Freguesia portuguesa do concelho do Sabugal e com 120 habitantes.
Vilar Maior foi vila e sede de concelho entre 1296 e 1855. À época da Reconquista cristã da península Ibérica, a sua posiçom teve valor estratégico, na fronteira entre cristãos e muçulmanos.
Possui um castelo medieval, cuja primeira referência é datada de segunda metade do século XI, imediatamente após a campanha das Beiras, promovida por Fernando Magno (1139). Segundo essa vertente, a sua (re)construçom inscreve-se no quadro de expansom do reino de Galécia-Leom. Outros, entretanto, atribuem a sua (re)construçom a Afonso VIII de Galécia-Leom, tendo a cerca da vila sido erguida desde o final do século XIII, o que atesta a sua importância regional à época.
Integrante do território de Ribacôa, disputado a Leom por D. Dinis (1279-1325), este soberano passou foral à povoaçom em novembro de 1296, quando a terá conquistado. A sua posse definitiva para Portugal, entretanto, só foi assegurada polo Tratado de Alcanices (1297), a partir de quando o soberano procurou consolidar as fronteiras na regiom, fazendo reedificar os castelos de Alfaiates, Almeida, Castelo Bom, Castelo Melhor, Castelo Mendo, Castelo Rodrigo, Pinhel, Sabugal e este, de Vilar Maior.
Com a paz, a fortificaçom perdeu importância e começaram a sentir-se dificuldades de povoamento. Visando reverter esse quadro, em meados do século XV, a vila recebeu o privilégio de couto de homiziados (1440), visando atrair moradores. Polo mesmo motivo, D. Manuel I (1495-1521) concedeu-lhe o Foral Novo (1510).
Vilar Maior foi vila e sede de concelho entre 1296 e 1855. À época da Reconquista cristã da península Ibérica, a sua posiçom teve valor estratégico, na fronteira entre cristãos e muçulmanos.
Possui um castelo medieval, cuja primeira referência é datada de segunda metade do século XI, imediatamente após a campanha das Beiras, promovida por Fernando Magno (1139). Segundo essa vertente, a sua (re)construçom inscreve-se no quadro de expansom do reino de Galécia-Leom. Outros, entretanto, atribuem a sua (re)construçom a Afonso VIII de Galécia-Leom, tendo a cerca da vila sido erguida desde o final do século XIII, o que atesta a sua importância regional à época.
Integrante do território de Ribacôa, disputado a Leom por D. Dinis (1279-1325), este soberano passou foral à povoaçom em novembro de 1296, quando a terá conquistado. A sua posse definitiva para Portugal, entretanto, só foi assegurada polo Tratado de Alcanices (1297), a partir de quando o soberano procurou consolidar as fronteiras na regiom, fazendo reedificar os castelos de Alfaiates, Almeida, Castelo Bom, Castelo Melhor, Castelo Mendo, Castelo Rodrigo, Pinhel, Sabugal e este, de Vilar Maior.
Com a paz, a fortificaçom perdeu importância e começaram a sentir-se dificuldades de povoamento. Visando reverter esse quadro, em meados do século XV, a vila recebeu o privilégio de couto de homiziados (1440), visando atrair moradores. Polo mesmo motivo, D. Manuel I (1495-1521) concedeu-lhe o Foral Novo (1510).
Existem indícios de presença judaica em Vilar Maior entre os séculos XV e XVI.
Judiaria de Vilar Maior. Ao fundo o castelo. GoogleMaps |
R. da Costa na Judiaria de Vilar Maior. GoogleMaps |
Armário judaico de Vilar Maior. Maria Virgínia Magro. |
Armário judeu de Vilar Maior. Maria Virgínia Magro. |
Parte traseira do armário judeu de Vilar Maior. Maria Virgínia Magro. |
Na mesma casa, ao lado do armário, som visíveis duas portas para o mesmo espaço. Numha primeira observaçom poder-se-ia atribuir este cenário a umha sinagoga onde era comum haver duas entradas, umha para os homens e outra para as mulheres.
As duas portas no interior da casa. Maria Virgínia Magro. |
Exclui-se, assim, a hipótese de se tratar dumha sinagoga, preferindo interpretar este espaço como uma casa onde o culto judaico era praticado secretamente.
Atualmente, este edifício apresenta o Hejal, as duas entradas diferenciadas, uma para os homens e outra para as mulheres, e um altar em granito onde seria guardada a Torah, a Arón Há-Kodesh, arca sagrada.
Ainda nesta rua som visíveis alguns vestígios gravados na pedra da presença desta comunidade, nomeadamente o candelabro de sete braços gravado ao contrário nas ombreiras e soleiras das portas, simulando umha cruz no pé do candelabro.
Em habitações de Vilar Maior som proliferam marcas cruciformes frisamos já a proliferaçom, sendo bem visíveis dous núcleos na aldeia: um inserido entre a Rua da Costa e Rua da Igreja; e outro, a cota inferior, entre o Largo das Portas e a Avenida das Escolas. A dispersom destas marcas pode afastar a ideia de se tratar dumha judiaria.
Marca judaica na Rua da Costa, nº 12. Maria Virgínia Magro. |
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