À medida que a classe operária judaica foi sumindo nos anos após a Segunda Guerra mundial, também o fizeram as
suas instituições e movimentos políticos. O Arbeter Ring na Inglaterra, por
exemplo, esmoreceu e o sindicalismo judeu nos EUA deixaram de ser uma força
importante nos finais da década de 1950.
Os judeus continuaram a ser
proeminentes apenas nos movimentos socialistas da França e do Reino Unido, país
onde se viu incrementada a participaçom judia no movimento trabalhista, tanto
nos governos (mormente em 1945-51 e 1964-70), quanto no número de deputados
trabalhistas judeus eleitos no Parlamento (4 em 1935, 26 em 1945, 36 em 1966 e
30 em 1970). Ao contrário, a Shoah e a tomada comunista de parte da Europa do
Leste reduziram grandemente a participaçom judia nas políticas socialistas, salvo o caso de Bruno Kreisky, Chanceler da Áustria entre 1970-83.
Apesar deste esmorecimento ainda existem alguns vestígios da classe trabalhadora judia hoje, entre os quais o
Comité Trabalhista Judeu e o jornal Forward em Nova Iorque, o Bund em Melbourne
(Austrália) ou os Amigos Trabalhistas de Israel no Reino Unido.
Enquanto isso, as décadas de 1960 e
de 1980 viram um ressurgimento do interesse na herança cultural e na identidade
étnica judia, renovando-se o interesse entre os judeus assimilados ocidentais
pola cultura da classe trabalhadora judia e polas tradições radicais do passado
judeu. Isso levou a um crescimento dum novo tipo de organizações judaicas
radicais, interessadas tanto na cultura iídiche, como na espiritualidade judia
ou a justiça social. Por exemplo, na década de 1980-1992 uma organizaçom, A Nova
Agenda Judia, funcionou como umha organizaçom progressista com a missom de
atuar como umha "voz judia na esquerda e umha voz de esquerda na
comunidade judaica”. O Grupo de Socialistas Judeus no Reino Unido ou e Tikkun
do rabino Michael Lerner continuaram esta tradiçom, embora mais recentemente
grupos como Jewdas e Heeb Magazine tomaram umha abordagem ainda mais eclética e
radical da judeidade. Na Bélgica, a Union des Progressistes Juifs de Belgique
é, desde 1969, o herdeiro do movimento Judeu Comunista e Solidariedade Bundista
da Resistência belga, acolhendo a causa dos desertores israelitas ou imigrantes
ilegais na Bélgica.
Na última década no EUA o voto judeu foi para os democratas por 76-80% em cada eleição, pondo em destaque que a
maioria dos judeus norte-americanos estám mais encorajados com posturas avançadas do que com o conservadorismo.
A África do Sul é também um país
cuja comunidade judia é aderente à esquerda, sendo Helen Suzman a mais famosa
dos seus membros. No entanto, tem havido importantes militantes comunistas no
seio do movimento de libertaçom africano anti-apartheid (Denis Goldberg, Lionel Bernstein e Arthur Goldreich).
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