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sexta-feira, 12 de fevereiro de 2021

SETORES DE ISRAEL CONTESTAM VACINAS E RESTRIÇÕES PARA A COVID-19

 Os novos casos de coronavírus caíram na quinta-feira para 4.922, abaixo de cinco mil pola primeira vez em meses, enquanto os testes positivos caíram para 6,7%. O número de doentes graves hospitalizados caiu para 985, o valor mais baixo desde 8 de janeiro, e o fator R caiu para 0,88. No entanto, 15 pacientes com coronavírus morreram durante a noite, elevando a mortalidade total em um ano para 5.286.

O diretor do Coronavirus, Prof. Ash, alertou que Israel ainda nom está fora de perigo. Todos devem continuar a obedecer às regras de uso de máscara e nom aglomeraçom, desde que a variante da Covid-19 britânica poderia inverter a curva para baixo.

Na terça-feira 9 de fevereiro, pola primeira vez em meses, o número de casos de coronavírus gravemente doentes caiu para menos de mil (993), e os testes positivos caíram para 7,3%. O Ministério da Saúde atribui os números melhorados aos milhões de vacinações que combatem a variante britânica galopante e o - embora irregular- confinamento de quatro semanas que começou a abrandar esta semana. 

Campanha de vacinações

Até agora, com 3,608 milhões de israelitas (71,19% da populaçom) que tomaram a sua primeira dose de vacinaçom para a Covid-19, Israel lideriza a campanha mundial de vacinações. Aliás, 2,224 milhões de pessoas completaram a imunizaçom com a segunda dose.

Hoje o ministro da Saúde, Yuli Edelstein, apelou aos jovens para que superarem a sua relutância e sejam vacinados: “Estamos a um pequeno passo de poder reabrir as academias”, disse ele. “Umha pequena decisom determinará se as pessoas se juntarám ao partido ou será deixadas para trás”. O ministério propôs-se a combater a desaceleraçom na resposta do público à campanha de vacinaçom, principalmente entre os jovens, com umha ampla campanha de informaçom destacando os benefícios da imunizaçom e os raros efeitos colaterais. Umha sala de guerra está a operar para combater as fake news e comentários negativos que circulam pelas redes sociais.

O sucesso da campanha é impressionante: segundo dados coletados polo Ministério da Saúde prduziu-se umha queda de 41% nos contágios confirmados por Covid-19 de meados de janeiro ao início de fevereiro na faixa etária acima de 60 anos (com cerca de 90% de vacinados), e umha queda de 31% nas hospitalizações. Em comparaçom, para pessoas com 59 anos ou menos, das quais pouco mais de 30% foram vacinadas, os casos caíram apenas 12% e as hospitalizações 5% no mesmo período.

Ainda ficam por vacinar dous milhões de israelitas entre 18 e 50 anos e é aí que a relutância em tomar a vacina é pronunciada, mais particularmente nalgumhas das comunidades ultraortodoxas e Árabes. Como referido, rumores falsos nas redes sociais alegando efeitos negativos a longo prazo da inoculaçom devem ser combatidos.

Ao contrário de muitos outros países, Israel desfruta do luxo de vacinas suficientes para todos. Segundo o presidente-executivo da Teva Pharmaceutical Industries, Kare Schultz, a companhia está em negociações com os principais fabricantes de vacinas para a Covid-19 a fim de implementar umha produçom suplementar urgente de vacinas para combater as novas variantes altamente transmissíveis do vírus.

A Teva já fez parceria para o lançamento da vacina Pfizer em Israel. A sua divisom de logística SLE lida com todas as vacinas numha instalação subterrânea perto do aeroporto principal de Israel. Trinta freezers grandes ajustados para 70 graus Celsius negativos (-94 Fahrenheit) podem conter 5 milhões de doses.

Deconfinamento

O gabinete do Coronavírus decidiu começar a reabrir escolas na quinta-feira, 11 de fevereiro, na sequência do segundo estágio dumha saída gradual dum confinamento de três semanas. No entanto, as disposições e equívocos anexados a esta decisom foram muito complicados para as autoridades locais e diretores de escolas seguirem. Como resultado, nom mais que um quinto do alunado de Israel, pré-escolares e infantil (classes de 1 a 4), nos distritos "verde", "laranja" e "amarelo", estavam livres para assistir às aulas, mesmo em pequenos grupos e ao ar livre. Os outros quatro quintos das crianças em áreas "vermelhas" e classes de 5 a 12 anos foram condenados a continuar o seu confinamento dum ano à instruçom remota solitária

Na quinta-feira, o município de Jerusalém recusou-se em desespero a abrir qualquer escola nos distritos multicoloridos da cidade. Outras autoridades locais resistiram a permitir que centenas de professores que se esforçavam para aceitar a vacinaçom entrassem na sala de aula. O Ministério da Saúde está procurando umha forma legal de penalizar esses professores, submetendo-os a testes Covid-19 a cada 48 horas.

Perante este cenário, educadores e psicólogos infantis alertam sobre os danos a longo prazo que pode sofrer a "geraçom do zoom".

O fracasso do ensino foi acompanhado polo espetáculo de um motim de comerciantes. O governo finalmente decidiu, em linha com a sua estratégia de reabertura do comércio em etapas, marcar 23 de fevereiro como a data de reabertura de lojas de rua, shoppings, academias, locais de lazer e eventos desportivos e, em 9 de março, restaurantes, cafés, hotéis , salas de eventos e nível intermediário do ensino (de 7 a 10). As empresas seriam obrigadas a exigir certificados de vacinaçom dos clientes. A decisom do gabinete de reabrir a economia no mês que vem previa que 4 milhões de israelitas tivessem recebido as duas doses da vacina.

Porém, na manhã de quinta-feira, três grandes shoppings, além de alguns hotéis e restaurantes, decidiram nom esperar mais. Centenas de milhares de pequenas lojas e negócios fecharam no ano passado e muitos outros estám à beira da falência. A manhã houve confrontos entre lojistas, policiais e fiscais de saúde, que distribuíram multas e ordens de encerramento.

Este desafio indiscriminado às regras governamentais, que interrompeu fortemente o terceiro confinamento de Israel, está a espalhar-se. A confiança nas medidas tomadas por um governo em apuros é absoluta. A campanha de vacinaçom de Israel está diminuindo, embora umha campanha oficial extenuante com incentivos esteja em andamento para fazer com que valha a pena para as pessoas tomarem as vacinas, principalmente quando o sucesso da campanha é impressionante.

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