Vila portuguesa pertencente à regiom da Estremadura, com cerca de 10.800 habitantes.
Em 1212 Alenquer é entregue a D. Sancha, filha d'el-rel D. Sancho, que no mesmo ano lhe atribui foral. D. dinis concederá novo foral em 1302, reformado em 1510 por D. Manuel.
Durante a Idade Média viu assentar a primeira comunidade judaica. Esta enraizou-se numha zona do centro histórico que ainda hoje preserva os nomes de Rua, Travessa e Beco da Judiaria.
Em 1212 Alenquer é entregue a D. Sancha, filha d'el-rel D. Sancho, que no mesmo ano lhe atribui foral. D. dinis concederá novo foral em 1302, reformado em 1510 por D. Manuel.
O topónimo «Judiaria» resistiu em Alenquer ao passar dos séculos e continua a identificar o bairro judeu inserido na zona histórica da vila. GoogleEarth |
Rua da Judiaria de Alenquer. GoogleMaps |
Travessa da Judiaria de Alenquer. GoogleMaps |
Beco da Judiaria de Alenquer. GoogleMaps |
Arruamentos da Judiaria de Alenquer. GoogleMaps |
Os ofícios mais correntes destes correspondiam ao que era normal noutras comunas: alfaiates, ferreiros, sapateiros e diversos artesãos. Existem dados históricos que comprovam a força económica dos Judeus de Alenquer, já que chegaram a contribuir com umha das mais elevadas taxas (impostas) para o reino superando as comunas de Santarém, Leiria, Torres Novas, Abrantes, Lamego, Porto, Ponte de Lima, Tomar, Setúbal ou Coimbra e sendo apenas superada polas de Lisboa, Beja, Guarda e Moncorvo.
Alenquer é a terra de Damião de Góis, que, nom sendo judeu, foi umha das mais famosas vítimas da Inquisiçom. Teve dous processos e foi por isso preso (1571). Este humanista e historiador, grande personalidade do renascimento chegou a ser nomeado guarda-mor dos Arquivos Reais da Torre do Tombo. Em 1560 mandou restaurar a Igreja de Stª. Maria da Várzea, local que preparara para o receber após a morte (1574). Em meados do séc. XX, a capela com o seu túmulo foi trasladada para a Igreja de S. Pedro.
O cemitério (autónomo do cristão) da comunidade situava-se muito perto desta Igreja da Várzea, também extramuralhas e no local onde no princípio do século XIX veio a ser construída a hoje virtual Real Fábrica do Papel. Adro dos Judeus era o nome polo qual esta zona era conhecida no séc. XV.
A teor da presença de comunidades judaicas na zona histórica da vila, o município de Alenquer aderiu à Rede de Judiarias de Portugal – Rota Sefarad, com o objetivo de reabilitar o património relacionado com a herança judaica e de estabelecer políticas de promoçom turística e cultural entre as entidades aderentes.
A teor da presença de comunidades judaicas na zona histórica da vila, o município de Alenquer aderiu à Rede de Judiarias de Portugal – Rota Sefarad, com o objetivo de reabilitar o património relacionado com a herança judaica e de estabelecer políticas de promoçom turística e cultural entre as entidades aderentes.
Travessa da Judiaria de Alenquer (à direita, Rua da Judiaria).
GoogleMaps
|
Sem comentários:
Enviar um comentário