embaixador, achava
que este país apoiaria um estado judeu na Palestina.
Durante
esse verão, o representante da Agência Judaica no Cairo, Eliahu Epstein, que
teve vários encontros com o cônsul soviético Daniil Solod, teve a impressom de
que Moscovo “quer saber mais sobre nós do que no passado”. Ele recomendou a Ben
Gurion travar relações com a URSS “mesmo
se esses laços produziram até o momento magros resultados concretos”.
Os
partidos democrata e republicano incluem nos seus programas políticos aprovados nas convenções celebradas nessa altura o
programa sionista para as eleições legislativas e presidenciais desse ano.
Novembro
Um
relatório do Departamento do Próximo Oriente para o Vice-comissário dos
Negócios Estrangeiros, Vladimir Dekanozov, expressa o seguinte sobre a criaçom
dum Estado judeu na Palestina:
“As
organizações sionistas na Palestina estám a fazer todos os esforços para
estabelecer ligações com as nossas missões no Próximo Oriente, contando que
eles vam ganhar o apoio da URSS para a criaçom dum Estado judeu na Palestina.
No entanto, dando esse apoio, sem dúvida, irá causar umha reaçom desfavorável
da populaçom árabe, nom só na Palestina, mas em todos os outros países árabes.
Além disso, os britânicos, levando em conta o recente assassinato de Lorde Moyne
no Cairo nesta altura nom querem prometer nada que altere o estatuto atual da
Palestina como território mandato. Nós temos interesses patrimoniais
consideráveis na Palestina, nomeadamente do antigo governo russo, a Missom
Eclesiástica e a Sociedade Palestina, que deveriam ser devolvidos ao Estado
soviético. A resoluçom bem sucedida desta questom só pode ser alcançada se a
atitude britânica é favorável, umha vez que se encargaram desta propriedade no
momento. Tendo em conta isto, nom seria muito proveitoso para nós nesta altura
fazer quaisquer promessas de apoio aos judeus, que os ingleses tomariam como um
movimento contra eles”.
Claramente,
os soviéticos nom queriam dar um golpe no Império Britânico antes do final da
guerra. No seu relatório, os diplomatas nom notam qualquer oposiçom ideológica
ao sionismo, a sua posiçom era mais tática do que baseada em princípios.
Roosevelt
(no poder desde 1932) é reeleito presidente dos EUA com o apoio de 90% da
votaçom judia (53% do voto total).
18
de novembro
John
J. McCloy, Assessor da Secretária de Guerra, explica a John W. Pehle, o diretor
do Conselho de Refugiados de Guerra, recusando a autorizaçom por parte do Departamento de Guerra ao bombardeamento de Auschwitz, sob a seguinte razom: que o ataque
desviaria o apoio aéreo para o esforço de guerra. Na sua comunicaçom, o Departamento também alega
que o campo estava além do alcance máximo dos bombardeiros localizados na
Grã-Bretanha, a França ou a Itália. [Mas] estas afirmações eram falsas: em
julho de 1944, os Aliados iniciaram umha série de ataques aéreos na indústria
de petróleo sintético da Alemanha, localizada na Alta Silésia perto de
Auschwitz. Em 20 de agosto, 127 Fortalezas Voadoras deixaram cair milhares de
quilos de explosivos nas áreas de fábrica de Auschwitz, que estavam a menos de
cinco milhas das câmaras de gás. Três semanas depois, os EUA alvejaram essas
mesmas posições. Desta vez, duas bombas acidentalmente cairam perto das
instalações de matar e umha realmente danificou umha linha ferroviária que
conduz às câmaras de gás.
28
Novembro
O
Congresso norte-americano aprova umha resoluçom (depois de ser emendada) em favor
da criaçom dum "Estado democrático" na Palestina do que é eliminada a
palavra "judeu" e sobre a tomada por parte dos EUA das "medidas
necessárias". Devido a isso, a resoluçom tornou-se inócua, descontentando
os sionistas. Graças à colaboraçom de Sol Bloom, o presidente conseguiu
negociar essas modificações, mas em seguida foi avaliado que a resoluçom seria
aprovada facilmente no Senado, entom o governo teve de interferir, utilizando
argumentos diplomáticos.
Assim, o Departamento de Estado informou ao Comité de Relações Exteriores do Senado que a aprovaçom da resoluçom (a equivalente que fora apresentada concomitantemente na Câmara) seria imprudente, diante da situaçom internacional daquele momento. A resoluçom foi, entom, adiada. Os sionistas continuavam a ter dificuldades em arrancar um compromisso da Administraçom.
Fontes
<<anterior
Assim, o Departamento de Estado informou ao Comité de Relações Exteriores do Senado que a aprovaçom da resoluçom (a equivalente que fora apresentada concomitantemente na Câmara) seria imprudente, diante da situaçom internacional daquele momento. A resoluçom foi, entom, adiada. Os sionistas continuavam a ter dificuldades em arrancar um compromisso da Administraçom.
Fontes
<<anterior
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