30
de novembro
Iniciam-se os confrontos entre os sionistas e os
árabes.
O
Partido Comunista Palestiniano, até entom antissionista, muda de nome passando
a se chamar MAKEI, o Partido Comunista de Eretz Israel. Era a primeira vez que
os comunistas usavam o termo “Eretz Israel” (Grande Israel). No entanto, tinha
sido umha prática generalizada no Mandato da Palestina traduzir
"Palestina" como "Eretz Israel" na versom hebraica. O partido assumia a partiçom como um desvio
temporário no caminho dum estado binacional.
1
de dezembro
A
Liga Árabe anuncia a realizaçom iminente dumha juntança dos primeiros-ministros
e os ministros dos negócios estrangeiros de sete países árabes para planear a
sua estratégia contra a partiçom.
O
Alto Comité Árabe, a liderança oficial dos árabes palestinianos, rejeita a
Resoluçom 181 da ONU e declara umha greve geral de 3 dias na Palestina.
A
Gram Bretanha anuncia a sua rejeiçom a implementar um plano que nom seja
consenso entre árabes e judeus.
A
Associated Press revela que observadores militares dos EUA opõem-se à
partiçom sob o argumento de que isso poderia pôr as tropas soviéticas no
Mediterräneo, muito perto do Canal de Suez e das concessões americanas do
petróleo.
2
de dezembro
O
presidente Truman escreve o ex-secretário do Tesouro Henry Morgenthau, Jr.,
encorajando-o a dizer aos seus amigos judeus de que é hora da moderaçom e da
cautela. "A votaçom na ONU, -escreveu Truman-, é apenas o começo e os
judeus devem agora mostrar tolerância e consideraçom polas outras pessoas na
Palestina, com quem terá necessariamente de ser vizinho”.
O
Parlamento sírio promulga um projeto de lei e umha ajuda de 860.000 dólares
para os árabes palestinianos. No mesmo dia árabes atacam o bairro judeu de
Alepo.
5
de dezembro
O
Secretário de Estado norte-americano, George Marshal, anuncia que o
Departamento de Estado vai impor um embargo sobre todas as transferências de
armamento para a Palestina e os estados vizinhos.
Segundo
Israel Rokach, presidente da câmara de Telavive, o embargo iria causar “um
terrível sofrimento aos judeus da Palestina. Som os seguidores árabes do Mufti
[Hajj Amin], e nom os judeus, que estám envolvidos numha guerra de agressom, e
que estám a desafiar às Nações Unidas".
11
de dezembro
O
governo britânico anuncia a sua intençom de dar cabo do seu Mandato a 15 de
maio de 1948.
12
de dezembro
Presidente
Truman escreve a Chaim Weizmann, presidente da Agência Judaica para a Palestina
e da Organizaçom Sionista Mundial, que é essencial que a contençom e tolerância
seja exercida por todas as partes para alcançar umha situaçom pacífica no
Próximo Oriente.
19
de dezembro
Fechadas
as portas ao armamento norte-americano, a chefia da Agência Judaica olha para
os países do Leste Europeu e assina um acordo de armamento com a URSS. Nom
seria a URSS, mas a Checoslováquia, a encargada de entregar o armamento às milícias sionistas.
Consoante
documentos soviéticos e israelitas, num primeiro momento Praga recusou-se a
vender armas para o movimento sionista. Num memorando encaminhado para o
ministro Molotov, o vice-ministro dos Negócios Estrangeiros, Valerian Zorin,
afirma que os "checos recusaram-se a vender armas para a Agência Judaica
na Palestina, que fez este pedido em novembro de 1947". A razom dessa
recusa: as negociações paralelas entre que a Checoslováquia estava a ter com o
Egito e a Síria. Mas a Uniom Soviética opôs-se a estas conversações "tendo
em conta a posiçom que adoptamos sobre a questom Palestina, sugiro que seria
possível autorizar o camarada Bodrov, quando surgir umha oportunidade, para
chamar a atençom de Gottwald ao facto de que a venda de armas polo governo
checoslovaco aos árabes sob as condições atuais, quando a situaçom na Palestina
se está a tornar mais grave a cada dia, pode ser usada polos anglo-americanos
contra a Uniom Soviética e as novas democracias”. Os líderes sionistas
solicitaram com grande sucesso a Moscovo que intervisse para impedir a entrega
de armas checas aos árabes. No entanto, os motivos checos para vender armamento
eram mais económicos do que políticos pois nessa altura o país, destruído pela
guerra, estava numha situaçom difícil desde que Estaliine rejeitou participar
do Plano Marshall. O negócio de armas teria fornecido divisas para a economia
checa.
Ben-Gurion
envia Ehud Avriel para Paris, onde entra em contato com dous agentes comerciais
da checa Zbrojovka. Para poder encontrar-se com alto pessoal do governo checo, solicitou-se
a Avriel que obtivesse para si o disfarce dum governo soberano, sendo comprado
um credenciamento oficial da Etiópia.
27
de dezembro
O
Mossad tenta organizar a imigraçom ilegal de 15.000 judeus embarcados nos
navios “Pan York” e “Pan Crescent” pilotados por marinhos bascos através dumha
missom realizada pola Agência Judaica e o Governo basco no exilo. Sob a
pressom dos EUA os dous navios nom saem de Constanza (Romenia) mas sim do
porto de Burgas na Bulgária. O Mossad também negociou com a Bulgária, Hungria e
Polónia.
31
de decembro
Na
cimeira da Liga Árabe no Cairo, sob a pressom da sua opiniom pública, os
dirigentes árabes decidem criar um comando militar unificado juntando todos os
chefes de estado maior árabes, colocando a Safwat na sua cabeça, decidindo
adiar qualquer decisom para o fim do Mandato. Nessa juntança decide-se organizar o
Exército de Libertaçom Árabe (ELA). Porém, persistia o desacordo: enquanto o
Cairo pronuncia-se contra umha
intervençom militar, Transjordânia faz o mesmo contra um governo palestiniano e
quer, contra o parecer de Egito e Síria, anexar as partes árabes.
Durante
todo o período anterior à votaçom da Partiçom as actividades voltadas à
propaganda política, além do angariamento de fundos, em conjunto com as ações
direccionadas às autoridades do governo e das câmaras nom cessaram. Em 1945 os
fundos levantados nos EUA somaram 14,5 milhões de dólares, 32 milhões em 1946 e
43 em 1947. Naquela época esses valores significavam quantias expressivas. A
comunidade judaica da Palestina era fortemente dependente do financianeto judeu
norte-americano e boa parte desses fundos arrecadados financiavam as atividades
de luta armada das organizações sionistas e a compra de armamento.
Entre
dezembro de 1947 e a independência de Israel a Agência Judaica Agência Judaica
gastou cerca de 13 milhões de dólares em armamento pesado e leve comprado na
Checoslováquia. Nos EUA, em dois anos se coletaram 100 milhões de dólares para
financiar o esforço bélico.
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