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segunda-feira, 7 de outubro de 2024

CELEBRAÇÕES DO MASSACRE DE 7 DE OUTUBRO EM PORTUGALIZA

 Entre ontem e hoje, milhares de pessoas manifestam-se em Compostela, Lisboa, Porto e Braga contra o “genocídio” na Palestina. Estes protestos fazem parte da onda de mobilizações convocadas para este fim de semana em todo o mundo. Como escreveu Jaume Clotet no jornal ElNacional.cat: “aqueles que cantam “do rio ao mar” sabem perfeitamente o que pedem: a eliminaçom física dos Judeus de Israel, porque o HAMAS e grande parte dos palestinianos nom reconhecem o direito dos Judeus de viver em Israel. Já vimos o que o HAMAS fez às cidades e aos kibutzim que conseguiu atacar: o assassinato em massa de homens, mulheres, crianças e idosos. Alguém pensa honestamente que faria outra coisa se conseguisse invadir o país inteiro?”


6 de outubro

> Santiago de Compostela

Umha "manifestaçom nacional", convocada pola Coordinadora Galega de Solidariedade con Palestina, juntou por volta de 4000 pessoas o domingo 6 de outubro na capital galega em apoio do povo palestiniano e contra Israel, um ano após os hediondos ataques islamo-nazistas do HAMAS à populaçom do sul de Israel.

A Coordenadora Galega de Solidariedade com a Palestina agrupa mais de 150 entidades e coletivos

Umha grande faixa sob o lema "Galiza con Palestina" guiou, sob umha forte chuva, o percorrido dos manifestantes polas principais ruas de Compostela até o ponto final na Praça da Quintã.

Faixa da coordenadora convocante da manife palestinista de 6 de outubro de 2024


Imagens do final da manife numha Praça da Quintã sob umha forte chuva galega

A malta convocada proclamou cânticos como 'Nom é umha guerra, é genocídio', 'Israel assassina, Europa patrocina', 'Onde estão que nom se vêm as sanções a Israel', 'Palestina vencerá', 'Netanyahu assassino' ou 'Do rio ao mar, Palestina vencerá'. Mesmo se viram faixas em prol do "eixo da resistência" patrocinado pola teocracia islamo-naZista do Irão.


Os ativistas nom dissimularam o seu apoio ao "eixo da resistência"
 promovido por umha teocracia como a República Islâmica do Irão

Embora o Concelho de Santiago de Compostela, governado polo BNG, afirmasse que a celebraçom tinha decorrido sem quaisquer incidentes relevantes, alguns ativistas deixaram a sua pegada com grafites em várias fachadas e mobília urbana do centro da capital galega. No final da manife policiais da UIP da Policía Nacional espanhola detiveram várias pessoas. Os factos aconteceram quando um grupo de manifestantes se encaminhou para os locais de venda de fast food da R. da Senra, no centro da capital galega, ao berro «tem sangue palestina a vossa comida» (espanholismo incluído!) ao considerar que estas empresas americanas colaboram com Israel "no massacre que sofre o povo palestiniano".

Os ativistas deixaram a sua pegada nas ruas de Compostela

No final da manife na Praça da Quintã, os organizadores leram o manifesto do palestinismo galego no que, entre outras reclamações, exigiram o reconhecimento do Estado palestiniano "com o seu territorio íntegro, entre o rio Jordão e o mar Mediterrâneo".

"Cando se compre un ano da agresión a Gaza que deixa uns niveis de morte e destrución sen precedentes e logo de máis de 76 anos de ocupación ilegal, as organizacións abaixo asinantes facemos un chamamento ao pobo galego a saír ás rúas en defensa destas reivindicacións:

1. A denuncia e o rexeitamento ás accións militares do Estado sionista de Israel tanto na Faixa de Gaza como no resto de territorios palestinos o que supón unha grave violación do dereito internacional.

2. A detención inmediata das agresións e a total retirada das tropas de ocupación e das colonias ilegais na Palestina.

3. O respecto pleno ao dereito de soberanía da Palestina dos pobos da rexión.

4. A total solidariedade co pobo palestino. Lamentamos a perda de milleiros de vidas e manifestamos o profundo pesar polas vítimas e o padecemento da súa poboación.

5. Instamos á Unión Europea a dar o apoio humano e humanitario necesario á Palestina e ao seu pobo, en coordinación coa comunidade internacional. Instamos tamén a intensificar os esforzos de axuda humanitaria e de emerxencia e obrigar a Israel a respectar o dereito internacional humanitario.

6. Instamos á Unión Europea, ao Estado español e ao Goberno da Xunta de Galicia a organizarse para acoller nas mellores condicións ás persoas refuxiadas que poidan derivarse desta agresión militar.

Asemade, que se comprometan á atención socio sanitaria das crianzas palestinas en grave situación de vulnerabilidade. Demandamos tamén a estas institucións a ruptura de relacións diplomáticas e de acordos académicos e comerciais co estado de Israel.

7. Pedimos á Unión Europea un maior esforzo para impulsar unha desescalada da ocupación e da violencia a través de relacións diplomáticas e do respecto do dereito internacional.

8. Pedimos aos concellos da Galiza o compromiso de non acoller ningún evento de carácter deportivo, cultural ou doutra índole con asociacións ou organizacións israelís. Adherimos á convocatoria de boicote económico a Israel e comprometémonos a non mercar produtos de orixe israelí, nin realizar contratacións con empresas do estado sionista.

9. O recoñecemento do Estado Palestino, co seu territorio íntegro, entre o río Xordán e o mar Mediterráneo.

10. Apoiamos a convocatoria dunha manifestación nacional de solidariedade co pobo palestino e en denuncia do xenocidio en Gaza e da ocupación da Palestina o vindeiro 6 de outubro ás 12h desde a Alameda de Compostela.

Galiza con Palestina! Paremos o xenocidio!"


Ao protesto assistiram, entre outros habituais, a porta-voz nacional do BNG, Ana Pontón (UPG), junto a outros cargos da frente nacionalista, nomeadamente Néstor Rego (secretário geral da UPG),  a eurodeputada Ana Miranda e Bieito Lobeira (assessor para negócios europeus da UPG).

Mais umha vez, o BNG monopolizou a manife do palestinismo galego

Também nom faltaram os dirigentes do sindicato Confederación Intersindical Galega (CIG) com o seu secretario geral, Paulo Carril, a encabeçar umha das faixas.

Faixa do sindicato nacionalista CIG

Ana Pontón, líder do BNG e candidata nacionalista à presidência do governo galego desde 2016, reclamou "ações mais contundentes" e pediu-lhe à UE o embargo de armamento e a rotura total das relações econômicas e diplomáticas com Israel. Além disso, em prova dum indissimulado antissemitismo, repetiu umha banalizaçom do Holocausto: "Israel está a fazer com o povo palestiniano o que no seu momento fizeram os nazis ao povo judeu, e isto é algo que nom podemos permitir e requer umha resposta muito mais contundente do que até este momento fez a comunidade internacional".

Ana Pontón comparou a defesa de Israel com os nazis | TVG

Paradoxalmente, apesar de estar meses a sair às ruas em "apoio" do povo palestiniano e conclamar a campanha de inspiraçom nazista de  "boicote econômico a Israel e comprometer-se a nom comprar produtos de origem israelita, nem realizar contratações com empresas do estado sionista", em junho passado soube-se que o BNG/UPG contratou a empresa israelita Outbrain para a sua última campanha eleitoral das eleições galegas de fevereiro de 2024, informações que mesmo foram confirmadas por 'Cousas de Imeneo', voz autorizada na política de comunicaçom do partido.

Logo dumha pesquisa de ativistas pró-Palestina espanhóis, ficou demonstrado que os serviços empregados para a recolocaçom de publicidade eleitoral do BNG eram os da referida empresa israelita que alegadamente "celebrou publicamente o genocídio". Se o BNG nom contratou diretamente eses serviços, demonstrou-se que permitiu que umha empresa galega o implementasse e, com isso, a sua hipocrisia.


> Lisboa

A rainha das manifestações convocadas na capital portuguesa é ‘Sionismo, as suas vítimas & resistência” pola associaçom/grupo (?) Judeus pela Paz e Justiça (JPJ), da qual nengumha informaçom se encontra para além dumha conta no Instagram e um artigo no site Esquerda. Em lado nengum consta informaçom sobre a misteriosa liderança do grupo.



'Junte-se a nós neste domingo, dia 6 de outubro, das 15h às 18h, no Miradouro de São Pedro de Alcântara, para uma vigília-concentração sobre o sionismo, as suas vítimas e os movimentos de resistência. Estamos juntos em solidariedade com todas as vidas que foram destruídas pelo projeto sionista. Este evento contará com vários testemunhos de diferentes perspectivas, incluindo palestinianas e libanesas, os coletivos Consciência Negra e Pais pela Paz, e também poetas e músicos que se juntam a nós na nossa luta por uma Palestina livre.’

Aqui segue o pouco que encontrou Sofia Afonso Ferreira sobre quem é este ‘Colectivo de judeus anti-sionistas solidários com a luta do povo palestiniano pela sua libertação da ocupação e do regime de apartheid [?] impostos pelo estado de Israel, e pelo seu direito à autodeterminação. 

> Onde estão? ‘Com base em Portugal, de nacionalidades diversas’.

> O que pretendem? Entre várias cousas pretendem 'o direito de autodeterminação' e em simultâneo a ‘igualdade total de direitos humanos, civis e políticos, e respeito pela dignidade de todas as pessoas na Palestina/Israel’. Um contra-senso, querem ser independentes e ao mesmo tempo ter os mesmos direitos sob o governo de Israel. Adiante.

> E mais? Recusam a ‘confluência que é feita entre judaísmo e o movimento sionista’; nom acreditam que ‘a segurança dos judeus em todo o mundo dependa da existência de um etno-estado judeu’.

Agora vem a melhor parte, nom só nom acreditam que a segurança dos Judeus dependa de terem um estado próprio, fazendo razia de 2000 anos de pogroms que acabaram no Holocausto, como são 'de opinião que um futuro seguro e próspero para os judeus exige que seja feita uma distinção clara entre judaísmo e a doutrina colonial do sionismo, assim como um compromisso pela salvaguarda dos direitos humanos e civis para todos em TODO E QUALQUER PAÍS ONDE SE INSTALEM JUDEUS’. Nom, eu nom inventei isto nem estou a brincar.

Ao início pensei que tinha descoberto um exemplo cabal de empatia suicida, depois reflecti e cheguei à conclusom que afinal são apenas nazis.


> Porto

Entretanto, o Bloco de Esquerda (BE) para ajudar à festa também divulga mais manifestações na capital do Norte de Portugal: 



'Ao longo dos próximos dias, o Movimento pelos Direitos do Povo Palestino convoca, com outras organizações, um conjunto de iniciativas pelo fim  do genocídio na Palestina. O Bloco de Esquerda apela à participação nessas iniciativas.'


7 de outubro

> Braga, Porto e Lisboa

Ia escrever sobre a convocaçom de manifestações do Coletivo pela Libertação da Palestina nas cidades de Braga, Porto e Lisboa mas depois percebi que a própria convocação bastava.



'Dia 7/10 saímos à rua para marcar um ano sobre a intensificação de uma agressão colonial genocida da entidade sionista sobre o povo palestiniano que dura há mais de 76 anos e que, como antes, se alastra agora ao povo libanês, em ações que deixam a nu o papel de Israel como posto avançado do imperialismo na região. Nesse dia gritaremos juntes "Sem Descolonização Não Há Paz". Resistir ao projeto colonial sionista é uma obrigação de todes que partilham a esperança de um mundo libertado do colonialismo, do capitalismo, do racismo, do fascismo e do cisheteropatriarcado.'


O Núcleo de Alunos de Sociologia do Porto (NASP) decidiu juntar-se à festa: 




'Lutar por uma sociologia pública, ao serviço da transformação social, significa recusar o silêncio perante a injustiça. Para isso, mobilizaremos todos os canais disponíveis para denunciar, mas também discutir e lutar contra o genocídio em curso. Que o nosso conhecimento seja usado para emancipar, e nunca, em circunstância alguma, para reproduzir relações de poder, dominação e colonização. Hoje e sempre, Palestina livre!'


O Centro de Estudos Socias (CES) em Coimbra, capitaneado emeritamente por Boaventura Santos, também adere à festa pedido um boicote a todas as instituições académicas israelitas:



> Lisboa
O Conselho Português para a Paz e Cooperação (CPPC), Movimento pelos Direitos do Povo Palestino e pela Paz no Médio Oriente (MPPM), o sindicato Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses (CGTP) e a Associação Projeto Ruído convocaram umha "Jornada Nacional de Solidariedade" com a Palestina, incluindo mais de vinte iniciativas em todo Portugal, realizadas entre 2 e 12 de outubro.



Aqueles que celebram o ataque terrorista islamo-nazista do 7 de outubro de 2023 com umha manife são cúmplices conscientes das intenções genocidas contra o povo judeu de Israel e dos Judeus.

A cobertura mediática e narrativa de guerra  dos telegrafistas do jihadismo palestiniano refere-se aos “acontecimentos de 7 de outubro”, omitindo o massacre perpetrado polo HAMAS e causa imediata da guerra em curso do eixo iraniano contra Israel. A inversom (midiática e política) da realidade histórica é a marca de todos os totalitarismos e a gentalha que espalha o ódio racial contra o Estado-naçom que protege o povo judeu nom está legitimada para falar em nengumha causa nobre, nem da liberdade das pessoas e dos povos, principalmente do povo galego.

1 comentário:

  1. A estrema-esquerda é um asco que está corroer as nossas democracias.
    Boaventura Sousa Santos um miserável com toda uma vida, hipócrita e cínica, enraizada na inveja e destilando ódio às sociedades ocidentais livres.

    Carneiro

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