sábado, 7 de novembro de 2020

ISRAEL APOSTA NA VACINA RUSSA PARA COVID-19 E ENCOMENDA 1,5 MILHÕES DE DOSES

O sistema de saúde de Israel está interessado na vacina russa contra a Covid-19 e nos vindouros vai receber 1,5 milhões de unidades logo depois de ter realizado umha encomenda. Trata-se do primeiro país ocidental a comprar a vacina russa para o coronavírus. 

A notícia foi avançada polo Centro Médico Hadassah, que foi autorizado nas últimas horas para comprar por volta de 1,5 milhões de doses da vacina russa, a Gam-COVID-Vac, desenvolvida polo Instituto de Pesquisa de Epidemiologia e Microbiologia Gamaleya, dependente do Ministério de Defesa russo, sob o nome comercial de Sputnik V. O hospital também está a tentar registar a vacina no Ministério de Saúde, o que permitiria o seu fornecimento aos israelitas.

O chefe do Hadassah, o professor Zeev Rotstein, disse ao The Jerusalem Post que estava a completar os trámites administrativos para a encomenda. Também referiu que a autoridade russa de vacinas pediu ao hospital que apresentasse o arquivo de registo ao Ministério da Saúde. Se a vacina tivesse sucesso e o Ministério de Saúde a aprovasse, poderia ser ofertada aos israelitas em dous ou três meses, segundo o centro de saúde.

Além disso, seria a primeira vacina para Covid-19 registada no ministério. "Hadassah é sempre um pioneiro", frisou Rotstein.

O ramo Hadassah em Skolkovo, Moscovo, colaborou num teste clínico da Fase III que deve ser completado no próximo mês. Essa pesquisa está a provar a vacina numhas 40 mil pessoas na Rússia e em vários países do mundo. Dezenas de milhares de voluntários já receberam a vacina.

A vacina russa baseia-se no próprio coronavírus. As vacinas mais comuns som as vacinas vivas que utilizam umha forma enfraquecida do vírus causante da doença. Devido a que estas vacinas som tam semelhantes à infeçom natural que ajudam a prevenir, criam umha resposta imune forte e duradoura.

Num artigo publicado no mês de setembro na revista médica The Lancet, revisada por outros pesquisadores, mostrou que a vacina russa Sputnik V produziu umha resposta de anticorpos em todos os participantes nas primeiras fases dos testes.

Com efeito, os resultados dos testes de Fase I e Fase II, realizados entre junho e julho deste ano e no que participaram 76 pessoas, demonstraram que os 100% dos participantes desenvolvem anticorpos contra o novo coronavírus e sem efeitos secundários graves, referiu The Lancet.

Alguns especialistas ocidentais, incluídos alguns cientistas de Israel, alertaram contra o uso da vacina antes de serem realizadas todos os testes e medidas aprovadas em nível internacional. Também puseram em causa a capacidade da Rússia para desenvolver a vacina com tanta rapidez.

Mas Rotstein esclareceu que "nom estava bem ser céptico". "Há muitas acusações sobre a tecnologia e ciência russas. Mas cabe lembrar o facto de ter sido nomeada de Sputnik V é para dizer ao mundo: Lembrem quem foram os primeiros a chegar ao espaço. A Rússia pode estar muito avançada", disse ele.

O nome comercial Sputnik V é referido ao primeiro satélite artificial mundial, Sputnik I, lançado durante a corrida espacial no apogeu da Guerra Fria. A Rússia encarou o esforço mundial para desenvolver umha vacina para a Covid-19 como umha corrida semelhante, e o presidente russo, Vladimir Putin, anunciou que o seu país ganhou a corrida.

Rotstein acha que as dúvidas que existem em Israel sobre a vacina russa estám mais ligadas à luta entre os EUA e a Rússia sobre a primacia de encontrar a vacina e nom à sua qualidade. Embora admitiu que até ser completado os testes da Fase III ainda se desconhece se a vacina é realmente segura e efetiva.

O hospital está a comprar as doses da vacina pola sua conta. Rotstein nom especificou o seu preço. Porém, frisou que a compra foi apoiada por um grupo de investidores e que nom deveria danar o orçamento do hospital. Acrescentou que Hadassah está a examinar a possibilidade de abrir, como a Venezuela, umha planta de produçom de vacinas em Jerusalém, o que "é importante porque a quantidade é limitada".

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