O primeiro caso por contágio em Israel confirmou-se a 21 de fevereiro após umha mulher dar positivo logo depois de regressar do cruceiro Diamond Princess. Nessa altura instruiu-se o isolamento por catorze dias para quem tivesse visitado a Coreia do Sul ou o Japom.
2/março: No dia das terceiras eleições gerais, ja havia 5.000 israelitas em isolamento, na sua maioria pessoas que vinheram do exterior. Para elas houve urnas de votaçom isoladas do resto da populaçom.
4/março: O governo de Israel, no quadro dumha série de medidas par travar a expansom do coronavírus, anuncia a proibiçom de entrada no país de turistas procedentes de vários países, entre os quais Áustria, Suíça, Alemanha, França e o Reino de Espanha. A cidadania israelita ou residentes em Israel com autorizaçom podem aceder, mas devem guardar o confinamento domiciliário.
9/março: O primeiro-ministro em funções B. Netanyahu declara a quarentena oficial e o encerramento completo da fronteira. Qualquer um que chegar ao país deve permanecer catorze dias em quarentena. Os que chegam de visita devem provar que têm onde passar esse período para poderem entrar.
Essa decisom demorou dous dias para ser tomada por um prosaico motivo: Israel vinha adicionando aos poucos países cuja a origem representavam risco. Quando foi o momento de adicionar os EUA a coisa ficou complicada. O vice-presidente norte-americano Pence ligou para o Bibi dizendo que essa era uma decisom problemática, porque Israel seria o primeiro país a determinar os EUA como sendo origem de risco.
A decisom foi mudada várias vezes e as notícias eram contraditórias até que a decisom final foi, quando ficou definido que QUALQUER UM que viesse a Israel deveria ficar de quarentena. Os EUA aceitaram essa posiçom numha boa.
O país é pequeno e a populaçom sabe portar-se em situações de emergência e, por experiência, costuma colaborar com orientações. Nessa altura Israel regista 41 contágios e mais de 10.000 pessoas em quarentena.
12/março: Israel regista mais de 100 casos de contágio, polo que som fechadas universidades, escolas e atividades económicas, salvo restaurantes (para delivery), supermercados e farmácias. Também som proibidas as reunioms de mais de dez pessoas.
19/março: É declarado o estado de emergência sanitária e o endurecimento das restrições: a populaçom nom pode mover-se além de 100 m. das suas moradas, salvo exceções (por exemplo, a compra de alimento e produtos essenciais).
20/março: Arie Even, um sobrevivente da Shoah de 88 anos de Jerusalém é a primeira vítima mortal por coronavírus.
31/março: Israel, com 4.831 casos de contágio confirmados (+136 a respeito do dia anterior), 83 graves e 19 mortes, ocupa o lugar nº17
Medidas mais destacadas
Monitoreio: O serviço de segurança interna Shin Bet rastreja os movimentos dos contagiados através dos seus telemóveis para identificar os que estiveram em contato com eles e avisá-los para entrarem em quarentena. Mais de 500 israelitas foram diagnosticados deste jeito.
Repatriamento: As aerolinhas israelitas, a estatal El Al, Arkia e Israir encaminharam voos ao Peru, Índia, Austrália, Brasil, Nova Zelândia e Costa Rica para pegar de milhares de israelitas. No dia 30 de março ainda ficam 1.500 dos 6.000 que havia.
Transporte público: O ministério de Transporte instaurou um sistema de aviso que permite os passageiros saberem se partilharam umha viagem com umha pessoa infetaa. Isto faz-se trackeando o historial de viagem na passagem eletrónica do país, conhecido como Rav-Kav.
Testes maciços: Durante a maior parte de fevereiro Israel realizou entre 750 e mil testes cada dia. Nos inícios de março aumentou para 2000, depois a 3000 e hoje som realizadas 6000 provas diárias. O governo espera chegar a 10.000 nesta semana e a 30.000 na próxima. Para comparar, a Coreia do Sul fez 15.000 provas cada dia com 5 vezes mais populaçom do que Israel. Para aumentar os testes, o Magen David Adom (a Cruz Vermelha Israelita) abriu centros de "drive through" em Telavive, Haifa, Jerusalém e Beersheba onde se pode ir de carro. Para realizar estes testes maciços o Mossad trouxe para o país mais de 500.000 testes em duas operações. O governo negou-se a referir a procedência desses kits.
Desafios
Relativamente as desafios, pode referir-se a pouca ou nula cooperaçom dos Estados da regiom. Jerusalém nom uniu forças nem sequer com os dous países árabes com os que tem relações formais, o Egito e a Jordânia. Existe algumha cooperaçom com a Autoridade Nacional Palestiniana.
Mas o maior desafio som alguns setores ultraortodoxos, mormente em bairros Bnei Brak e Mea Shearim, que rejeitam cumprir as restrições de confinamento impostas e seguem a abrir escolar e a celebrar casamentos e funerais maciços. Alguns mesmo agredem os policiais e médicos que vam realizar testes.
Isto é devido a múltiplos fatores:
- A desconfiança de muitos ultraortodoxos face as autoridades civis.
- A crença em que De-s os irá salvar da doença
- A aglomeraçom nalguns bairros, já que muitos som famílias numerosas e casas pequenas
- A pouca educaçom científica nalgumhas escolas ultraortodoxas
- O facto de esta comunidade estar menos exposta à míedia, polo que nom levam em conta os estragos que a pandemia está a causar. Além disso, muitos carecem de ligaçom a Internet nas suas casas.
Por causa disto, 35% das pessoas contagiadas e metade dos hospitalizados por COVID-90 em Israel som ultraortodoxos. E os 30% contagiaram-se em sinagogas e escolas religiosas. Além disso, em nível nacional os casos duplicam-se a cada três dias, mas em Bnei Brak e Jerusalém por 8 e 4 nesse tempo.
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