segunda-feira, 27 de maio de 2013

O POVO JUDEU DEFENDE O SEU DIREITO A UMHA VIDA INDEPENDENTE

Um fogo criminoso está a ser realizado polo imperialismo anglo-saxom na Palestina.




O delegado da Inglaterra na ONU, opõe-se a que se tomem medidas práticas para impor a paz na Palestina e quando tem de ceder propõe imprecisas recomendações de cessar-fogo. E quando o governo israelita aceita a recomendaçom da ONU de cessar as hostilidades, Londres incentiva os árabes a continuar a lutar oferecendo-lhes o envio de armamento.

Esta política é favorecida polo duplo jogo de Washington.

O governo norte-americano, tam enérgico contra os patriotas gregos, mostra umha condescendência mais que suspeita perante o desafio dos árabes às Nações Unidas. Nom faltam promessas dos políticos norte-americanos, mas os factos nom respondem às palavras. Acossado pola opiniom pública e pensando nas divergências de interesses no Próximo Oriente entre petroleiros e imperialistas ingleses e americanos, o governo de Washington nom mostra  mas pouco interesse na existência dum Estado livre e independente no território onde existem importantes interesses petrolíferos.

Reveladora desta cumplicidade é a informaçom procedente de Lake Success, publicado polo Times de Londres em 26 de maio com a finalidade óbvia de tranquilizar aqueles que temiam umha suposta posiçom firme norte-americana em relaçom à Inglaterra sobre a Palestina. O correspondente escrevia: "Os representantes dos Estados Unidos continuam a dar ainda a impressom de que a sua delegaçom (na ONU) irá adotar umha atitude enérgica, mas pode assegurar-se que a... estabilidade do Próximo Oriente em geral, e os interesses americanos em particular estám a ser discutidos, a pedido do Sr. Bevin, em Washington e Londres".

O que significa claramente que à margem da ONU os imperialistas anglo-saxões, estudam a forma de se repartir o Próximo Oriente em detrimento da liberdade e da independência daqueles povos.

Fechando a ediçom, chega a notícia de que a Liga Árabe respondeu à solicitaçom da ONU, afirmando a sua decisom de continuar a sua agressom contra a República de Israel. Nom há dúvida de que essa atitude agressiva é diretamente incentivada polos imperialistas ingleses e é possível graças ao duplo jogo desempenhado por Washington. Assim, a independência e a própria existência da República de Israel estám ameaçadas.

Pola sua vez, o povo judeu está a lutar bravamente. A última declaraçom de Haifa mostra que toda a fronteira da Síria e do Líbano está agora nas mãos dos judeus. Estes, usando pola primeira vez artilharia nessa regiom, rejeitaram as forças da Síria e da Legiom Árabe. Além disso, nas proximidades de Haifa as forças do Haganah capturaram em Tantouran consideráveis depósitos de armamento, fazendo também muitos prisioneiros. Na frente mais importante, na costa entre Gaza e Telavive, o Alto Comando egípcio declarou que as suas tropas encontram umha resistência obstinada.

Esta heróica luta dum povo que defende o seu direito a umha vida independente, deve encorajar as forças da paz para a sua açom contra a intervençom imperialista na Palestina, em defesa da existência e da independência da República de Israel. É umha batalha que deve ser vencida sobre as forças da guerra, a reaçom e a opressom dos povos.




Nº 119 de Mundo Obrero - 27 de maio de 1948 - pág. 4

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