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sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

AZINHOSO

Freguesia portuguesa da regiom de Trás-os-Montes que, com cerca de 310 habitantes, faz parte do concelho de Mogadouro.

Embora atualmente seja umha aldeia também afetada pola desertificaçom motivada pola emigraçom, entre 1386 e o início do século XIX foi sede de concelho.

Apesar de, alguns edifícios terem sido modificados por reconstruções do século XIX, ainda hoje se identificam algumhas casas com marcas distintivas dos hebreus, bem como vestígios que se pensa estarem relacionados com a sua passagem.
Cruciforme em moradia. ANA PINTO
As marcas até agora registadas nesta freguesia som umha moradia com um cruciforme que apesar de ter sido restaurado apresenta-se como umha evidência, umha outra casa com duas rosáceas no vão da porta e ainda umha casa que é apontada polos habitantes como sendo o local da antiga sinagoga, onde existe um cruciforme e os vãos das portas e janelas estão desalinhados, caraterísticas apontadas como típicas das habitações judaicas.


Portas e janelas desalinhadas em Azinhoso. ANA PINTO
Cruciforme no prédio que terá sido a antiga sinagoga em Azinhoso
Fonte: Marcas arquitetónicas judaicas e vítimas da Inquisição no concelho de Mogadouro, Lema D’origem
ANTERO NETO
A presença hebraica nesta terra foi no passado bastante marcante principalmente a nível económico pois, existiam os “peleiros” que trabalhavam as peles, oficio este que gerava bastante dinheiro. Ainda hoje existe em Azinhoso, o local de “pelames” que comprova isto mesmo. 


Local de Pelames. ANA PINTO
Existe ainda um edifício onde está localizado o Museu de Arte Sacra, que também apresenta marcas judaicas como as portas em estilo manuelino e os crucifixos rasurados nas paredes, à semelhança do que acontece no Museu de Arte Sacra em Gouveia (Guarda), onde se encontra o símbolo mais importante da presença judaica escrito em hebraico naquela cidade.

No entanto, as marcas visíveis em Azinhoso nom representam certezas científicas se haverá ligaçom ou nom pois, que seja do conhecimento ainda nengum estudo foi elaborado neste sentido.

Nos registos do livro do Abade Baçal estám assinalados dous Autos de Fé, nos anos de 1696 e 1755 pola Inquisiçom de Coimbra contra Branca Lopes, originária de Castela, casada com António Lopes, tratante, natural de Azinhoso e Clara Maria, moradora em Bragança, casada com Francisco José, tecelão, natural de Azinhoso.

Artigo elaborado com base no trabalho JUDEUS, JOIA DA COROA TRANSMONTANA - PROPOSTA DE CRIAÇÃO DE UMA ROTA CULTURAL DOS JUDEUS EM TRÁS-OS-MONTES de Ana Catarina Pinto (2015)

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