quarta-feira, 22 de abril de 2020

ISRAEL CELEBRA A PRIMEIRA MANIFESTAÇOM MANTENDO O DISTANCIAMENTO SOCIAL

Imagens nunca vistas, é o manchete do jornal O Observador sobre a  invadora manifestaçom que decorreu o passado dia 20 de abril em Telavive.


De forma ordeira, mantendo o distanciamento social e com material de proteção, duas mil pessoas do movimento 'Bandeira Negra' vieram denunciar o bloqueio político que Israel sofre há meses.

Cerca de duas mil pessoas reuniram-se no passado domingo dia 20 de abril na Praça Rabin, em Telavive, para denunciar o bloqueio político que Israel sofre há meses. Uma manifestação? Nada de novo. O facto de ter sido realizada em concordância com as ordens de distanciamento social, isso sim, é inovador. 

Desta nação no Próximo Oriente chegam imagens impressionantes de milhares de manifestantes a participarem de forma disciplinada e a respeitar a distância mínima necessária para evitar contágios com o novo coronavírus. Será um exemplo de como as manifestações podem ser na era pós Covid-19?

Com um número relativamente moderado de pessoas infetadas em comparação com grande parte do mundo, já que registaram apenas 171 mortes e pouco mais de 13 mil infetados, Israel já passou pela pior fase da pandemia e está a começar o retorno gradual à normalidade.

A manifestação de domingo foi mais um protesto promovido pela iniciativa “Bandeira Negra”, movimento opositor, do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu e que, defendem, é um dos principais responsáveis pelo elevado nível de corrupção que estes manifestantes dizem ter inundado o sistema político israelita.

O líder oposicionista do partido Yesh Atid, Yair Lapid, participou na manifestação e não poupou críticas a Netanyahu, acusando o governante de “destruir a democracia” em Israel com o apoio de Benny Gantz, líder da oposiçom do partido  Azul e Branco e ex-aliado eleitoral de Lapid. 

Enquanto decorria a manifestaçom em Telavive, todos os meios de comunicaçom informavam que Netanyahu e Gantz estavam na residência oficial do primeiro-ministro para assinar os papéis e confirmar que formam o governo. Os partidos ultraortodoxos e o Partido Trabalhista devem participar da coalizom. O partido Yamina (da direita ortodoxa) ainda é umha incógnita.

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