segunda-feira, 26 de novembro de 2018

PALESTRA SOBRE OS JUDEUS EM OURENSE

A investigadora Glória de António apresenta no dia 28 de novembro às 20h no Auditório Marcos Valcárcel de Ourense os seus últimos trabalhos sobre a comunidade medieval judaica na área dessa cidade.

O evento está organizado polo Ateneu Ourense sob o título "Judeus na Idade Média: o caso de Ourense".

Glória de António Rúbio (Salamanca, 1959), é umha investigadora que trabalha no Instituto de Estudos Galegos Padre Sarmiento, dependente do Conselho Superior de Investigações Científicas (CSIC). O seu interesse com esta temática iniciou-se a partir da leitura do livro "Los judíos en el Reino de Galicia" de José Ramón Ónega.

O que se sabe
"Existem muito poucos documentos sobre a comundidade judaica em Ourense. Mas a sorte que tendes na vossa cidade é que se conservam bastantes livros de cartórios e alguns documentos da Catedral". Também nom se sabe quando chegaram à Península Ibérica, "nom houve umha invasom como a árabe, mas foi um assentamento progressivo, seguramente com fins comerciais", mas a primeira notícis sobre a presença judaica na Galiza é em Cela Nova, no ano 1044. "Depois há um registo em 1200 em Alhariz e noutros documentos é referida a sinagoga de Ourense em 1345, que estaria em Lamas Carvajal". No meio, nada existe.

Sabe-se que os Judeus desta província galega dedicavam-se ao "angariamento de rendas, muitos eram ourives e outros eram os chefes económicos de famílias abastadas. Abrahám de Leom e Judá Peres estavam ao serviço dos Sarmento de Ribadávia", explica de António. Ao contrário do que se acha, a confluência de judeus em Ribadávia foi "um pouco exagerada" por historiadores que se basearom na crônica de Froissart. "Quando os ingleses entraram em Ribadávia, o texto refere que mataram 1.500 judeus. Trata-se dumha expressom típica que refletia exageraçom. Em proporçom, houve muitos judeus lá, mas nem tantos". De facto, como descobriu Glória de António, "graças ao registo dum imposto especial que pagavam os Judeus de Ourense, Monforte, Alhariz e Ribadávia, sabe-se que em 1464 havia 78 famílias entre as quatro povoações".

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