A seguir reproduz-se, na íntegra, a Declaraçom institucional sobre o Día de lembrança anual em Memória das Vítimas do Holocausto lida no dia 27 de janeiro durante o Pleno do Parlamento da Galiza.
Em 1 de novembro de 2005, a Assembleia geral das Nações Unidas, na sua 42ª sessom plenária, reafirmou que o Holocausto, que teve como resultado que um terço do povo judeu e inúmeros membros doutras minorias morreram assasinados, será sempre umha advertência para todo o mundo dos perigos do ódio, o fanatismo, o racismo e os prejuízos.
E também decidiu designar o 27 de janeiro, em lembrança da libertaçom polas tropas soviéticas aliadas do Campo de Extermínio de Auschwitz-Birkenau no dia 27 de janeiro de 1945, como Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto, todas elas vítimas do nazismo, entre quais se contam também galegos e galegas.
O Holocausto é o resultado dum programa de perseguiçom, encarceramento e extermínio levado a cabo polo nazismo que assasinou mais de seis millões de pessoas. Teve a sua origem na tentativa de eliminaçom da dissidência política e ideológica e derivou num genocídio que contou com a colaboraçom da Ditadura franquista e que perseguiu miles de homens e mulheres que fugiram do Estado espanhol depois da derrota da República em 1939 e após a instauraçom dum regime fascista.
Em particular, este Parlamento quer lembrar os mais de 10.000 republicanos espanhóis que foram deportados nos campos nazistas pola colaboraçom do ditador Francisco Franco com o nazismo alemão e o fascismo italiano. Segundo algumhas fontes historiográficas, perto de 200 deles eram originários da Galiza e morreram lá ou foram liberrados mas nunca puderam regressar porque a ditadura franquista, que lhes retirara previamente a nacionalidade, negou-lhes o direito a regressarem ao seu país de origem.
Por todo isto, o Parlamento da Galiza faz sua a declaraçom da Assembleia Geral das Nações Unidas na que rejeitou toda negaçom, quer parcial, quer total, do Holocausto como facto histórico. E condenou sem reservas, condenaçom que também este Parlamento faz sua, todas as manifestações de intolerância religiosa, incitaçom, assédio ou violência contra as pessoas ou comunidades com base na origem étnica ou nas crenças religiosas, e tenham lugar onde tiverem lugar.
Apela à Junta para trabalhar arreu contra os possíveis surtos de racismo, xenofobia, antissemitismo e outras discriminações baseadas na origem étnica ou nas crenças religiosas, e os cidadãos e as suas organizações a estarem vigiantes para que nunca mais um regime como o que produziu o Holocausto possa assentar entre nós nem em nengum lugar do mundo.
Santiago de Compostela, 27 de janeiro de 2021
Fonte: Parlamento galego
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