domingo, 17 de novembro de 2024

O REGRESSO DE TRUMP E O VOTO DISPUTADO DOS JUDEUS

 Com o seu movimento MAGA (Make America Great Again), Donald Trump foi eleito o 47º presidente dos Estados Unidos em 6 de novembro de 2024, derrotando a vice-presidenta Kamala Harris por 53 votos eleitorais.


Ele tornou-se o segundo presidente na história dos EUA eleito para mandatos nom consecutivos depois do ex-presidente Grover Cleveland (reeleito em 1893). Ele também foi projetado para se tornar o primeiro republicano em duas décadas a garantir o voto popular nas eleições presidenciais dos Estados Unidos.

Os Republicanos do Movimento MAGA ganharam o controlo da Casa Branca, Senado e Câmara dos Representantes (e contam com maioria 6-3 no Supremo Tribunal)

A recente eleiçom americana trouxe à tona algumhas reflexões sobre o voto da comunidade judaica dos Estados Unidos. 


A comunidade judaica americana tem umha longa tradiçom de apoio ao Partido Democrata. Segundo a Jewish Virtual Library, Trump obteve 30% dos votos judaicos em 2020 e 24% dos votos judaicos em 2016. Perante as eleições de 2024 os inquéritos apontavam para um novo alinhamento no voto judaico, atingindo o voto no MAGA por volta de 40%.


Trump, Israel e os Judeus

Durante a campanha Donald Trump lançou mensagens muito fortes para aliciar o voto da comunidade judaica:

> “Israel deve atacar as instalações nucleares do Irão. Essa é a maior ameaça que temos. Ataque as instalações nucleares e preocupe-se com o resto mais tarde.”

> "Apoiarei o direito de Israel de vencer a sua guerra contra o terrorismo. Deve ser apoiado. Deve ser vencido. Deve acabar. E em vez de agradar aos simpatizantes da jihad e aos radicais que odeiam a América, iremos deportá-los. Iremos deportá-los muito rapidamente. Nom temos outra opçom".

> “Na minha primeira semana de regresso ao Salom Oval, a minha administraçom informará todos os reitores que, se nom acabarem com a propaganda antissemita, perderão a sua acreditaçom e o apoio dos contribuintes federais.”

> “Nom subsidiaremos a criaçom de simpatizantes do terrorismo e certamente nom o faremos em solo americano. Em seguida, informarei todas as instituições de ensino do nosso país que, se permitirem violência, assédio ou ameaças contra os alunos judeus, as escolas serão responsabilizadas por violações da lei dos direitos civis.” 

O candidato Trump tentou aliciar o voto judaico 

Antes das eleições um inquérito do centro de estudos Manhattan Institute assinalava que Kamala Harris iria receber a maior parte dos votos judeus (+36% a respeito de Trump). Segundo o estudo, apesar da tradicional identidade democrata, os Judeus estavam a manifestar mais inquietaçom polo crescente antissemitismo no Partido Democrata que dentro do Partido Republicano, assinalando que a "segurança, Israel e o antissemitismo" eram os tópicos mais fracos de Harris comparada com Trump. "É provável que muitos judeus se incomodem com a tolerância dos democratas face as vozes que criticam Israel em termos extremos, como qualificar o Estado judeu de genocida", o que se evidencia polo facto de 95% dos Judeus apoiarem Israel.

Segundo a sondagem, Kamala Harris contaria com apoio maioritário dos filiados e nom confessionais (+45%), seguida polos votantes judeus conservadores (+14%) enquanto os judeus ortodoxos seriam favoráveis a Trump em +18%.

Assim sendo, num evento de campanha Trump zombou das sondagens que mostravam que os democratas ganhavam o voto judaico por 60%, o que ele atribuiu ao facto de o Partido Democrata amaldiçoar os judeus. “40% nom é aceitável porque temos umha eleiçom para ganhar”, disse Trump.

> “Estive lá quatro anos, dei-lhes milhares de milhões de dólares. Fui o melhor amigo que Israel já teve, e ainda em 2020, agora, fiz todas estas cousas, por isso agora o povo judeu nom tem desculpa”.

> “Infelizmente, e tenho de dizer isto, e custa-me dizer isto, ainda vai votar nos democratas e isso nom faz sentido” 

> “Digo a toda a hora que qualquer judeu que vote nela, especialmente agora, nela ou no Partido Democrata, deve examinar a cabeça.”

Trump nom concebe a ligaçom dos judeus americanos aos valores democratas 

A maioria dos Judeus norte-americanos votou nos democratas

Por todo isto, esperava-se que o pleito de 2024 registasse um aumento de votos dos Judeus para o Trump. Porém, a maioria dos Judeus americanos ainda escolheu maioritariamente o Partido Democrata e a Vice-Presidenta Kamala Harris.

Se bem que algumhas sondagens à boca de urna apontavam para umha maioria esmagadora do voto judaico no Partido Democrata, outros inquéritos pós-eleitorais e fontes sugerem um aumento de votos para Trump, o que colocaria umha mudança significativa que levanta muitas questões. 

> Sondagens à boca de urna

CNN

78% de Judeus votaram no Partido Democrata contra 22% no Trump.

88% das mulheres judias apoiaram Kamala Harris contra 12%

71% dos homens judeus apoiaram Kamala Harris contra 19%


NBC News

79% de Judeus norte-americanos votaram no Partido Democrata contra 21% em Trump.


> Sondagens pós-eleitorais

7/11/2024: GBAO Strategies para J-Street (mostra de 800 eleitores judeus) 

71% de Judeus votaram em Harris contra 26% no Trump

75% de Judeus votaram em Harris na Pensilvânia contra 23% no Trump apesar das reivindicações e de um investimento republicano significativo no estado.

8/11/2024: Inquérito da Fox News

66% de Judeus votaram em Harris contra 32% em Trump

15/11/2024: Instituto Eleitoral Judaico/Mellman (mostra de 1.093 eleitores judeus)

71% de Judeus votaram em Harris contra 26% no Trump

Entre os eleitores ortodoxos Trump teria obtido 74% contra 22% de Harris.

48% de todos os eleitores judeus disseram que Trump apoiará mais Israel do que Biden.

De acordo com a sondagem, Trump teve um melhor desempenho entre os eleitores judeus que pensavam que Harris apoiaria menos Israel do que Biden.

Kamala Harris recebeu em 2024 o apoio maioritário dos Judeus norte-americanos

No dia 8 de novembro o JDCA (Conselho Democrata Judaico da América) divulgou umha declaraçom política afirmando que a maioria esmagadora do voto judaico foi para os democratas.

Esta semana foi penosa. Ao lado de muitos de vós, colocámos o nosso coraçom nestas eleições e os resultados são devastadores. Mas nem tudo estava perdido. A JDCA realizou um trabalho notável –garantimos que o voto judaico nom influenciava Trump ou os republicanos– e estamos a aprender com as derrotas e a saborear as vitórias.

À medida que analisamos os dados eleitorais e consideramos o que correu bem e o que correu mal, umha cousa é certa: o voto judaico manteve-se forte para Kamala Harris e os Democratas. Na verdade, o voto judaico representou um dos poucos segmentos do eleitorado onde Donald Trump nom conseguiu fazer incursões significativas, apesar dumha campanha sem precedentes de gastos do Partido Republicano, desinformaçom e outros esforços dirigidos aos Judeus americanos.

Os Judeus americanos votaram esmagadoramente nos democratas. Os números simplesmente nom eram suficientemente próximos para alterar o resultado das eleições presidenciais. 

Há muitas sondagens à saída que demonstram elevadas percentagens de eleitores judeus a apoiar Kamala Harris –esta sondagem à saída da CNN/Edison indica que 78% dos eleitores judeus apoiaram Kamala Harris, enquanto 22% apoiaram Donald Trump. De acordo com esta sondagem, 88% das mulheres judias e 71% dos homens judeus apoiaram Kamala Harris em vez de Trump.

A sondagem metodologicamente mais sólida sobre o voto dos judeus, ponderada de acordo com os padrões da Pew Polling para os eleitores judeus e conduzida pola sondagem da GBAO em nome da J Street, indica que 71% dos eleitores judeus apoiaram Kamala Harris e 26% apoiaram Donald Trump (75% contra 23% na Pensilvânia). Isto é consistente com a sondagem de outubro da JDCA, que indicava que mais de sete em cada dez eleitores judeus apoiariam Harris – graças aos nossos esforços, assim o fizeram.

Numha mensagem encaminhada à comunidade judaica: O nosso trabalho nom termina com esta eleiçom. A segurança dos judeus americanos depende da segurança da democracia americana e vamos continuar a lutar por ela. Para juntar-se a nós e apoiar a JDCA hoje, considere investir ou aprofundar o seu investimento– nos nossos esforços contínuos.


Os Judeus são culpados

Perante a tentativa de tornar retroativamente o Estado Judeu como bode expiatório para a derrota democrata (referida num artigo publicado polo NYT) o filósofo Bernard Henri-Levy referiu que "a verdade é que os EUA estão a tornar-se num país onde os Judeus estão protegidos, mas com condições. Para uns, com a condiçom de votarem nos republicanos. Para outros, na condiçom de votarem nos democratas (ou, polo menos, de se distanciarem de Israel). Mas a ideia de apoio incondicional está gradualmente a desaparecer do cenário ideológico". Porém, foram eleitos até 318 candidatos sionistas apoiados polo comité de açom política pro-Israel (AIPAC).

Para a Stop Antisemitism foram os radicais antissemitas e anti-americanos que custaram aos democratas tanto a Pensilvânia como a Casa Branca. Em vez de EVITAR estes radicais e escolher um orgulhoso governador judeu com uma taxa de aprovaçom de 50% como o seu companheiro de candidatura, Harris envolveu-se com os radicais, agradou-os, abraçou-os e, finalmente, Harris perdeu com eles.


O voto dos Judeus de Nova Iorque

A cidade de Nova Iorque alberga a maior comunidade judaica do mundo fora de Israel (960.000) e tem hoje o segundo maior número de Judeus numha área metropolitana (1.372.000), atrás de Telavive, em Israel.

Quase 1,4 milhões de pessoas na área da Grande Nova Iorque foram identificadas como judias em 2023, de acordo com um estudo da Federaçom de Nova Iorque da UJA, abrangendo os cinco distritos da cidade de Nova Iorque (Manhattan, Brooklyn, Queens, Bronx e Staten Island), bem como os condados de Nassau, Suffolk e Westchester.

Um em cada dous Judeus da Cidade de Nova Iorque mora no distrito de Brooklyn (48,1%), seguido por Manhattan (28,9%) e Queens (15,6%).

Há quase tantos Judeus neste momento em Brooklyn (462.000) do que em qualquer outro lugar do mundo, incluindo a cidade de Telavive (423.755). Os Judeus constituem 16,9% da populaçom do distrito, localizando-se os principais centros em Crown Heights, Boro Park e Williamsburg

Em Manhattan a comunidade judaica representa 16,3% da populaçom do distrito e localiza-se especialmente na área que circunda Central Park, nos bairros do Upper East Side e Upper West Side.

Quase metade (47%) dos Judeus de Nova Iorque nom se identificaram com nengumha denominaçom religiosa judaica, cerca de 20% identificaram-se com o movimento reformista, 19% disseram que eram ortodoxos e 15% consideraram-se judeus conservadores.

Nas eleições de 5 de novembro a comunidade judaica de Nova Iorque votou maioritariamente nos democratas, contribuindo para as elevadas percentagens atingidas pola candidatura de Harris em 4 dos 5 distritos da cidade: Manhattan (80,8%), Bronx (72,7%), Brooklyn (71,6%) e Queens (62%). Todavia, no distrito de Staten Island foi Trump que ganhou com os 65,4% contra 34,6%. 

Fonte: Election Atlas NYC

Harris | Trump

Nos bairros de Manhattan com notável presença judaica registou-se um voto maciço em Harris:

Distrito de Manhattan (ver dados):

> Harlem (87,4%) 

> Lower East Side (76,8%)

> The Upper West Side (86,7%)

> The Upper East Side (75,6%)

> Washington Heights (74,1%)

> Inwood (65,6%)

> Lower Manhattan (80,8%)


No entanto, umha sondagem pré-eleitoral da Fox News alertava que essa maioria do voto judaico para Harris produzir-se-ia numha margem mais apertada (56%-43%). Essa tendência confirmar-se-ia nos resultados nos distintos bairros de Brooklyn com presença judaica.

Distrito de Brooklyn (ver dados):

> Borough Park (90%)

> Flatbush (87%) / Midwood (72%) / Kensington (63%)

> Williamsburg (80%) / South Williambsburg (76%)

> Coney Island (59%) / Brighton Beach (72%) / Sheepshead Bay (64%)

> Bensonhurst (61%) / Gravesand (67%) / Bay Ridge (54%)

> Kings Bay / Madison (70%)

> Canarsie (92%) / Mill Basin (64%)

> Crown Heights (81%)

> Brownstone (89%)

Áreas judaicas e resultados das eleições presidenciais no distrito de Brooklyn 


O rabi e politólogo Uriel Romano descreve este processo nos seguintes termos:  "a minha comunidade acho que é um bom exemplo da evoluçom do voto judaico, pois vinte ou trinta anos atrás teria sido 90% democrata. Porém, a 5 de novembro a votaçom caiu para 65%".

Segundo ele por três causas:

"1. Há mais judeus latinos: Esmagadoramente pró-Trump polo "fenômeno Milei" e a retórica dele, antepassados na América Latina, as ambições de progresso econômico...

2. Mais judeus israelitas a operar segundo a seguinte lógica: Israel e ver a Biden-Harris como fracos que permitiram esta guerra.

3. Viragem à direita: Nom radical, nem tanto, moderada mas constante". 

Finalmente, "existem muitas cousas ligadas aos democratas como o wokismo, indefiniçom em temas de impostos, imigraçom, situaçom do mercado de trabalho... que levaram alguns judeus identificados como democratas tradicionais para votar no Trump".

Segundo este rabi de tendência reformada, "o judaísmo sempre foi um reservatório (simbólico, mas importante na retórica e nas doações) do Partido Democrata. Porém, com as mudanças demográficas (mormente a teor do crescimento da ortodoxia judaica) seguiremos a ver umha tendência para os republicanos, e ousaria a dizer que se no futuro houver um candidato menos repulsivo do retórico e trajetória como o Trump (embora muitos Judeus democratas concordarem com muitas das suas políticas) a percentagem teria sido mesmo mais alta".

Em consequência, o crescimento da ortodoxia judaica explicaria a votaçom do movimento MAGA registada em bairros do distrito de Brooklyn como Willemsburg Sul, Crown Heights, Midwood ou Borough Park.

A questom é: será que estamos a ver umha reavaliaçom das prioridades da comunidade judaicas ou apenas umha resposta ao contexto específico?


As eleições na Carolina do Norte

Nas eleições estaduais de Carolina do Norte o candidato democrata Josh Stein foi eleito governador a 5 de novembro, derrotando o candidato MAGA Mark Robinson e mantendo a liderança democrata na chefia do executivo estadual.

Josh Stein derrotou o candidato trumpista na Carolina do Norte

Stein será o primeiro governador judeu do estado. A campanha de M. Robinson, foi grandemente prejudicada polas mensagens antissemitas num site de pornografia online, onde declarou ser um “NAZI negro”.

De facto, Robinson promoveu a sua candidatura como um "guerreiro cultural conservador ousado e sem filtros" a partir dumha agenda alicerçada em:

  • Negacionismo climático
  • Oposiçom à legalizaçom da cannabis recreativa
  • Remoçom das ciências e dos estudos sociais do currículo escolar

Os órgãos de comunicaçom social identificaram as suas opiniões como de direita, extrema-direita ou ultraconservadoras na linha mais neofascista do movimento MAGA. Enquanto Trump ganhou as eleições presidenciais por estreita margem, o candidato democrata-judeu obteve a presidência estadual.


A vitória de Stein significa que 6% dos governadores dos  EUA são judeus chamados Josh: Josh Shapiro na Pensilvânia e Josh Green no Havai.


Israel torceu por Trump

Segundo um inquérito divulgado a 29 de outubro polo Canal 12 de Israel, Donald Trump contava com o apoio dos 66% de israelitas contra 17% de Kamala Harris. Antes de Harris liderar a candidatura democrata o presidente Biden encabeçava a simpatia dos israelitas, especialmente pola sua decidida atitude em prol de Israel após o brutal ataque do HAMAS de 7 de outubro de 2023.

Cartaz nas ruas de Telavive: "Parabéns! Trump, faz Israel grande"

Logo depois das eleições um setor da coligaçom de governo de Netanyahu propôs aproveitar o regresso de Trump para tentar lograr a anexaçom unilateral da Judeia e Samaria (Cisjordânia) sem esperar um acordo bilateral. Porém, Trump tem um plano já programado segundo a soluçom de dous estados e parece dificil que se mova do mesmo.

Bibi tentará tirar proveito da sua relaçom privilegiada com Trump

O voto árabe também foi para Trump

Segundo o inquérito do CAIR (Conselho de Relações Americano-Islâmicas) o Partido Verde da candidata Jill Stein (judia assimilada) teria recebido a maioria (53%) de votos da comunidade islâmica dos EUA, seguidos por Trump (21%) e Harris (20%). Porém, um dado interessante para pensarmos a polarizaçom nas eleições americanas: na cidade de Dearborn (Michigan), a maior comunidade árabe-armericana com a maioria dos eleitores (54%) de origem árabe, Donald Trump obteve 47% dos votos contra 21% de Harris. A votaçom da comunidade árabe do Michigan foi decisiva para a vitória trumpista nesse estado.

A maior comunidade árabe-americana votou no Trump


Paradoxalmente, para os votantes árabes norte-americanos o movimento MAGA tem mais influência sobre Netanyahu da que tinha Biden e por isso confiam em que, a diferença de Biden, o Trump traerá a paz ao Próximo Oriente.


📷Voto das comunidades judeu-ortodoxo e islâmica em Detroit (Michigan)

📷Acima: A votaçom dos distritos judeus ortodoxos no Michigan a balançar 20% em prol de Trump.

📷Abaixo: Distritos árabes/bangladeshianos no Michigan a balançar 70% em prol de Trump.

Enquanto o lado árabe recebeu a mensagem “Kamala é pró-Israel de mais”, o lado judeu recebeu as mensagens de “Kamala estar do lado do HAMAS”. Se ambos os lados do conflito votaram no mesmo candidato, um dos lados ficará insatisfeito com o resultado. 

Assim sendo, a 11 de novembro os árabe-americanos de Dearborn enviaram umha carta (encaminhada à Casa Branca) instando o presidente eleito a cumprir as suas promessas à comunidade e a trabalhar num cessar-fogo imediato na Faixa de Gaza e no Líbano.

O que resta do governo Biden

Faltam dous meses para o fim da administraçom Biden (2021-2025). Lembremos que Obama, nos seus últimos dias no poder, deixou passar (nom vetou) umha resoluçom anti-Israel na ONU e aprovou a entrega de aviões F-15 ao Qatar sabendo que no minuto 90 nom havia opções para o lobby pró-Israel evitá-lo.

Embora estarmos certos de que Biden nom tentará prejudicar Israel (de facto, nunca o fez antes), no seu gabinete há muitos progressistas que aproveitariam de bom grado os seus últimos dias no poder para promover medidas anti-Israel procurando o favor dos poderosos lobbies pró-árabes.


Para neutralizar essa hipótese, o passado dia 12 de novembro o Presidente de Israel, Isaac Herzog, visitou Biden com a seguinte mensagem:

“Estou aqui em nome do povo de Israel, da naçom de Israel e do Estado de Israel para lhe dizer, Senhor Presidente, muito obrigado! Como dizemos em hebraico: Nunca esqueceremos como nos apoiou nos nossos momentos mais escuros.”

Encontro I. Herzog - J. Biden

Na sua resposta, o Presidente Biden retorquiu: "Hoje tive o prazer de receber o Presidente Herzog de Israel de volta ao Salom Oval. É um amigo pessoal para mim –e para a nossa naçom– há muito tempo. Tal como lhe recordei hoje, o compromisso dos Estados Unidos para com Israel é inflexível".


Para saber mais:

O voto judeu nas eleições EUA de 2016

O voto judeu nas eleições EUA de 2020

Trumpismo e antissemitismo 


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