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quinta-feira, 24 de outubro de 2013

SÃO JOÃO DA PESQUEIRA

Vila portuguesa do distrito de Viseu com cerca de 2.200 habitantes.

Vila do vinho do Porto, considerada o Coraçom do Douro Vinhateiro, na regiom demarcada do Douro criado polo Marquês de Pombal. Trata-se do mais antigo concelho do país, datando a sua criaçom de 1055, precedendo assim todos os outros concelhos, incluindo cidades tam importantes ao tempo da fundaçom como Coimbra, Guimarães ou Lamego.


A presença de Judeus na Pesqueira está documentada, polo menos para o reinado de D. João II (1481-95), onde aparece citada entre as outras judiarias do reino. S. João da Pesqueira localiza-se numha zona onde a presença judaica foi bastante forte e, embora nom fosse comparável às judiarias do Porto e de Lisboa, com as quais, aliás, mantinha estreitos contatos, a sua proximidade com outras judiarias beirãs, transmontanas e castelhanas, fazia dela umha das mais estratégicas.

Durante a Idade Média e, sobretodo, a partir do século XVI, Judeus e cristãos-novos tiveram um importante papel na dinamizaçom económica do Douro. Especialmente durante a Época Moderna interessaram-se pola produçom vinícola e, tirando partido da teia de relações familiares em diversos centros, desenvolveram amplas redes de comércio, solidificando a ligaçom entre esta regiom e a cidade do Porto, centro escoador natural de toda a regiom Norte.

Na documentaçom existente, nesta vila também se encontra Judeus a exercerem ofícios de sapateiros, alfaiate, o que quer dizer que era de extrema importância o papel dos artífices, sobretodo dos ligados à vida quotidiana.


Judiaria de São João da Pesqueira
Nas traseiras da Praça da República, no Centro Histórico, subsiste um conjunto habitacional  cuja toponímia (R. dos Gatos, Tr. dos Gatos e Rua Nova) aponta para a existência outrora da pequena judiaria de São João da Pesqueira.

Localizaçom da judiaria de São João da Pesqueira.

No local da antiga e poderosa comunidade judaica subsistem casas de xisto, distribuídas por um estreito e acanhado arruamento que imediatamente evoca as irregulares ruas das cidades medievas.


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