1940
Fevereiro
Têm
lugar os primeiros contatos entre as autoridades soviéticas e sionistas
relativamente à situaçom dos refugiados judeus que a URSS absorvera depois do
pacto Molotov-Ribbentrop e assuntos de imigraçom.
O
rabino chefe da Palestina, Isaac Halevi Herzog teve um encontro com o
embaixador soviético em Londres, Ivan Maisky, para solicitar vistos de trânsito
para estudantes de escolas religiosas que abandonaram a Polónia para a Lituánia
que queriam emigrar para a Palestina.
Outubro
Os
líderes sionistas decidem contatar com os diplomatas soviéticos em Londres e
Washington com o intuito de enviar umha delegaçom para Moscovo que discutisse o
problema dos judeus polacos refugiados na Uniom Soviética.
1941
Janeiro
Chaim
Weizmann, Presidente da Organizaçom Mundial Sionista (WZO) encontra-se com Ivan
Maisky. Depois de sugerir que a URSS poderia trocar laranjas palestinas por
peles em Nova Iorque, Weizman adianta os seus planos futuros sobre a Palestina.
Em resposta, Maisky afirmou que teria de haver umha troca de populações para
estabelecer os judeus europeus. Weizmann referiu que se meio milhom de árabes
pudessem ser transferidos, dous milhões de judeus poderiam ser estabelecidos no
seu local. Maisky nom pareceu chocado com essa ideia.
22
de junho
Enquanto
os contatos iniciais entre sionistas e soviéticos foram estabelecidos no
período da aliança nazi-soviética, a invasom alemã da URSS em 22 de junho de
1941 ofereceu umha grande oportunidade para o fortalecimento desses contatos.
Os líderes sionistas alvejavam dous objetivos:
1.
Alcançar um acordo que permitisse a emigraçom dos judeus polacos na URSS para a
Palestina
2.
Persuadir os líderes bolchevistas antissionistas de que a criaçom dum Estado
judeu na Palestina nom iria em contra dos seus interesses.
9
outubro
David
Ben Gurion, presidente de Agência Judaica para Israel, encontra-se com Ivan
Maisky em Londres. Ele explicou-lhe as realizações do Yishuv (populaçom judia
existente na Palestina antes da criaçom do Estado de Israel), apontando os seus
objetivos socialistas e propôs o envio dumha delegaçom a Moscovo para discutir
o contributo do movimento sionista para o esforço de guerra soviético e o
futuro da Palestina.
Ben
Gurion enfatizou o papel futuro da URSS como umha grande potência no
pós-guerra. Maisky pediu a Ben Gurion o
envio dum memorando sobre o assunto. Do ponto de vista de Moscovo, a finalidade
desses contatos com os representantes sionistas era facilitar um contributo americano para o esforço de guerra soviético, tal como Maisky disse a Ben
Gurion: "Indo o senhor para a América vai tornar-nos um grande serviço se
impressionar sobre o povo de lá a urgência de nos ajudar, precisamos tanques,
armas, e aviões tantos quanto possível, e acima de tudo, o mais breve possível
".
1942
20
de janeiro
Um
grupo de oficiais nazis reúnem-se num palacete do sudoeste de Berlim, com vista
para o lago Wann, para discutir acerca da
Endlösung der Judenfrage, isto é, “a soluçom final da questom
judaica”. Em menos de hora e meia os hierarcas alemãos decidem a expulsom e
eliminaçom dos judeus de todas as esferas da vida do povo alemão. Esta reuniom
será conhecida como Conferência de Wannsee.
Janeiro
Nesse
mês, graças ao embaixador britânico, Eliahu Epstein, funcionário da seçom dos
negócios estrangeiros da Agência Judia, teve um encontro com Sergei Vinogradov,
o embaixador soviético na Turquia. Epstein ofereceu-lhe o envio dum hospital de
campo, medicinas e doutores para a frente de guerra e pediu-lhe umha
representaçom permanente de imigraçom da Agência Judaica em Moscovo para
assistir os refugiados judeus na URSS. Ele também mencionou o problema dos
prisioneiros sionistas na URSS.
No
seu relatório a Moshe Shertok (secretário do departamento político da Agência
Judia), Epstein denunciou a ignorância de Vinogradov “que é o resultado da
arrogância e da propaganda comunista”. Segundo Epstein esses contatos diretos
foram úteis para explorar os objetivos do sionismo na Palestina, mesmo se as
conversações com os diplomatas soviéticos “nom avançaram na resoluçom dos nossos
interesses”.
2
de março
Chaim
Weizmann enviou um memorando para Maisky dando conta dos “massacres e dos
sofrimentos causados polos nazistas” à judaria europeia. Depois da guerra,
escreveu Weizmann, a maioria de judeus sobreviventes da Europa do Leste nom
terám outra escolha que emigrar para a Palestina. Ele tentou persuadir os
soviéticos de que “os mal-entendidos do passado nom devem condicionar agora a
orientaçom da URSS com respeito ao sionismo" e exortou Moscovo para
"tomar um interesse na soluçom sionista da questão judaica".
A
estratégia do movimento sionista foi frutífera na URSS.
9-11
de maio
Realiza-se
umha conferência dos sionistas americanos no Hotel Biltmore em Nova Iorque com
a presença das principais lideranças mundiais, entre as quais Chaim Weizzman,
David Ben Gurion e Nahum Goldman.
Foi
estabelecido o Programa Biltmore, isto é, que era o momento declarar
oficialmente a vontade de implementar o projeto sionista de criar um Estado
judeu na Palestina nos seguintes termos: "A Conferência reivindica que os
portões da Palestina sejam abertos: que a Agência Judaica seja investida com o
controlo da imigraçom para a Palestina e com a necessária autoridade para
construir o país, incluindo o desenvolvimento de terras nom ocupadas e nom
cultivadas, e que a Palestina seja estabelecida como um Estado Judeu integrado
à estturura do novo mundo democrático".
Desta
maneira, o sionismo iria procurar o apoio americano para fundar esse Estado
judeu.
Outro
ponto da plataforma Biltmore, proposto por Ben Gurion, o líder político da
Executiva Palestina da Agência Judaica, rejeitava o conceito de
binacionalidade, se isso significase oferecer aos árabes palestinianos
respresentaçom equitativa num governo binacional.
Doravante
iniciou-se umha campanha para conquistar o apoio da comunidade judaica
americana, na altura ainda nom muito engajada com o sionismo. O primeiro passo
foi a criaçom dumha Conferência Judaica
Americana que englobasse o maior número de entidades possível.
Agosto
Dous
diplomatas da embaixada soviética em Ancara (Turquia), Sergei Mikhailkov e
Nikolai Petrenko, vam pola primeira vez para a Palestina para assitir à V
Liga da Convençom de Fundos. A V Liga era umha organizaçom estabelecida para
apoiar o o esforço de guerra soviético angariando dinheiro e organizando vários
eventos públicos, cujo sucesso foi imediato.
Um
ano depois da sua fundaçom, a Liga contava com 20.000 membros e umha centena de
seções na Palestina. A V Liga nom era apenas umha organizaçom pró-soviética,
incluia representantes de todos os partidos sionistas-socialistas, o Partido
Comunista, e intelectuais. Ao nom estar
sob o controlo soviético, o MID receou dela, mas achava que “a actividade da
Liga é útil”. Petrenko e Mikhailov encontraram-se com líderes do Yishuv, o
alto-comissionado britânico e representes árabes em Jerusalém e Belém.
Os
líderes sionistas realizaram umha valorizaçom positiva da visita dos dous
diplomatas soviéticos. Mikhailov mesmo disse que “as realizações judias estavam
além do que ninguém podia sonhar”. Porém, os representantes soviéticos nada
dizeram sobre a futura posiçom do seu país no tocante à partiçom da Palestina.
Segundo Yitzhak Ben-Zvi, esta visita “deveria ser vista como umha sorte de
início dos novos contatos com a Rússia soviética. Pola primeira vez na historia
moderna representantes da Rússia viram dezenas de milhares de judeus a
trabalhar e lutar”.
Em
1942, o Coronel Halford Hoskins, especialista no Próximo Oriente, enviado para
a área polo Estado Maior norte-americano, comunicou que a menos que fosse
reduzida a tensom, um conflito seria deflagrado na Palestina antes de terminar
a guerra, e colocaria todo o Próximo Oriente árabe em tumulto, levando em
consideraçom que a regiom era um importante centro das operações americanas.
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