sexta-feira, 5 de fevereiro de 2021

APESAR DA VACINAÇOM MACIÇA A TAXA DE INFEÇOM NOM RECUA EM ISRAEL

 Com Israel prestes a sair dum bloqueio de quatro semanas e com a sua taxa de infeçom por coronavírus mais alta que antes (esta semana o número de óbitos atingiu os 5.000), os 39 partidos inscritos para as eleições sem dúvida adotarám como grito de guerra acusações de gestom caótica da crise pandêmica. Essas acusações foram amplamente alimentadas pola maneira como os dous segmentos rivais do governo de coalizão entre o Likud e Azul e Branco lidaram com o dilema de como dar cabo do bloqueio que terminou na noite de quinta-feira 4 de fevereiro. Eles foram confrontados com uma maré de desafio popular a quaisquer outros bloqueios que correspondessem ao índice alarmante de infeçom.

Hoje o Estado de Israel notificou 5238 novos casos de Covid-19 (7919 na manhã de quarta-feira). O número de doentes graves é de 1101, o número de mortos é de 5020.  A variante britânica da Covid-19 é considerada responsável por cerca de 70% de infeções e do último aumento do vírus em Israel e noutros lugares, nomeadamente Portugal, mas o Sars-Cov-2 está a sofrer mutações e produzindo mais cepas desconhecidas. Isso deixa os especialistas em saúde perplexos e sem soluçom, exceto instar as pessoas a se apressarem e se vacinarem, admitindo, no entanto, que o ritmo inigualável de vacinação ainda nom acompanha a elevada taxa de reproduçom vírica.

Campanha de vacinaçom

Ao todo, 5,340 milhões de israelitas receberam a sua primeira dose de vacinaçom (61,66% da populaçom) e 1,853 milhões, a segunda (34,7%). O Ministério da Saúde também anunciou que o programa de vacinaçom será aberto a todas as faixas etárias e categorias nos próximos dias, depois que a resposta do público abaixo dos 50 anos começa a desacelerar.

Encerramento com o exterior

O Knesset aprovou na quarta-feira 3 de fevereiro a lei o fechamento do aeroporto Ben Gurion e todos os outros pontos de entrada no país para impedir a entrada de mais variantes do coronavírus. A lei é válida por um “período prolongado” e pode ser suspensa ou reimposta conforme a necessidade. 

A economia israelita está em frangalhos, centenas de milhares de empresas e empregos foram perdidos para sempre e os danos para os filhos e pais que ficaram há muito tempo confinados em casa podem ser irreparáveis. 

Tribulado fim do confinamento

Na quarta-feira o Gabinete do Coronavirus, junto com o diretor-geral do Ministério da Saúde, Hezi Levi, recomendaram o alargamento do bloqueio do país de quinta-feira, quando expira, para a meia-noite de domingo. Porém, esta decisom esteve bloqueada por 48 horas polas disputas entre o primeiro-ministro Binyamin Netanyahu, que apoiou a recomendaçom do Ministério da Saúde em manter o bloqueio por mais um fim de semana, e o Ministro da Defesa, Benny Gantz, que exigiu umha saída gradual das restrições para começar sem demora.

Eles finalmente concordaram em dar cabo com o confinamento na manhã de domingo. Mesmo assim, as decisões foram incompletas. Permitiram a circulaçom do público além de um raio de um quilômetro, e a reabertura de lojas de rua, cabeleireiros e escritórios sem acesso ao público. Mas eles deixaram a decisom vital sobre escolas, restaurantes e shoppings para outra turbulenta sessom de gabinete.

As autoridades de saúde israelitas estám relutantes em recomendar mais do que uma reabertura muito parcial das escolas (creches e níveis 1ª-4ª e 11ª-12ª) nos distritos de infeçom “verde” e “amarelo”, sem data. Mesmo assim, mais de 60% de todas as crianças em idade escolar seriam condenadas a ficar isoladas em casa. A maioria desistiu da luta frustrante com o ensino à distância. Ao mesmo tempo, dezenas de professores recusam-se a tomar vacinas contra o vírus e reclamam que a pressom para fazê-lo viola as suas liberdades civis.

Cura esperançosa

Um país desesperado por boas notícias soube na quinta-feira que umha cura esperançosa para a Covid-19 obteve 95% de sucesso no seu primeiro ensaio de Fase 1 em seres humanos no Centro Médico Ichilov em Telavive. Ainda há um caminho a percorrer antes que o inovador EXO-CD24 do Prof. Nadir Arber seja estabelecido como a primeira cura mundial para o vírus mortal. Desenvolvida para tratar certos tipos de cancro, a substância é facilmente administrada por inalador e de produçom relativamente barata. Funcionou maravilhosamente bem com os seus primeiros 30 voluntários com coronavírus gravemente enfermos, 29 dos quais melhoraram nalguns dias e logo tiveram alta do hospital.

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