Apesar de estar muito ligado aos EUA, o declínio da influência estado-unidense no Próximo Oriente, fez com que Israel adopte umha postura multipolar ao construir relações fortes com a Índia, a China ou a Rússia, com a que mantém um diálogo construtivo.
Relações humanas
Por volta de 1 milhom de cidadãos israelitas provêm do espaço russo e ex-soviético, com fluxos entre ambos os paises. Desde o fim da década de 1980 a cidadania com dupla nacionalidade russo-israelita representa aproximadamente 15% da populaçom do Estado judeu.
Desde a independência, os israelitas de origem russa constituem umha comunidade autónoma e muito integrada na vida cultural, política e económica do Estado de Israel.
Desde o início do século XXI Israel tornou-se num destino a cada vez mais visitado polos turistas russos e desde setembro de 2008 foram suprimidos os vistos entre os dous países. Na atualidade os russos representam o segundo coletivo de turistas (603.000 pessoas e 17,4% em 2013), apenas superado polo 18% de turistas norte-americanos.
Moscovo alberga a maior comunidade de expatriados israelitas, com 80.000 cidadãos israelitas a morar na ca capital russa em 2014, a maioria russófonos. Esta comunidade desenvolve muitos eventos culturais israelitas e muitos vivem parte do ano em Israel. Há 60 voos semanais entre Telavive e Moscovo.
Relações comerciais
Entre 1991 e 2013 as trocas comerciais entre Israel e Rússia multiplicaram-se por 300, passando de 12 para 3500 milhões de dólares, com um incremento de 20% entre 2012-13.
As exportações russas para Israel superam os 2000 milhões de dólares, principalmente diamantes em bruto e hidrocarbonetos (46,5%).
As exportações israelitas à Federaçom russa alcançam quase 1.500 milhões de dólares, principalmente produtos agrícolas (16%), produtos eletrônicos manufaturados (10%) e material médico (8,5%).
Em dezembro de 2013 Israel e Russia decidiram, à margem da cimeira da Organizaçom Mundial do Comércio de Bali, a criaçom dumha zona de livre comércio. Desde março de 2014 um grupo de trabalho conjunto avalia a viabilidade de alargar esse acordo entre Israel e a Uniom Alfandegária da Rússia, Bielorrúsia e Cazaquistám.
Cooperaçom técnico-militar
Desde a chegada de Putin à presidência russa, um importante campo de colaboraçom com Israel foi a troca de experiências no combate ao terrorismo e na guerra assimétrica, especialmente ao abrigo dos ataques terroristas chechenos em Moscovo (2002) e na Ossétia do Norte (2004). Em consequência, o primeiro-ministro israelita Ariel Sharom, estimando que a luta russa contra os terroristas era comparável à sua própria luta contra os terroristas palestinianos, apoiou completamente à Rússia no seu conflito violento com os rebeldes wahabitas na Chechênia e procurou implementar medidas de cooperaçom antiterrorista, tais como treino conjunto de forças antiterroristas, o desenvolvimento comum de tecnologias de segurança fronteiriça e a coproduçoom de sistemas de armamento (especialmente no campo da vigilância aérea).
Para corrigir o seu atraso nas tecnologias de alto valor militar, Rússia assinou em abril de 2009 um contrato de 53 milhões de dólares com a Israel Aerospace Industry (IAI) para a compra de 12 veículos aéreos nom tripulados (drone) de vigilância (2 Bird Eye-400, 8 i-View Mk150 e 2 Searcher Mk.2 UAVs). Num segundo contrato de 100 milhões de dólares, nos finais do mesmo ano, a Rússia encargou a compra de mais 36 drones a Israel.
Em 6 de setembro de 2010 a Rússia e Israel assinam um acordo militar por um período de cinco anos em termos de colaboraçom no combate ao terrorismo e a proliferaçom de armamento de destruiçom maciça. .
Para corrigir o seu atraso nas tecnologias de alto valor militar, Rússia assinou em abril de 2009 um contrato de 53 milhões de dólares com a Israel Aerospace Industry (IAI) para a compra de 12 veículos aéreos nom tripulados (drone) de vigilância (2 Bird Eye-400, 8 i-View Mk150 e 2 Searcher Mk.2 UAVs). Num segundo contrato de 100 milhões de dólares, nos finais do mesmo ano, a Rússia encargou a compra de mais 36 drones a Israel.
Em 6 de setembro de 2010 a Rússia e Israel assinam um acordo militar por um período de cinco anos em termos de colaboraçom no combate ao terrorismo e a proliferaçom de armamento de destruiçom maciça. .
Em outubro de 2010 a IAI e a corporaçom industrial russa Oboronprom acordaram umha nova venda por um total de 400 milhões de dólares para a compra, durante três anos, de drones Searcher Mk.2 e Bird Eye-400, bem como a construçom dumha fábrica de montagem em Ecaterimburgo. Os primerios drones russo-israelitas foram entregados em 2012, estando agendada a entrega final ao exército russo em 2014.
Adicionalmente, tecnologia israelita foi usada na segurança da organizaçom de vários eventos, tais como nos recentes Jogos Olímpicos de Inverno de Sochi.
Adicionalmente, tecnologia israelita foi usada na segurança da organizaçom de vários eventos, tais como nos recentes Jogos Olímpicos de Inverno de Sochi.
Energia
A descoberta frente à costa israelita dumha grande jazida de gás que poderia albergar 1,4 bilhões de m3 fez aumentar o interesse russo polos recursos do Estado hebreu.
Para nom depender unicamente dos EUA (únicos contratistas para a extraçom de hidrocarbonetos), em fevereiro de 2013 umha companhia filial de GAZPROM assinou um contrato com a israelita Levant LNG Marketing Corporation para a compra, em exclusivo e por um período de 7 anos, de gás natural liquado procedente da jazida de gás de Tamar (face a costa de Haifa).
Israel planeja alargar a importaçom de gás natural russo para os 25% até 2025 através da construçom do oleoduto Blue Stream II.
Israel planeja alargar a importaçom de gás natural russo para os 25% até 2025 através da construçom do oleoduto Blue Stream II.
Conflito israelo-palestiniano
Apesar de a Rússia continuar apoiar a causa palestiniana na ONU, convidar o Hamas a Moscovo, ajudar o Irám com o seu programa nuclear e vender armamento a Síria que acaba em mãos do Hezbollah, Moscovo nunca estabeleceu limitações às importações procedentes dos territórios ocupados de Cisjordânia ou das Colinas do Golán.Durante um encontro com umha delegaçom de rabinos em Moscovo a 9 de julho de 2014, dous dias depois do início da operaçom Margem Protetora, o presidente Putin, referindo-se ao sequestro e assassinato dias antes de três adolescentes por terroristas do Hamas disse que "eu apoio a luta de Israel na sua tentativa de proteger os seus cidadãos. Eu também ouvi o chocante assassinato dos três jovens. É um ato que nom pode ser permitido, e peço que transmitam as minhas condolências às famílias".
Apesar do apoio russo à autodeterminaçom do povo palestiniano, Rússia nom aprova umha declaraçom unilateral de independência.
Rússia foi membro do Quarteto, juntamente com os EUA, a UE e a ONU, estabelecido em março de 2002 para agir como mediadores do processo de paz entre Israel e os Palestinianos. Desde a sua constituiçom o Quarteto fez pouco ou nenhum progresso na tentativa de promover negociações substantivas. No entanto, a Rússia está numha posiçom única como um país que tem graus de relações amistosas com a Autoridade Palestina, com o Hamas e com Israel. Pode ser o intermediário que possa convencer os Palestinianos a concordar para iniciar o processo de negociações pacíficas?
Diplomacia
Desde o início da crise Rússia-Ucrânia, Israel adoptou umha posiçom morna e discreta, abstendo-se de condenar a anexaçom russa da península da Crimeia em 27 de março de 2014 na Assembleia Geral da ONU, causando o desgosto do governo norte-americano.
Umha reprovaçom da anexaçom da Crimeia à Rússia poderia acarretar umha postura menos cooperativa de Moscovo no apoio militar à Síria ou na questom nuclear iraniana. Aliás, Israel suspendeu a exportaçom de drones para a Ucrânia como resposta ao bloqueio na venda de armamento da Rússia para o Irám e Síria.
Apesar das sanções impostas em julho de 2014 pola UE a Rússia pola sua política imperialista na Ucrânia, Israel irá continuar as suas exportações de produtos agrícolas à Rússia. Em resposta, a Rússia bloqueou as importações agrícolas da Europa e Israel está interessado em expandir a sua produçom agrícola de 325 milhões de dólares por ano para mais de 1000 milhões. A venda de frutas israelitas à Rússia, mormente maçãs e ameixas, pode contribuir a compensar as as perdas derivadas da proibiçom da UE às importações sobre lácteos, carnes, aves e ovos com produtos da Cisjordânia, Colinas de Golã e Jerusalém.
Umha reprovaçom da anexaçom da Crimeia à Rússia poderia acarretar umha postura menos cooperativa de Moscovo no apoio militar à Síria ou na questom nuclear iraniana. Aliás, Israel suspendeu a exportaçom de drones para a Ucrânia como resposta ao bloqueio na venda de armamento da Rússia para o Irám e Síria.
Apesar das sanções impostas em julho de 2014 pola UE a Rússia pola sua política imperialista na Ucrânia, Israel irá continuar as suas exportações de produtos agrícolas à Rússia. Em resposta, a Rússia bloqueou as importações agrícolas da Europa e Israel está interessado em expandir a sua produçom agrícola de 325 milhões de dólares por ano para mais de 1000 milhões. A venda de frutas israelitas à Rússia, mormente maçãs e ameixas, pode contribuir a compensar as as perdas derivadas da proibiçom da UE às importações sobre lácteos, carnes, aves e ovos com produtos da Cisjordânia, Colinas de Golã e Jerusalém.
Em junho de 2012 Putin e Shimon Peres inauguraram em Netanya (ver imagem) um monumento em memória do meio milhom de soldados judeus que combateram no Exército Vermelho durante a Segunda Guerra mundial.
Em 1 de junho de 2014 os governos da Rússia e Israel anunciaram a posta em marcha dumha linha encriptada de comunicaçom permanente para "debater questões diversas sobre os principais interesses das duas nações sem umha intervençom direta dos EUA".
Segundo Avigdor Lieberman, ministro israelita dos Negócios Estrangeiros nascido na Moldávia soviética, "os americanos têm muitos problemas e desafios em todo o mundo que precisam resolver e têm problemas em casa. Necessitamos percebê-los e como isso nos afeta na cena internacional", frisando que "a política exterior israelita durante décadas focalizou-se numha só direçom, para Washington. Mas a minha política é multidirecional".
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