terça-feira, 3 de junho de 2014

FASCISTAS, ANTISSEMITAS E EUROCÉTICOS ELEITOS NO PARLAMENTO EUROPEU

O Parlamento Europeu eleito no passado dia 25 de maio vai ser tomado de assalto por umha multidom de deputados eurocépticos (103, os 13,4% da eurocâmara), mas entre eles há um subgrupo de eleitos cujas ideias podem ser descritas como fascistas e racistas e, sobretodo entre os que som provenientes da Europa de Leste, antissemitas. É o caso do Jobbik húngaro, do Aurora Dourada grego e do Partido Democrata Nacional alemão.
O Jobbik é um partido de extrema-direita que tanto no discurso como em ações é anti-judeus e anti-ciganos. Com 14,7% de votos elegeu três eurodeputados, apesar de pouco tempo antes das eleições de 25 de maio, um deputado desta formaçom ter sido acusado de espiar no Parlamento Europeu a favor da Rússia. 

Este partido nom oculta o seu carácter antissemita e antissionista. De facto, vários membros pediram que os habitantes judeus do país assinassem um registo especial. "Eu acho que é acaída umha tal medida de cadastrar as pessoas de ascendência judaica que vivem aqui, especialmente no Parlamento e no Governo húngaro, onde, de facto, representam um risco de segurança nacional para a Hungria", disse o vice-líder parlamentar do partido Márton Gyöngyösi.


Manife de militantes do NPD
Mas a grande surpresa veio da Alemanha, em que os neonazis do Partido Democrata Nacional (NPD), que concorreram com um programa anti-imigraçom, mas classificados como racistas e antissemitas, elegeram pola primeira vez um eurodeputado graças a umha mudança na lei eleitoral alemã eliminando o limiar mínimo para a obtençom de representaçom (apenas 1% de votos).

O NPD autodefine-se como "nacional socialista" e os seus líderes dizem cousas como “a Europa é um continente branco” e têm cartazes com frases como “dá-lhe gás”. Até o momento resultaram infrutuosas as tentativas de banir o partido polas suas atitudes abertamente xenófobas e antissemitas.

Os Judeus alemãos expressaram a sua preocupaçom polos resultados. Dieter Graumann, presidente do Conselho Central dos Judeus da Alemana, disse numha declaraçom que "os deputados direitistas estám a chegar agora ao Parlamento Europeu vindos de toda Europa para implementar o seu programa anti-europeu e extremista". "Os partidos democráticos europeus estám chamados para mudar este jeito de pensar e defender e manter os valores europeus", frisou ele.

Na Grécia, o Aurora Dourada, partido de clara inspiraçom nazi, com os 9,4%, elegeu três eurodeputados, apesar de o seu líder, Nikos Michaloliakos, e seis dos seus deputados, estarem presos acusados por pertença a umha organizaçom criminal na sequência do assassinato dum músico antifascista.

O líder e fundador de Aurora Dourada é um admirador de Adolf Hitler, chegando a dizer em 2012 que os nazis nom eram responsáveis polo Holocausto.

O Conselho Judaico Europeu (EJC) responsabilizou a "passividade" europeia polo atual clima de antissemitismo e crescimento dos partidos de extrema-direita por todo o continente. "Os alarmantes sucessos dos partidos extremistas nestas eleições é o resultado da passividade das lideranças europeias e governos para lidar com os assuntos reais que encara a cidadania europeia", disse Moshe Kantor, presidente do EJC. "Que melhor exemplo da falta de segurança, a ausência de tolerância e o clima de temor nas nossas cidades europeias que este ataque aos Judeus na capital da Europa?", disse ele referindo-se ao ataque antissemita acontecido na véspera das eleições e que vitimou mortalmente quatro pessoas.

A Liga Anti-Difamaçom (ADL) também exprimiu a sua preocupaçom polo crescimento das forças neonazistas no Parlamento europeu. "Nom há dúvida de que o extremismo político está a crescer na Europa juntamente com o antissemitismo", disse Abraham H. Foxman, Diretor Nacional da ADL. "O sucesso dos partidos extremsitas, tanto de extrema direita quanto de extrema esquerda, nunca foi bom para a democracia ou para os Judeus e outras minorias. A tendência a continuar o apoio na Europa a estes partidos é motivo de grande preocupaçom".

Porém, estes partidos nom estám aliados com outros partidos eurocéticos como a Frente Nacional francesa, os Finlandeses, o Partido Popular Dinamarquês o Partido da Liberdade austríaco ou o Partido da Liberdade neerlandês e nom se sabe se conseguirám formar um grupo parlamentar à parte. 



A Frente Nacional francesa, com os 25% de votos, foi a força mais votada na França, com 24 deputados eleitos. A sua líder, Marine Le Pen (na imagem), teve de trabalhar duro para desintoxicar a imagem extremista do seu partido, incluindo censurar o seu próprio pai e fundador do partido. Dias antes das eleições Jean Marie Le Pen sugeriu que o "senhor Ebola" pode resolver questom da imigraçom da Europa "em três meses". Ele tem sido regularmente condenado sob as leis de ódio racial da França, e referiu-se às câmaras de gás nazistas como "um pequeno detalhe". 

Originado a partir de grupos extremistas opostos à independência da Argélia, a FN historicamente tem-se caracterizado polo seu discurso hostil da democracia representativa, advogando pola democracia direta e o uso de referendos para a maioria de assuntos políticos, apelando por mais normas maioritárias exclusivas e por políticas com base nos movimentos políticos em vez dos partidos. Ciente da importância demográfica, a FN de Marine Le Pen evitou nos últimos tempos o uso dumha linguagem extremistas contra os muçulmanos no quadro da defesa dos valores seculares franceses.

O Partido da Liberdade da Áustria (FPÖ), com os 19,7% de votos, dobrou o número de deputados no Parlamento Europeu, de dous para quatro. A FPÖ espera formar umha aliança com a FN. "Se houver imigrantes da Turquia que se queixam pola existência dumha cruz pendurada na sala de aula da escola, entom eu digo-lhes: voltem para casa!" foi o slogan do líder Heinz-Christian Strche. Anteriormente tem usado outros como "assegurar reformas em vez de abrigar esilados".

O partido é ferozmente contra a imigraçom muçulmana e acha que a Áustria nom deve aceitar mais imigrantes. Strache diz que ele próprio nom é um racista, pois "come kebabs". Numha tentativa de apagar o passado antissemita do partido, Strache tem mostrado o seu apoio a Israel.

O Partido da Liberdade Holandês (PVV) obteve os 13,2% de votos e 4 deputados (um a menos do que em 2009). O seu líder Geert Wilders é conhecido polas sua islamofobia. O partido defende acabar com toda a imigraçom muçulmana para a Holanda e a repatriaçom dos muçulmanos que atualmente vivem lá. "O islám é o Cavalo de Troia na Europa. Se nom pararmos agora a islamizaçom, a Eurábia e a Netherábia será apenas umha questom de tempo", disse wilders no parlamento holandês. 

Porém, o PVV nom tem um passado extremista. Wilders fundou o partido depois de abandonar o VVD (centro diretia) sobre um desacordo na questom da potencial netrada da Turquia na UE. Relativamente ao antissemitismo, Wilders autodefine-se como um contrário ao antissemitismo e como um firme defensor de Israel.



O Partido Popular Dinamarquês (DF) obteve os 26,6 de votos e duplicou a sua representaçom para 4 eurodeputados. A sua fundadora, Pia Kjærsgaard (na imagem) defende a visom de que a Dinamarca nom é um país onde a imigraçom é natural ou bem-vinda. Em resposta às criticas dos sociais-democratas suecos, ela retorquiu que "se eles querem transformar Estocolmo, Gotemburgo ou Malmo numha Beirute escandinava, com guerras de clãs, crimes de honra e estupros em massa, deixem-nos fazer. Sempre podemos colocar umha barreira na ponte de Øresund". 

O partido populista e anti-euro Finlandeses obteve dous deputados. Anteriormente conhecido como "Verdadeiros Finlandeses", o seu deputado James Hirvisaari foi multado em 2011 polos comentários que fez no seu blogue sobre os muçulmanos. Noutra ocasiom declinou um convite para o baile do Dia da Independência alegando nom quere ver casais do mesmo sexo. Apesar disso, o partido rejeitou em repetidas ocasiões as acusações de racismo e homofobia.


Finalmente, entre os eurocéticos, obtiveram proeminentes resultados o Partido da Independência do Reino Unido (27,5% e 24 lugares), o Movimento 5 Estrelas e a Liga Norte italiana (21,2% e 17 lugares e 6,2% e 5 lugares, respetivamente), Alternativa para a Alemanha (7% e 7 lugares), os Democratas Suecos (9,7% e 2 lugares), a Ordem e Justiça  lituana (14,3% e 2 lugares), o KNP polaco (7,1% e 4 lugares) e o Interesse Flamengo (VB) da Bélgica (4,1% e 1 mandato).


Esta onda eurocética acabou por retirar votos a algumas das forças mais extremistas e violentas de extrema-direita que perderam os seus eurodeputados, como o Attaka búlgaro, o Partido Nacional Britânico (BNP) ou até mesmo o Partido Nacional Eslovaco.

1 comentário:

  1. NÃO PRECISA DESSES PARTIDOS "FASCISTAS", OS MUÇULMANOS VÃO LIMPAR A EUROPA DE JUDEUS, EM MAIS UNS 15-20 ANOS QUANDO VÃO DOMINAR A EUROPA!

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