sexta-feira, 10 de maio de 2024

ACAMPADAS NOS CÁMPUS CHEGAM A PORTUGALIZA

 Na vanguarda do copianço das elites dos EUA, o movimento estudantil pró-palestinianao (leia-se: anti-Israel) nas universidades norte-americanas rapidamente se espalhou por todo o mundo e os estudantes portugalegos também se manifestam em defesa do fim da guerra em Gaza e contra Israel.


7 de maio: Lisboa

Desde a manhã de 7 de maio, cerca de 30 estudantes da Faculdade de Psicologia, na Cidade Universitária da Universidade de Lisboa (ULisboa), acamparam pertrechados com cartazes no átrio do edifício, exigindo o fim da guerra na Faixa de Gaza e dos combustíveis fósseis. 



Acampamento dos estudantes pró-palestinianos em Lisboa


Os acampados, que contam pernoitar durante os próximos dias, exigem um “cessar-fogo imediato” em Gaza e “o corte total de relações diplomáticas, políticas e financeiras com Israel”.


“A comunidade internacional nom está a fazer suficiente no sentido de boicotar financeiramente Israel, para fazer pressom para parar com o genocídio”, afirma Catarina Bio, porta-voz da ocupaçom. “As empresas estão a lucrar com o genocídio que está a acontecer.”


“Precisamos de marcar terreno e mostrar que nom estamos passivos”, sublinha Beatriz Gomes, representantes do movimento de Estudantes pela Justiça na Palestina,



O protesto estendeu-se da Faculdade de Psicologia ao Instituto de Educação. Surpreendidos pola manifestaçom, os diretores das duas escolas da Universidade de Lisboa confirmaram que o funcionamento normal das aulas nom foi afetado.


8 de maio: Porto e Coimbra

A 8 de maio, os protestos chegam à Universidade do Porto (UPorto) e pedem corte com empresas israelitas. O protesto, organizado  polo coletivo Estudantes em Defesa da Palestina, criado em março último, exige “o rompimento das relações académicas da universidade com instituições sionistas israelitas”, começa por explicar Bárbara Molnar, criadora do projecto.

Assentada à porta da Reitoria da UPorto | BE

“Vimos o que está a acontecer nos Estados Unidos e isso foi o pontapé de saída para a mobilizaçom”, refere. Os estudantes procuraram ligações entre a UPorto e empresas israelitas, seja através de “troca de conhecimento, de verba ou de dinheiro” e querem “entregar em mãos a algum representante da universidade” umha carta que prepararam para o reitor.


Nesse dia também decorreu em Coimbra umha assentada no Largo D. Dinis. O grupo ativista Coimbra pela Palestina, reivindica o “cessar-fogo imediato, o apoio à queixa apresentada contra Israel no Tribunal Internacional de Justiça, o corte de relações diplomáticas e financeiras com Israel, o reconhecimento do Estado palestiniano e a criaçom dum Estatuto Especial de Refugiado Palestiniano, o fim ao fóssil até 2030 e eletricidade 100% renovável e gratuita até 2025”.


9 de maio: Galiza

Agora, a 9 de maio, chegou a vez da Galiza e umha dúzia estudantes e ativistas do BDS montaram umha acampada indefinida no Cámpus de Elvinha, entre as faculdades de Direito e Educaçom da Universidade da Corunha (UDC), com exigências de rutura das relações diplomáticas e académicas com Israel e umha Palestina árabe do rio ao mar. Por enquanto, tanto na Universidade de Santiago de Compostela (USC) quanto na Universidade de Vigo (UVigo) ainda nom foram organizadas acampadas.




Acampamento estudantil na UDC

Apesar de o movimento nacionalista galego ter-se vangloriado converter a Galiza na naçom ocupada polo Reino de Espanha que mais se mobilizou em prol da "resistência palestiniana" em Gaza, as universidades galegas estão na retaguarda do movimento. Na Universidade de Santiago de Compostela (USC), o sindicato Erguer convocou o 9 de maio umha assembleia aberta "para podermos coletivamente organizar ações contra o genocídio palestiniano".

Así mesmo, o Erguer convocou concentrações o 14 de maio nas sete cidades galegas con cámpus universitario para reclamar às tres universidades públicas galegas do SUG (Sistema Universitário Galego) "que se engajem a rachar relações com as universidades israelitas e desenvolver relações de solidariedade acadêmica com a Palestina".

O sindicato Erguer reclama que as universidades do SUG "se posicionem em favor dum cessar-fogo imediato e permanente e do fim das agressões israelitas contra o povo palestiniano" e condenem publicamente "a repressom que se está a produzir" contra as manifestações violentas de solidariedade com o povo palestiniano acarretou o despejo de acampamentos e a detençom de estudantes por parte das forças de segurança em países como os EUA, França, Alemanha e Países Baixos. Também se pede que as três universidades do SUG "denunciem de maneira certa a destruiçom das universidades palestinianas na Faixa de Gaza, bem como os ataques contra a sua comunidade universitária".

Cartaz do sindicato Erguer: "O estudantado galego com o povo palestiniano"


Na esteira do movimento estudantil anti-Israel importado das elites intelectuais do wokismo "made in USA", o sindicato anti-imperialista galego Erguer-Estudantes da Galiza celebra "a vaga de solidariedade que se está gestar nas universidades de todo o mundo". O sindicato universitario nacionalista alerta da "intensificaçom do massacre que está a perpetrar o Estado de Israel contra o povo palestiniano" e denuncia que os governos dos EUA e da UE "exercem de cúmplices necessarios e olham para outro lado, enquanto condenam qualquer ato de resistência palestiniana e mantêm relações diplomáticas e comerciais con o estado sionista".


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