Na vanguarda do copianço das elites dos EUA, o movimento estudantil pró-palestinianao (leia-se: anti-Israel) nas universidades norte-americanas rapidamente se espalhou por todo o mundo e os estudantes portugalegos também se manifestam em defesa do fim da guerra em Gaza e contra Israel.
7 de maio: Lisboa
Desde a manhã de 7 de maio, cerca de 30 estudantes da Faculdade de Psicologia, na Cidade Universitária da Universidade de Lisboa (ULisboa), acamparam pertrechados com cartazes no átrio do edifício, exigindo o fim da guerra na Faixa de Gaza e dos combustíveis fósseis.
Acampamento dos estudantes pró-palestinianos em Lisboa |
Os acampados, que contam pernoitar durante os próximos dias, exigem um “cessar-fogo imediato” em Gaza e “o corte total de relações diplomáticas, políticas e financeiras com Israel”.
“A comunidade internacional nom está a fazer suficiente no sentido de boicotar financeiramente Israel, para fazer pressom para parar com o genocídio”, afirma Catarina Bio, porta-voz da ocupaçom. “As empresas estão a lucrar com o genocídio que está a acontecer.”
“Precisamos de marcar terreno e mostrar que nom estamos passivos”, sublinha Beatriz Gomes, representantes do movimento de Estudantes pela Justiça na Palestina,
O protesto estendeu-se da Faculdade de Psicologia ao Instituto de Educação. Surpreendidos pola manifestaçom, os diretores das duas escolas da Universidade de Lisboa confirmaram que o funcionamento normal das aulas nom foi afetado.
8 de maio: Porto e Coimbra
A 8 de maio, os protestos chegam à Universidade do Porto (UPorto) e pedem corte com empresas israelitas. O protesto, organizado polo coletivo Estudantes em Defesa da Palestina, criado em março último, exige “o rompimento das relações académicas da universidade com instituições sionistas israelitas”, começa por explicar Bárbara Molnar, criadora do projecto.
Assentada à porta da Reitoria da UPorto | BE |
“Vimos o que está a acontecer nos Estados Unidos e isso foi o pontapé de saída para a mobilizaçom”, refere. Os estudantes procuraram ligações entre a UPorto e empresas israelitas, seja através de “troca de conhecimento, de verba ou de dinheiro” e querem “entregar em mãos a algum representante da universidade” umha carta que prepararam para o reitor.
Nesse dia também decorreu em Coimbra umha assentada no Largo D. Dinis. O grupo ativista Coimbra pela Palestina, reivindica o “cessar-fogo imediato, o apoio à queixa apresentada contra Israel no Tribunal Internacional de Justiça, o corte de relações diplomáticas e financeiras com Israel, o reconhecimento do Estado palestiniano e a criaçom dum Estatuto Especial de Refugiado Palestiniano, o fim ao fóssil até 2030 e eletricidade 100% renovável e gratuita até 2025”.
Agora, a 9 de maio, chegou a vez da Galiza e umha dúzia estudantes e ativistas do BDS montaram umha acampada indefinida no Cámpus de Elvinha, entre as faculdades de Direito e Educaçom da Universidade da Corunha (UDC), com exigências de rutura das relações diplomáticas e académicas com Israel e umha Palestina árabe do rio ao mar. Por enquanto, tanto na Universidade de Santiago de Compostela (USC) quanto na Universidade de Vigo (UVigo) ainda nom foram organizadas acampadas.
Acampamento estudantil na UDC |
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