sexta-feira, 16 de maio de 2014

ABRANTES

Cidade portuguesa capital do concelho homónimo situada na regiom da Estremadura, com cerca de 19.200 habitantes.

Situada em encosta na proximidade de margem fluvial, Abrantes foi conquistada aos Mouros em 1149, sendo concedido o primeiro foral de por D. Afonso Henriques em 1179 em recompensa da resistência oferecida aos sitiantes muçulmanos e confirmado em 1217 por D. Afonso II e reformado por D. Manuel I. No século XII constrói-se um castelo no topo da colina, incluindo dentro dum recinto muralhado.

O primeiro documento sobre a presença judaica em Abrantes é datado de outubro de 1392 e diz respeito do arrendamento polo vigário e os raçoeiros da Igreja de S Vicente dumha casa na Judiaria 

A antiga Judiaria de Abrantes situar-se-ia nos séculos XIV-XV na área da antiga Rua da Boga (hoje Rua dos Condes de Abrantes) a teor tanto da documentaçom de 1429 quanto de estudos recentes realizados por Eduardo Campos. Segundo ele, documentos coevos aludem à proximidade entre a judiaria e a Casa da Câmara, cuja localizaçom se pensa corresponder aos atuais Paços do Concelho.
R. da Boga na Judiaria de Abrantes
Nos nº42-44 da Rua do Boga existe umha casa de tipologia civil classificada polo Instituto de Gestão do Património Arquitétónico e Arqueológico (Igespar) como de Interesse Municipal. O imóvel desenvolve-se em dous volumes de altura diferenciada, mas ambos com três pisos. Todo o conjunto revela, como habitual em muitas casas de judeus, umha fachada de feitio assimétrico, com vãos de formato e dimensões variáveis, sem qualquer elemento decorativo (ver imagem). O volume de menores dimensões é rasgado por umha porta no piso térreo, e umha janela em cada um dos andares superiores. No outro corpo, umha porta e umha janela abrem-se no rés do chão, e nos restantes pisos encontra-se umha janela e um pequeno óculo. 


Embora a sobriedade decorativa que esteve na origem desta habitação nom permite avançar com umha cronologia muito precisa, mas é possível que a sua construçom remonte aos séculos XVIII ou XIX. De qualquer forma, este imóvel deverá ser contemporâneo do restante núcleo de habitações setecentistas e oitocentistas que ainda hoje caracteriza muitas das ruas do centro histórico de Abrantes, e cuja importância. Este género de edifício encontra-se bastante afastado dos modelos arquitetónicos eruditos, mas sem deixar de testemunhar a vitalidade construtiva da cidade nos séculos XVIII-XIX.

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