Israel defende os drusos enquanto o Ocidente os abandona perante o jihadismo
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Bandeira nacional do povo druso |
Israel veio em defesa dos drusos por um imperativo moral para evitar que sejam massacrados polo regime jihadista sírio, que ataca as minorias étnicas e religiosas nom muçulmanas sunitas enquanto conta com a passividade do Ocidente, incluindo os Estados Unidos, que optam por reforçar o protetorado que a Turquia exerce de facto sobre parte da Síria.
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A minoria drusa da Síria está a ser ameaçada por grupos jihadistas |
Ataque a quartel do regime sírio em Damasco
A 16 de julho as Forças de Defesa de Israel (IDF) bombardearam a entrada do quartel-general do regime sírio em Damasco. A ofensiva é umha resposta a ataques de forças do governo sírio contra civis das minorias drusas e cristãs no sul do país.
A mensagem de Israel é clara: terror islâmico mesmo dum presidente que trocou a farsa do ISIS polo fato e gravata nom será tolerado.
Israel e os drusos: umha aliança antiga
Israel tem longa relaçom com a comunidade drusa, mesmo dentro de seu território. Diante das denúncias de massacres cometidos pelo regime em Sweida, no sul da Síria, o Exército israelita decidiu intervir mas sem enviar tropas terrestres.
Em Suwayda, na Síria, o passado 13 de julho, eclodiram confrontos com as forças sírias. Há mais de 250 mortos, civis drusos, devido a alegadas execuções; o cessar-fogo de 15 de julho foi posto em causa.
Desde segunda-feira 14 de julho, civis drusos israelitas atravessam a fronteira para tentar proteger os seus aliados sírios. Os drusos israelitas (130 mil cidadãos, muitos deles nas IDF) consideram os parentes sírios como irmãos.
O movimento preocupa as IDF, que temem umha escalada do conflito e buscam manter o controlo da situaçom.
160 alvos sírios atingidos em Sweida e Damasco
Até 16 de julho Israel já realizou 160 ataques aéreos contra alvos do regime sírio em Sweida e em Damasco, incluindo áreas do Ministério da Defesa e do Palácio Presidencial. A operaçom deve durar vários dias.
Mesmo com os bombardeamentos, o Exército sírio retomou o controlo de cerca de 70% da cidade de Sweida, antes dominada polos drusos.
Segundo as IDF, o regime emprega cerca de 200 milicianos e 1000 soldados regulares para cercar e isolar a populaçom local.
Massacres, milícias e o limite da resposta israelita
Israel acusa o regime de usar milícias para cometer atrocidades e tentar isentar-se de responsabilidade direta. Ainda assim, inteligência militar sugere que o plano foi orquestrado para dar aparência de conflito interno.
Apesar dos ataques das IDF, a ausência de tropas terrestres pode limitar a sua capacidade de impedir os massacres. Israel quer impor um custo militar ao regime, mas admite que a situaçom dos drusos segue crítica.
A relaçom dos drusos com o
Estado de Israel
Os drusos mantêm uma aliança histórica com Israel, participando diretamente da defesa do país e ocupando espaços importantes em várias instituições estatais. Eles são conhecidos pola sua lealdade a Israel e, ao contrário de muitas outras comunidades árabes, os homens drusos estão sujeitos ao alistamento obrigatório nas Forças de Defesa de Israel (IDF).
Regime sírio anuncia cessar-fogo em Sweida
O pacto prevê garantias de direitos "de acordo com as leis de justiça e igualdade" e a criaçom dum comitê para investigar os confrontos.
A mídia estatal síria confirmou o cessar-fogo e informou que as IDF devem-se retirar, mantendo apenas pontos de controlo na cidade.
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O terrorismo islâmico ameaça minorias nacionais do Próximo Oriente |
Desde a queda de Bashar al-Assad, Israel tem-se comprometido com a proteçom das comunidades drusas na Síria e vem mantendo essa promessa. Embora haja negociações crescentes para um acordo de paz entre Israel e a Síria, para que isso se concretize, o regime sírio precisa adotar medidas concretas em favor das minorias.
Solidariedade seletiva
O silêncio ensurdecedor de parte dos políticos frente ao massacre de mais de 1300 drusos na Síria escancara que nunca se tratou de direitos humanos, cessar-fogo ou solidariedade aos palestinianos. Se nom tem Israel envolvido, nom há interesse e a “solidariedade” é seletiva!
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