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segunda-feira, 14 de outubro de 2024

A TEORIA VALENCIANA CONFIRMA A ORIGEM JUDAICA DE COLOMBO

 A seguir mostramos as ideias-força da teoria judeu-valenciana sobre a origem de Cristovão Colombo, formulada polo investigador catalão Francesc Albardaner e confirmada polos resultados dos testes de ADN recentemente divulgados pola Universidade de Granada.

Testes de ADN confirmaram a origem judaica de Cristovão Colombo

Cristovão Colombo (também Cristóbal Colom) nasceu em Valência (Países Catalães) no seio dumha família de conversos, cujo ofício era o de tecelões de seda. 

A mãe dele era valenciana e, portanto, a sua língua materna era o catalão. O pai dele foi um emigrante da Ligúria, de ofício mestre  tecedor de seda, que emigrou para Valência com o clã dos  Gavoto de Savona. 

A partir de 1445 (ou mesmo um pouco antes) o clã paterno cria empresas de tecidos de seda e brocados e moinhos de papel em Valência.


O casal pode ser considerado intragremial, feito frequente nessa altura. Por ser filho dum casal misto, tanto se poderia apresentar como "genovês de naçom", por ser filho dum pai genovês, ou como súbdito natural da Coroa de Aragom-Catalunha, por ter nascido no Reino de Valência.


Cristovão Colombo teve umha educaçom também dual: cristã na esfera pública e judaica no seio familiar. Na realidade Colom foi um criptojudeu a quem nom interessava que se conhecesse a sua origem hebraica nos tempos difíceis da imposiçom da Inquisiçom castelhana em todos os territórios da Coroa de Aragom-Catalunha. A sua origem judaico sefardita foi um dos motivos principais que o obrigaram a nom difundir a sua procedência.


Esta teoria foi confirmada recentemente polos resultados da análise de ADN mitocondrial e do cromosoma Y de Cristovão Colombo, do seu filho Fernando e do seu irmão Diogo, realizada pola Universidade de Granada, ao comprovar que o perfil genético do navegador é compatível co dum cluster de mulheres sefarditas.


A confirmaçom da presença em Cristovão Colombo do "ADN sefardita" põe em causa a teoria (oficial) da origem genovesa do navegador ao nom existir comunidades judaicas em Gênova nessa altura. Assim sendo, segundo autores italianos "na Itália do século XV os judeus nom podiam viver no campo e deviam concentrar-se nas cidades e o bisavó (de Colombo) morava na aldeia camponesa de Moconesi" (Paolo Emilio Taviani) E "Domenico  Colombo, pai de Cristoforo Colombo, nom poderia ser guardião dumha porta de Génova se fosse judeu, porque o cargo estava reservado a cristãos" (tese Ernesto Lunardi e Granzotto). 


A origem hebraica de Cristovão Colombo segundo a teoria valenciana

1. Colombo mostrou sempre umha teimosia na reconquista de Jerusalém e a reconstruçom do seu templo, ao que o navegador se referia, como muitos Judeus, como "Casa Santa". Segundo Juan Gil "atávicas crenças fazem desejar a Colón que o templo seja reconstruído: a chamada do subconsciente é forte demais para que o almirante a possa vencer. A esta luz a doentia mania de Colón por Jerusalém é totalmente compreensível (...) porque Colón, a julgar por estas passagens, foi educado de criança na religiom judaica".


2. Uso da cronologia hebraica numha nota à "Rerum Ubiquem Gestarum" do papa Pio II, traduzindo a data de 1484 por 5241 segundo a cronologia hebraica.


3. Colom adiou da saída dos navios do porto de Palos para 3 de agosto, para evitar o azar de coincidir com o dia 2 (Tisha B'Av), aniversário da destruiçom dos dous templos de Jerusalém. Talvez polo medo à Inquisçom ou à existência de Judeus na expediçom, o navegador exigiu que a tripulaçom embarcasse antes da meia-noite de 2 de agosto.


4. Os franciscanos chamavam (em gíria) os descendentes de Colom em Santo Domingo (atual República Dominicana) como "rei faraó" para dizer que eram Judeus.


5. Numha carta encaminhada aos reis católicos a 7 de julho de 1503 Cristovão identifica-se com o judaismo: 

> A expressom "y de los cristãos cobraste tan honrada fama" para S. Madariaga "apenas podia ser escrito por alguém que se sentisse fora da cristandade".

> Todo o conteúdo do que diz "a piedosa voz" é umha declaraçom de judaismo: "Una voz muy piadosa aí diziendo: 'O stulto y tardo a creer y a servir a tu Dios y Dios de todos, ¿qué hizo Él más por Moysés o por David, su siervo? Desque nasçistes siempre Él tubo de tí gran cargo. Cuando te vido en hedad de que Él fue contento. Maravillosamento hizo sonar tu nombre en la tierra. Las Yndias, que son parte del mundo, tan ricas, te las dió por tuyas,..." (...)"¿Qué hizo Él más al tu pueblo de Ysrael cuando lo sacó de Egipto, ni por David, que de pastor lo hizo rey de Judea?".


6. Numha carta a frei Gaspar Gorricio (7 de julho de 1502) Colom escreveu "... yo esperaría de bebir más de çien gibileos" (o jubileu é umha expressom da tradiçom hebraica).


7. No seu testamento (19 de maio de 1506), Cristovão Colombo incluiu umha cláusula habitual na tradiçom judaica: "A um judeu que morava à Porta da Judiaria de Lisboa, o a quem mandar um sacerdote, o valor de meio marco de prata". 


8. O criptograma da assinatura tem certa semelhança às lápides funerárias judaicas. No seu testamento navegador ordena ao seu filho e herdeiro que também a utilize, o que pode comportar umha mensagem de linhagem familiar e, portanto, no criptograma poder-se-ia esconder o nome do pai e da mãe dele. Segundo Estelle Irizarry a sua  assinatura significa "Shemá Israel", umha das principais rezas judaicas, mais antiga e repetida do judaismo

Criptograma da assinatura de Cristôvão Colombo


9. Colom mostrava um fervor messiánico, idêntico e visível nos escritos judaicos da mesma época, a expectaçom perante a libertaçom iminente de Jerusalém. O libertador seria Fernando o Católico, que recuperaria a cidade sagrada, esmagaria o poder do islám e dos turcos. Segundo Juan Fernández Valverde a cita de Isaias faz referência ao início da alegria imensa que cria a chegada da era mesiánica, o gozo terrenal e paz bucólica que surgiram nessa altura, mas todo isto dum ponto de vista judaico porque é a partir dessa interpretaçom, a judaica, a literal da Escritura, como se pode entender que a era mesiánica está por chegar, já que para os cristãos essa era já chegou.


10. O navegador mostra umha visom sincretista das três religiões do livro numha carta aos reis de 1501: "Digo que o Espírito Santo obra igual em cristãos, Judeus, mouros e em todos doutra seita, e nom apenas nos sábios, mas nos ignorantes".


11. A paralisaçom da causa de beatificaçom de Cristovão Colombo no Vaticano, iniciada em 1866 e promovida polo francês Roselly de Lorgues logo de ter sido proposta até tres vezes por dous papas (Pio IX e Leom XIII) sustentados por 850 bispos, confirma que para a Sacra Congregaçom de Ritos da igreja o navegador carecia de méritos para a postulaçom.


12. Nas cartas de Cristovão Colombo ao seu filho Diego utiliza notas nas margens com referências judaicas, nomeadamente as siglas "Beth-hai", equivalente a "Besrath Hashem" (com o favor de d'us).


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