domingo, 5 de maio de 2013

TESE 4ª: ISRAEL É UM POSTO AVANÇADO, UMHA CONSEQUÊNCIA DO IMPERIALISMO AMERICANO

Nom contente com receber o dinheiro e utilizar o melhor possível as fontes humanas dos judeus da Diáspora, Israel recebe a acusaçom de ser um produto do imperialismo ianque. Pior ainda, um autor de origem judia (*) mesmo chegou a estigmatizar Israel como um facto colonial.  O sionismo seria umha aventura colonial do povo judeu à custa dos palestinianos e outros países árabes. Outra variante desta tese: empresa da burguesia judia que liga imperialismo e colonizaçom.

A fragilidade desta tese é tam evidente que apenas pode enganar aqueles que já fizeram a sua escolha perante qualquer argumento racional. A menos que se jogue com a palavra, como faz o nosso autor, nom existem no caso israelita nengumha das características da colonizaçom no senso contemporâneo
  • nem umha exploraçom económica dumha maioria indígena por umha minoria de colonos, 
  • nem a utilizaçom dumha mão-de-obra barata, enquadrada polos colonizadores, reservando-se para eles os postos altos, 
  • nem a existência dumha metrópole, tendo por consequência aquilo que se chama de pacto colonial (troca de matérias primas contra produtos manufacturados), 
  • nem um poder político e militar, direta ou indiretamente saído desta metrópole, 
  • nem umha alienaçom cultural em proveito exclusivo da cultura do colonizador. 

Neste sentido é curioso notar que som os mesmos que afirmam à vez que o povo judeu nom existe e que falam no imperialismo e de metrópole judias. Eis portanto umha metrópole sem povo, e um imperialismo sem naçom e sem império! Boa mostra sócio-histórica, abofé! É verdade que eles nom se envergonham de fazer deles o posto avançado do imperialismo norte-americano e, à vez, a vanguarda do expansionismo judeu. Mas já se sabe que nada pode surpreender os judeus, que chegam a acumular todos os males contraditórios. Os que acreditam n'Os Protocolos dos Sábios de Siom e os que provam que eles ainda som mal absoluto... ou que a confusom se acha na cabeça dos seus acusadores.

* Maxime Rodinson, em Os Tempos Modernos, nº 253 sobre as relações israelo-árabes.

Trecho tirado de "O sionismo, Israel e o Terceiro Mundo: semelhanças, especificidades e afirmações nacionais", de Albert Memmi (1972).

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