segunda-feira, 27 de maio de 2013

A GUERRA NA PALESTINA


Quando escrevemos estas linhas, por fim, o Conselho de Segurança da ONU adotou a resoluçom de propor a judeus e árabes a cessar-fogo na Palestina durante trinta e seis horas. Será aceite esta trégua? A Síria votou contra a proposta dos Estados Unidos, à que se aderiram absolutamente todas as outras nações.

É outro motivo de inqueitaçom as discrepâncias observadas entre os Estados Unidos e os outros grandes, mormente, Inglaterra, a quem se supõe ligada de mais aos Estados árabes.

Ao contrário, a URSS, com todos os seus satélites, colocou-se resolvidamente de lado do novo Estado de Israel. Era cousa sabida que a Rússia manejava certos fios no terrorismo judeu, para conseguir molestar à Gram Bretanha na sua política de harmonizaçom dos interesses de árabes e judeus na Palestina.

León blum enviou um telegrama de felicitaçom ao Chefe do Estado de Israel, que conta entre os seus membros representativos alguns operários e socialistas.

Pola sua parte, a ONU destacou, para que aja e a represente na Palestina, um dos seus altos funcionários, D. Pablo de Azcárate, ex-embaixador em Londres da República espanhola.

Em nome da Cruz Vermelha Internacional aceitou a missom de mediador na Palestina o Conde Bernadotte, da Suécia.

Serám capazes todos estes esforços de conter esta guerra que ameaça de novo à Humanidade?



EL SOCIALISTA, nº 5414, Año V, 27/5/1948, pág. 2

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