Israel rebaixa laços com o Brasil após recusa em aprovar novo embaixador
Entenda o que aconteceu.
Na última segunda-feira, 25 de agosto, Israel anunciou que retirou o pedido de nomeação de um novo embaixador no Brasil. A decisão foi tomada após o governo brasileiro se recusar a aprovar a diplomata Gali Dagan.
Por isso, o Ministério de Relações Exteriores de Israel declarou que os laços com Brasília estão sendo conduzidos "em um nível inferior".
"Após o Brasil, excepcionalmente, se abster de responder ao pedido de agrément do embaixador Dagan, Israel retirou o pedido, e as relações entre os países estão sendo conduzidas em um nível diplomático inferior", diz um comunicado do ministério.
Israel criticou a "linha crítica e hostil que o Brasil tem demonstrado em relação a Israel" desde o 7 de outubro de 2023 e afirmou que essa tendência "foi intensificada" por declarações do presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva no ano passado.
Em fevereiro de 2024, Israel declarou Lula "persona non grata", após o presidente brasileiro acusar o país de cometer um genocídio em Gaza, afirmando que o único paralelo histórico era "quando Hitler decidiu matar os judeus".
Israel Katz, ministro de Relações Exteriores na ocasião, levou o embaixador brasileiro Frederico Meyer ao Yad Vashem, Museu do Holocausto de Jerusalém, como forma de reprimenta.
O ato foi considerado pelo Brasil uma humilhação diplomática. O governo Lula, então, chamou de volta o embaixador em Israel e ainda não nomeou um substituto. Agora, o Brasil também fica sem um embaixador israelense no posto.
Celso Amorim, assessor de Assuntos Internacionais da Presidência, confirmou que a falta de resposta foi uma retaliação ao caso de fevereiro de 2024.
"Não houve veto. Pediram um agrément e não demos. Não respondemos. Simplesmente não demos. Eles entenderam e desistiram. Eles humilharam nosso embaixador lá, uma humilhação pública. Depois daquilo, o que eles queriam?", disse Amorim.
Fonte: Instituto Brasil Israel (IBI)
Sem comentários:
Enviar um comentário