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quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

O PARLAMENTO GALEGO E PORTUGUÊS NO DIA DE MEMÓRIA DO HOLOCAUSTO

No Dia de Memória do Holocausto o Parlamento galego e a Assembleia da República portuguesa realizaram atos de evocaçom.

Por um lado, o Parlamento da Galiza aprovou umha declaraçom institucional em memória das vítimas da Shoah.

Em 1 de novembro de 2005, a Assembleia Geral das Nações Unidas, na sua 42ª sessom plenária, reafirma que o Holocausto, que teve como resultado que um terço do povo judeu e inúmeros membros doutras minorias morreram assassinados, será sempre umha advertência para todo o mundo dos perigos do ódio, o fanatismo, o racismo e os preconcebidos. E também decidiu designar o 27 de janeiro como Dia Internacional de comemoraçom anual em memoria das vítimas do Holocausto, todas elas vítimas do nazismo, entre as quais se contam também galegos e galegas.

A Assembleia Geral rejeitou, e este Parlamento a endossa, toda a negaçom, quer parcial quer total, do Holocausto como facto histórico. E condenou sem reservas, condena que também este Parlamento endossa, todas as manifestações de intolerância religiosa, incitaçom, assédio ou violência contra as pessoas ou comunidades com base na origem étnica ou nas crenças religiosas, tenham lugar onde tiverem lugar.

O Parlamento da Galiza constata, com a Assemblea Geral das Nações Unidas, que o desconhecimento e o menosprezo dos direitos humanos originam atos de barbárie aldrajantes para a consciência humana.

O Parlamento da Galiza, mais um ano e de acordo com a letra e com o espírito da Declaraçom de 1 de novembro de 2005 da 42ª Assembleia Geral das Nações Unidas, chama o Governo da Xunta para trabalhar arreu contra os possíveis surtos de racismo, xenofobia e discriminações baseados na origem étnica ou nas crenças religiosas, e os cidadãos e as suas organizações para permanecerem vigiantes para que nunca mais um regime como o que produziu o Holocausto possa nem assentar entre nós nem em nengum lugar do mundo.

Santiago de Compostela, 27 de janeiro de 2016


Por outro lado, o Parlamento português assinala o Dia de Memória do Holocausto, instituído em 2010 por Resoluçom da Assembleia da República, com as seguintes iniciativas:

- Inauguraçom da "Exposição Evocativa da Memória do Holocausto" (patente no Andar Nobre até 10 de fevereiro) – apresentaçom polo Deputado João Rebelo.

-​ Intervenções do Presidente da Assembleia da República​, Eduardo Ferro Rodrigues, da Embaixadora de Israel em Lisboa, Tzipora Ramon, e do Presidente da Comunidade Israelita de Lisboa, José Oulman Carp.

-​ Exibiçom, no Salão Nobre, do filme "Labirinto de mentiras", realizado por Giulio Ricciarelli, que relata a história dos julgamentos de Auschwitz.

No dia 29 de janeiro, é apreciado, em Plenário, um voto relativo ao Dia de Memória do Holocausto. A seguir reproduz-se, na íntegra, o conteúdo desse voto de pesar apresentado polo PSD, PS, BE, CDS-PP, PCP e PE.

A Assembleia da República associa-se, pela sexta vez, à evocação internacional que relembra as vítimas do Holocausto. Para além da consagração do dia 27 de janeiro como “Dia Internacional da Memória das Vítimas Holocausto”, o Parlamento português assumiu o compromisso de promover a sua memória e educação nas escolas e universidades, comunidades e outras instituições, “para que gerações futuras possam compreender as causas do Holocausto e refletir sobre as suas consequências”, de forma a “evitar futuros atos de genocídio”.

Esta evocação contém uma lição que tem atualidade para o nosso tempo, pois reflete a vitória da vida e da humanidade sobre o lado negro da natureza humana, esclarece-nos sobre o que fomos e o que somos, e ajuda-nos a saber reconhecer a história e a afirmar o valor do diálogo entre os homens, entre as religiões, entre as culturas e entra as civilizações, para que o Holocausto nunca mais se repita.

Neste sentido, a Assembleia da República presta a sua homenagem a todas as vítimas do Holocausto, que perderam as suas vidas pelas mãos dos carrascos nazis e dos seus cúmplices, e lembra esta data, confirmando a sua responsabilidade de não esquecer.


Os Deputados

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