O primeiro-ministro turco, o islamista Tayyip Erdogan, acusa Israel de estar por trás do golpe de Estado no Egito que derrocou o presidente islamita, Mohamed Morsi. "Israel está por trás do golpe no Egito, temos documentos que o demonstram", assegurou no dia 20 de agosto o mandatário turco num ato político junto de dirigentes regionais do seu partido, o islamita Justiça e Desenvolvimento (AKP).
Segundo o primeiro-ministro turco, Israel está por trás do golpe de Estado no Egito. |
Erdogam nom pormenorizou a natureza desses documentos, mas sustentou a sua afirmaçom numha conversaçom que em 2011 manteve um ministro de justiça turco com um "intelectual judeu francês", que nom identificou, quem, segundo ele, teria dito: "Embora a Irmandade Muçulmana ganhe as eleições no Egito, nom poderám governar, porque a democracia nom som apenas as urnas".
Erdogan e o seu regime caracteriza-se nos últimos tempos como um virulento oponente de Israel, gerando controvérsias com declarações consideradas como antissemitas.
O governo islamita turco acusou recentemente o "lobby da taxa de juro" de estar por trás do movimento maciço de protesto dos seculares em Istambul. Também equiparou o sionismo com o fascismo e habitualmente acusa Israel de estar a realizar umha campanha "genocida" contra os palestinianos.
Erdogan criticou durante grande parte do seu discurso a repressom no Egito e o regime "ditatorial" do general Abdel Fatah al-Sisi, ao tempo que lamentou a morna reaçom de muitos países islâmicos relativamente à destituiçom do islamita Morsi.
No passado dia 18 Erdogan qualificou a repressom das manifestações no Egito como "terrorismo de Estado", referindo que nom existe diferença entre os regimes do Cairo e Damasco.
"Que o mundo ouça: os templos som invioláveis. Mas tanto na Síria quanto no Egito queimam e destroem as nossas mesquitas. Quer Bashar al-Assad, quer Abdle Fatah al-Sisi, entre estes dous nom há diferença. Nem existe diferença entre os que apoiam a um ou ao outro", frisou Erdogan noutro encontro. Paradoxalmente, Israel é acusado de defender as forças anti-Assad no conflito sírio.
De resto, o primeiro-ministro turco apelou os seus partidários para se organizarem para as próximas eleições locais, previstas para março, assegurando que o seu partido "tem projeto para miles de anos". "Doze anos nom som muito para um partido, mas a açom do nosso movimento nom é de doze anos: o nosso é claramente um partido de miles de anos". Segundo Erdogan os próximos três fitos para o seu partido vam ser 2023, ano do primeiro centenário da República turca, 2053, 600 anos desde a tomada de Constantinopla polos otomanos e 2071, milénio da batalha de Manzikert em que o Império bizantino derrotou a Dinastia seljúcida.
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