Cidade portuguesa da Beira, com cerca de 9.300 habitantes.
O topónimo do local Fundão foi pola primeira vez referido em documentos do século XIV. A história desta cidade enquanto centro urbano preeminente é condicionada desde o início polos cristãos-novos.
Após a expulsom dos Judeus nos reinos de Espanha, grande número de refugiados veio a se estabelecer na Cova da Beira, onde já havia minorias judaicas significativas.
Foram estes imigrantes, fundando bairros dos quais o mais importante se situava em volta da Rua da Cale (Rua do Encontro ou da Sinagoga em Hebraico) que permitiram ao Fundão assumir as dimensões dumha verdadeira cidade. O influxo de mercadores e artesãos judeus transfomaria a cidade num centro importante para o comércio e a indústria.
A Judiaria do Fundão ficava situada junto ao bairro de Santo António na zona leste da cidade. Esta judiaria foi crescendo ao longo dos anos tendo o seu apogeu com a chegada dos Judeus expulsos dos reinos de Espanha.
Com o estabelecimento da Inquisiçom, começaram as perseguições aos Judeus e cristão-novos, tendo sido numerosas as expropriações, as torturas e as execuções.
Ainda hoje som frequentes os nomes dos cristão-novos nos habitantes da regiom. A cidade perdeu assim nessa altura grande parte do seu dinamismo económico.
No período do Iluminismo do fim do século XVIII, o entom primeiro-ministro do reino, o Marquês de Pombal, após equiparar legalmente os cristão-novos aos cristão-velhos, procurou restaurar a preeminência económica da cidade fundando a Real Fábrica de Lanificios, onde hoje está situada a Câmara Municipal.
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